Oposição ao Palácio Araguaia, o vice-governador Laurez Moreira surge como candidato ao governo com apoio da família Abreu Silvestre, inaugurando de forma oficial o campo oposicionista que tentará enfrentar a força da máquina governista

 

 

 

Por: Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues 

 

 

 

De um lado, está o governador Wanderlei Barbosa, que soma quase 80% de aprovação popular e não esconde a confiança em sua capacidade de conduzir o processo político. Com muito recurso em caixa e inúmeras obras para entregar nos próximos nove meses, o governador tem tudo para sair vitorioso nestas eleições estaduais, apostando em levar para o segundo turno o seu candidato ou candidata. Wanderlei Barbosa tem deixado as duas candidaturas da base governista, senadora Dorinha Seabra e o deputado estadual Amélio Cayres, trabalharem para a viabilização de suas pré-candidaturas. Somente o governador Wanderlei Barbosa saberá a hora de sentarem à mesa para discutir a união da base em torno de uma só candidatura palaciana. É natural e até democrático que cada um faça sua parte na visibilidade real para tornar-se competitivo.

 

 

 

Governador Wanderlei Barbosa e o senador Eduardo Gomes 

 

 

A verdade é que Wanderlei Barbosa tem repetido em diversas ocasiões que 2026 será o ano de fazer escolhas e manifestar suas preferências eleitorais. Até lá, o governador parece disposto a administrar o tempo e evitar movimentos precipitados. Em nenhum momento, aliás, ele esticou a corda com o senador Eduardo Gomes, vice-presidente do Senado e seu aliado de primeira hora. Muito pelo contrário não impôs prazos nem pressionou seu amigo a definir se estaria ao lado de Dorinha ou de Amélio. Ambos, aliás, já se mostraram vacinados contra intrigas e fuxicos, maduros o suficiente para manterem a união em torno do projeto governista em 2026. O que não falta, porém, são figuras sem bússola e sem porto, tentando pegar carona e sentar à força na boleia da disputa majoritária dentro da base, mesmo sem a legitimidade para isso.

 

O desafio do Palácio é evidente: não permitir que duas candidaturas governistas fragilizem o projeto de continuidade e abram caminho para a oposição. A base é ampla e reúne deputados estaduais e federais, dois senadores, prefeitos, vereadores, dirigentes de classe e novos pré-candidatos que aguardam o comando político do governador. Mas, neste cenário, não há espaço para duas candidaturas governistas avançarem ao mesmo tempo até o segundo turno. Ou a base se une, ou Laurez Moreira ganha terreno e pode surpreender.

 

Gilberto Kassab presidente nacional do PSD senador Irajá Abreu e o vice governador Laurez Moreira 

 

A oposição, por sua vez, não pode ser subestimada. Laurez tem peso político, articulação e já se consolidou como nome competitivo, especialmente em um quadro em que 71% dos eleitores ainda não definiram seu candidato ao governo. Some-se a isso o apoio do PT, de Irajá Silvestre e de Kátia Abreu, que trabalham para oferecer um palanque robusto ao presidente Lula no Tocantins. O cenário se torna ainda mais delicado para o governo quando se observa a relação próxima de ministros do STF com o governo petista, reforçando a possibilidade de uma ofensiva nacional em favor da oposição no Estado.

 

Chegou, portanto, o momento de o governador Wanderlei Barbosa refletir sobre seu futuro político e sobre os rumos da sua base. Se houver unidade no primeiro turno, as chances são reais de um xeque-mate contra a oposição, com vitória já de saída e a conquista das duas vagas ao Senado, além da maioria na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. Se, no entanto, a base rachar, as chances de vitória no primeiro turno desaparecem e Laurez Moreira praticamente assegura presença no segundo, carregando consigo os descontentes e derrotados dentro do grupo governista. E se Laurez for para o segundo turno, pode tornar-se governador do Tocantins.

 

 

Nesse contexto, a candidatura de Irajá Silvestre ao Senado pode ganhar ainda mais força, somando-se ao palanque de Laurez e Lula. Isso atrairia ministros e lideranças nacionais ao Tocantins, fortalecendo a oposição e aumentando as dificuldades do Palácio Araguaia.

 

É fato, é realidade: a eleição de 2026 no Tocantins já está em curso, e o jogo será decidido entre a capacidade de Wanderlei Barbosa em manter sua base unida e a habilidade da oposição em explorar cada fissura aberta dentro do governo.

 

 

Posted On Segunda, 01 Setembro 2025 13:43 Escrito por

Da Assessoria

 

 

O PL Mulher Tocantins abriu, nesta sexta-feira, 29, em Palmas, um dos eventos políticos mais aguardados do calendário partidário. A solenidade, realizada no Girassol Plaza, reuniu lideranças femininas de todo o estado sob a condução da presidente do PL Mulher, Nilmar Ruiz, e contou com a presença do vice-presidente do Senado e presidente estadual do partido, Eduardo Gomes.

 

O encontro teve como objetivo fortalecer a presença das mulheres na política, com painéis voltados a valores partidários, estratégias de comunicação, marca pessoal e posicionamento digital. Durante a abertura, Nilmar destacou que a iniciativa representa um marco para o movimento no Tocantins. “Queremos incentivar e capacitar cada vez mais mulheres para que ocupem espaços de liderança, contribuindo com a política e fortalecendo nossas bandeiras”, afirmou.

 

A programação incluiu palestra de Nilmar sobre fundamentos e valores do PL, além de painéis com a jornalista Maju Cotrim e a especialista Graziela Guardiola. O encerramento, previsto para o fim da tarde, trouxe uma roda de conversa sobre a participação feminina na política.

 

Presenças e filiações

 

 

O evento também foi marcado pela participação da presidente de honra do PL Mulher, Gilda Gomes, da esposa do senador Eduardo Gomes, Arlinda Carla, da deputada estadual Janad Valcari, da vice-presidente estadual do movimento, Ivoneide Barreto, além de representantes de vereadoras, vice-prefeitas e dirigentes municipais. Um grupo de senhoras da Universidade da Melhor Idade (UMA/UFT) esteve presente para assinar a ficha de filiação ao PL 60+, ampliando a rede de apoio do partido.

 

Diálogo, equilíbrio e preparação para 2026

 

Em seu discurso, o senador Eduardo Gomes ressaltou a importância da liderança feminina dentro do PL e anunciou que o encontro abre uma série de mais de 15 eventos que serão realizados em todas as regiões do Tocantins. “Esse evento marca o início de uma programação extensa, que vai até o calendário do ano que vem, preparando as convenções do partido”, afirmou.

 

Ao reforçar a atuação das mulheres no cenário político, Eduardo Gomes destacou o papel de Nilmar Ruiz e citou a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro como referência nacional. “Quando a mulher trabalha, não precisa de cota, ela vai lá e conquista o mandato”, afirmou.

 

 

O senador defendeu a necessidade de paz política e diálogo, lembrando que antecipar o calendário eleitoral pode tirar o foco das prioridades do estado. “Nosso Estado precisa de paz política. Quando dedicamos muita energia à disputa fora do tempo, esquecemos da ferrovia, da regularização fundiária e dos problemas da saúde da população”, alertou.

 

Rota 22

 

O senador Eduardo Gomes também anunciou o programa “Rota 22”, caravana que percorrerá o Tocantins a partir de outubro até março de 2026. A iniciativa, segundo ele, servirá tanto como prestação de contas de seu mandato quanto como preparação do PL para as eleições. “Vamos rodar o estado inteiro com essa caravana. É uma forma de mostrar o que foi feito e também preparar o partido para as eleições de 2026”, afirmou.

 

Protagonismo feminino e fortalecimento do PL

 

Ao final do evento, Eduardo Gomes projetou otimismo quanto ao futuro do partido e reforçou a importância da participação das mulheres. “Se estivermos organizados, vamos eleger mais deputadas, mais mulheres e fortalecer ainda mais o nosso campo político”, concluiu.

 

 

Posted On Sábado, 30 Agosto 2025 06:40 Escrito por

Da Assessoria

 

 

O Tocantins entrou oficialmente no mapa da maior rede de líderes empresariais do Brasil e do mundo. O lançamento do Lide Tocantins, realizado nesta quinta-feira, 28, no Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos, em Palmas, reuniu o vice-presidente do Senado e presidente do PL no estado, Eduardo Gomes, o governador Wanderlei Barbosa, além do fundador do Lide, João Doria e políticos, empresários e secretários de Estado.

 

Eduardo Gomes ressaltou que a chegada do grupo ao Tocantins marca um marco histórico de integração empresarial, capaz de ampliar conexões estratégicas e abrir novas oportunidades comerciais. Para o senador, o estado ganha projeção ao se inserir em um ecossistema consolidado que conecta a iniciativa privada ao poder público em escala global.

 

“O Lide não é apenas uma rede de líderes. É um espaço onde inovação, negócios e parcerias estratégicas. O Tocantins passa a ocupar um lugar de protagonismo, fortalecendo sua presença nos debates sobre desenvolvimento e competitividade”, pontuou o senador.

 

O evento contou ainda com a apresentação oficial de Diva Cordeiro como presidente do Lide Tocantins. Jornalista e empresária, com quase três décadas de atuação na articulação entre o setor privado e o poder público, Diva assume a missão de liderar a unidade estadual com o compromisso de aproximar empresas e lideranças políticas.

 

 

 

Posted On Sexta, 29 Agosto 2025 07:05 Escrito por

Levantamento ouviu 6.238 pessoas entre os dias 20 e 25 de agosto; margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos

 

 

Por Maria Clara Matos

 

 

Em uma eventual disputa de segundo turno para o Palácio do Planalto, o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), contaria com 46,6% das intenções de voto, contra 48,4% do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). As informações são da pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta quinta-feira (28).

Votos em branco, nulos ou indecisos totalizam 5%. Dos sete cenários em Lula foi testado, esse é o que que o atual chefe do Executivo brasileiro soma o menor percentual.

 

O mesmo levantamento mostra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) com 47,9%, contra 48,8% de Lula. Outros 3,3% são votos em branco, nulos ou indecisos.

 

Já em um cenário contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030 por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), há empate, com 48,3% para cada. Indecisos, brancos ou nulos totalizam 3,4%.

 

Em outra simulação, Lula foi testado em uma disputa contra o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). O petista ganharia, com 47,1%, contra 40,9% do chefe do Executivo mineiro, que já lançou sua pré-candidatura para o Palácio do Planalto. Os votos indecisos, brancos ou nulos são 12%.

 

Contra o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que também já se lançou como pré-candidato na disputa, o atual presidente da República conquistaria a reeleição com 46,7% contra 40,3% de Caiado. Os outros 13% englobam votos em branco, nulos ou indecisos.

Já contra o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), Lula teria 46,9%, e o chefe do Executivo estadual, 41,1%. Somariam 11,9% votos brancos, nulos ou indecisos.

 

Lula também venceria, com 47,2%, em um cenário junto ao governador gaúcho, Eduardo Leite (PSD), que conta 24,9% das intenções de voto. Votos brancos, nulos ou indecisos, 27,9%.

 

A pesquisa entrevistou 6.238 pessoas entre os dias 20 e 25 de agosto por meio do chamado recrutamento digital aleatório (Atlas RDR), com questionários on-line. A margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

 

 

Posted On Quinta, 28 Agosto 2025 13:39 Escrito por

Projeto visa limitar punições da Justiça contra deputados e senadores

 

 

Por Jessica Cardoso

 

 

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (27) não votar o texto-base de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que pretende blindar os parlamentares de ações judiciais, batizada de PEC da blindagem.

 

Não houve consenso para o texto, mesmo após várias reuniões ao longo do dia. De acordo com a deputada Jandira Feghali (PCdoB), o projeto extrapolou qualquer hipótese de acordo, já que propunha uma blindagem que impediria o processo e punições a parlamentares que cometam crimes.

 

"A existência de prerrogativas parlamentares já está na Constituição, nós concordamos que elas existem. O que não pode é confundir prerrogativa com impunidade", afirmou a deputada à reportagem do SBT. "Isso não é uma prioridade do Brasil hoje. O país precisa votar as isenções do Imposto de Renda e matérias que realmente interessem à sociedade", complementou.

Apresentada originalmente em 2021 pelo então deputado Celso Sabino (União Brasil-PA), hoje ministro do Turismo, a PEC foi pautada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), como parte de um acordo para encerrar a ocupação da Mesa Diretora e obstrução das atividades legislativas pela oposição nos dias 5 e 6 de agosto.

 

O projeto visa limitar punições da Justiça contra deputados e senadores. Pelo texto, parlamentares não poderão ser afastados do mandato por decisão judicial.

 

Além disso, prisões cautelares, prisão domiciliar ou uso de tornozeleira eletrônica só poderiam ser aplicados após decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), impedindo medidas monocráticas.

 

A proposta também altera a Constituição para ampliar a imunidade parlamentar, determinando que congressistas só podem ser presos em flagrante por crimes inafiançáveis, como hediondos, racismo, tortura, tráfico de drogas, terrorismo ou ações de grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado Democrático de Direito.

 

 

 

Posted On Quinta, 28 Agosto 2025 06:40 Escrito por
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