Base de Lula quer concluir análise em agosto, antes do início do julgamento sobre a tentativa de golpe
Por Lis Cappi e Rute Moraes
Parlamentares aliados ao governo Lula defendem que a isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5.000 entre na pauta de votações da Câmara, com a conclusão da análise do projeto pelos deputados ainda em agosto.
Além de ser uma pauta prioritária para o Planalto, o pedido, que será feito aos líderes na terça-feira (26), provoca o receio de que o início do julgamento de tentativa de golpe no STF (Supremo Tribunal Federal) — cuja ação inclui réus como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — possa interferir nas votações.
A avaliação de parte dos governistas, segundo apurou o R7, é de que parlamentares aliados ao ex-presidente retomem algum tipo de protesto que prejudique ou atrase votações.
Esse entendimento é reforçado pelo motim feito por oposicionistas ao ocupar o plenário da Câmara no começo deste mês. A ação acabou interferindo nas análises de deputados no retorno dos trabalhos do Legislativo.
Isenção do IR: entenda
A proposta foi apresentada pelo Planalto e amplia as faixas de renda beneficiadas pela retirada do imposto.
Atualmente, estão livres do IR aqueles que recebem até R$ 3.036. A medida pretende estender a faixa de isenção até R$ 5.000. Essa mudança vai contemplar 14 milhões de pessoas, segundo o relator, Arthur Lira (PP-AL).
A proposta também estabelece isenção parcial para rendimentos entre R$ 5.001 e R$ 7.350, estimada para beneficiar 500 mil contribuintes.
Validade a partir de janeiro
O governo tem a meta de concluir todas as etapas ligadas à isenção até setembro para garantir a noventena e permitir que o benefício do IR esteja valendo em janeiro de 2026.
Por regra, projetos que alteram impostos precisam de um prazo de ao menos de 90 dias para virarem lei. No caso da isenção, o calendário obrigaria a conclusão do Congresso e sanção de Lula até o dia 30 do próximo mês.
Perguntas e Respostas
Qual é a proposta do governo Lula em relação à isenção do Imposto de Renda?
O governo Lula propõe a isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que ganham até R$ 5.000. Essa proposta deve ser analisada e votada na Câmara, com a expectativa de conclusão em agosto.
Por que a aprovação da isenção é considerada uma prioridade?
A isenção é uma pauta prioritária para o Planalto, especialmente devido à preocupação de que o início do julgamento de Jair Bolsonaro no STF possa impactar as votações. Há receio de que parlamentares aliados ao ex-presidente possam realizar protestos que atrasem o cronograma de votações.
Qual é a situação atual da isenção do Imposto de Renda?
Atualmente, estão isentos do IR aqueles que recebem até R$ 3.036. A proposta do governo visa aumentar essa faixa de isenção até R$ 5.000, beneficiando aproximadamente 14 milhões de pessoas, conforme o relator Arthur Lira.
O que mais a proposta inclui além da isenção para rendimentos até R$ 5.000?
A proposta também prevê isenção parcial para rendimentos entre R$ 5.001 e R$ 7.350, o que deve beneficiar cerca de 500 mil contribuintes.
Qual é o prazo para a conclusão da proposta?
O governo pretende finalizar todas as etapas relacionadas à isenção até setembro, para que o benefício possa ser implementado em janeiro de 2026. Projetos que alteram impostos precisam de um prazo mínimo de 90 dias para se tornarem lei.
Quais são os desafios enfrentados pelo governo para aprovar a proposta?
Um dos principais desafios é a possibilidade de protestos por parte de parlamentares aliados a Jair Bolsonaro, que podem interferir nas votações e atrasar o processo legislativo.
Da Assessoria
Em Rio Branco (AC), nesta sexta-feira, 22, o vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, participou do ato de filiação do senador Márcio Bittar ao PL, realizado no auditório da Uninorte. O encontro reuniu lideranças nacionais do partido e contou com coletiva de imprensa. Estiveram presentes o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, os senadores Marcos Rogério (PL-RO), Izalci Lucas (PL-DF) e Eduardo Girão (PL-CE), além da deputada Bia Kicis (PL-DF), do líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, e do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL).
Durante a coletiva, Eduardo Gomes destacou a importância da chegada de Bittar ao partido e ressaltou o fortalecimento do PL em todo o país.
“A filiação do senador Márcio Bittar representa mais um passo fundamental no fortalecimento do nosso partido. Ele tem uma trajetória marcada pelo compromisso com o Acre e com o Brasil, e sua chegada reforça ainda mais a atuação do PL no Senado e junto às grandes pautas nacionais”, afirmou o senador.
O evento foi marcado pela defesa da unidade do partido e pelo alinhamento em torno dos projetos estratégicos do PL para os próximos anos.
Márcio Bittar é senador da República pelo Acre e atual relator-geral do Orçamento da União. Economista, iniciou a vida pública cedo e construiu trajetória de destaque no cenário nacional. Foi deputado federal por dois mandatos, disputou o governo do Acre e, em 2018, foi eleito senador. Na Câmara dos Deputados, exerceu a função de primeiro-secretário.
Tarcísio lidera em São Paulo, seguido por Geraldo Alckmin
Por Emanuelle Menezes
Uma pesquisa Quaest divulgada nesta sexta-feira (22) mostra a intenção de voto para as eleições do governo de oito estados em 2026: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Goiás.
Veja os principais destaques:
No estado de São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparece com 43% das intenções de voto, seguido do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), com 21%, e da deputada federal Erika Hilton (PSOL), com 8%.
Em Minas Gerais, a disputa é liderada pelo senador Cleitinho (Republicanos), com 28%. Alexandre Kalil (Sem Partido), ex-prefeito de Belo Horizonte, aparece em segundo, com 16%. O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), tem 9% das intenções de voto e está tecnicamente empatado com o vice-governador Mateus Simões (Novo), que tem 4%. O governador Romeu Zema (Novo) está no segundo mandato e não pode concorrer.
No estado do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), prefeito da capital fluminense, lidera com 35% das intenções de voto. O vice-governador, Rodrigo Bacellar (União), o ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis (MDB) e Monica Benício (PSOL), vereadora do Rio, estão tecnicamente empatados em segundo lugar – com 9%, 5% e 4%, respectivamente. O governador Cláudio Castro (PL) está no segundo mandato e não pode concorrer.
Na Bahia, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), tem 41% das intenções de voto. O governador Jerônimo Rodrigues (PT), que está no primeiro mandato, aparece com 34%.
No estado do Paraná, o senador Sergio Moro (União) lidera com 38% das intenções de voto. O atual vice-prefeito de Curitiba, Paulo Eduardo Martins (Novo), o diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri (PT), e o secretário estadual das Cidades, Guto Silva (PSD), estão tecnicamente empatados em segundo lugar – com 8%, 7% e 6%, respectivamente. O governador Ratinho Júnior (PSD) está no segundo mandato e não pode concorrer.
Em Pernambuco, João Campos (PSB), atual prefeito do Recife, lidera com folga, com 55% das intenções de voto. A governadora Raquel Lyra (PSD), que está no primeiro mandato, aparece com 24%.
No estado do Rio Grande do Sul, A ex-deputada Juliana Brizola (PDT) aparece com 21% das intenções de voto. Ela está tecnicamente empatada com o deputado federal tenente-coronel Zucco (PL), que tem 20%. O ex-deputado Edegar Pretto (PT) e o vice-governador Gabriel Souza (MDB) estão empatados no terceiro lugar, no limite da margem de erro, com 11% e 5%, respectivamente. O governador Eduardo Leite (PSD) está no segundo mandato e não pode concorrer.
Em Goiás, o vice-governador Daniel Vilela (MDB) aparece com 26% das intenções de voto. Ele está tecnicamente empatado com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que tem 22%. O senador Wilder Morais (PL) e a deputada federal delegada Adriana Accorsi (PT) estão tecnicamente empatados no terceiro lugar, com 10% e 8%, respectivamente. O atual governador, Ronaldo Caiado (Novo), está no segundo mandato e não pode concorrer.
O levantamento da Quaest foi encomendado pela Genial Investimentos e ouviu 10.146 pessoas de 16 anos ou mais, nos oito estados, dos dias 13 a 17 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos em São Paulo e de 3 pontos nos outros sete estados. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.
Veja números por estado:
São Paulo
Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 43%
Geraldo Alckmin (PSB) – 21%
Erika Hilton (PSOL) – 8%
Paulo Serra (PSDB) – 3%
Felipe d'Ávila (Novo) – 2%
Indecisos – 7%
Brancos e nulos – 16%
Foram ouvidas 1.644 pessoas e a margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.
Minas Gerais
Cleitinho (Republicanos) – 28%
Alexandre Kalil (Sem partido) – 16%
Rodrigo Pacheco (PSD) – 9%
Mateus Simões (Novo) – 4%
Indecisos – 17%
Brancos e nulos – 26%
Foram ouvidas 1.482 pessoas e a margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos.
Rio de Janeiro
Eduardo Paes (PSD) – 35%
Rodrigo Bacellar (União) – 9%
Washington Reis (MDB) – 5%
Monica Benício (PSOL) – 4%
Italo Marsili (Novo) – 2%
Indecisos – 15%
Brancos e nulos – 30%
Foram ouvidas 1.404 pessoas e a margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos.
Bahia
ACM Neto (União) – 41%
Jerônimo Rodrigues (PT) – 34%
João Roma (PL) – 4%
Kleber Rosa (PSOL) – 2%
José Aleluia (Novo) – 1%
Indecisos – 4%
Brancos e nulos – 14%
Foram ouvidas 1.200 pessoas e a margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos.
Paraná
Sergio Moro (União) – 38%
Paulo Eduardo Martins (Novo) – 8%
Enio Verri (PT) – 7%
Guto Silva (PSD) – 6%
Indecisos – 13%
Brancos e nulos – 28%
Foram ouvidas 1.104 pessoas e a margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos.
Pernambuco
João Campos (PSB) – 55%
Raquel Lyra (PSD) – 24%
Gilson Machado (PL) – 6%
Eduardo Moura (Novo) – 4%
Indecisos – 4%
Brancos e nulos – 7%
Foram ouvidas 1.104 pessoas e a margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos.
Rio Grande do Sul
Juliana Brizola (PDT) – 21%
Tenente-coronel Zucco (PL) – 20%
Edegar Pretto (PT) – 11%
Gabriel Souza (MDB) – 5%
Felipe Camozzato (Novo) – 4%
Indecisos – 19%
Brancos e nulos – 20%
Foram ouvidas 1.104 pessoas e a margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos.
Goiás
Daniel Vilela (MDB) – 26%
Marconi Perillo (PSDB) – 22%
Wilder Morais (PL) – 10%
Adriana Accorsi (PT) – 8%
Telêmaco Brandão (Novo) – 1%
Indecisos – 14%
Brancos e nulos – 19%
Foram ouvidas 1.104 pessoas e a margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos.
Por Edson Rodrigues
O presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira, fez questão de gravar um vídeo confirmando a pré-candidatura ao Senado do deputado federal Vicentinho Júnior pela chapa da federação União Progressistas, encabeçada pela senadora Professora Dorinha Seabra.
O gesto de Ciro foi simbólico e estratégico. Trata-se de uma afirmação pública de que a vaga ao Senado dentro da federação seria do Progressistas. No entanto, o deputado federal Carlos Gaguim também foi confirmado como pré-candidato ao Senado pela federação e a presidente, professora Dorinha Seabra já deixou claro que não formará uma chapa “puro sangue”, para a disputa eleitoral de 2026.
Há mais de um ano Vicentinho Júnior percorre o estado no corpo a corpo com prefeitos, vereadores e lideranças regionais, no qual se apresenta como pré-candidato ao Senado. Segundo um líder político que apoia a pré-candidatura, o deputado sequer foi chamado para conversar sobre os recentes movimentos internos da federação.
Falta Dorinha confirmar
Enquanto a senadora professora Dorinha, presidente da federação União Progressistas, não vier a público e anunciar claramente que uma das vagas ao Senado em sua chapa pertence ao Progressistas e ao deputado Vicentinho Júnior, a sua pré-candidatura continuará sangrando na UTI.
E sejamos diretos: se esse anúncio não for feito com urgência, Vicentinho terá falência múltipla em seu projeto eleitoral. Não há espaço para meias palavras nem para ambiguidades. O tempo da espera acabou.
O nó da federação
Este imbróglio não será resolvido em Palmas. Cabe às cúpulas nacionais do União Brasil e do Progressistas decidirem os rumos da federação e evitarem que uma aliança montada para fortalecer o projeto majoritário se torne, antes mesmo da largada, um campo de disputa e ressentimentos.
Enquanto isso, no Tocantins, a base do Progressistas cobra clareza, e Vicentinho Júnior segue firme em sua pré-campanha, consciente de que cada dia sem confirmação pública mina um pouco mais sua narrativa de candidato majoritário.
O Observatório Político de O Paralelo 13 continuará atento a cada passo dessa novela sobre o preenchimento das duas vagas ao Senado na chapa União Progressistas.
Por: Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues
O Observatório Político de O Paralelo 13 destaca um dado revelador da recente pesquisa de intenção de votos para o governo do Tocantins, realizada pela empresa Paraná Pesquisa: 71% dos entrevistados ainda não têm candidato ou candidata definido para as eleições de 2026.
Esse número não é apenas um dado estatístico. É um convite e, ao mesmo tempo, um alerta às pré-candidaturas ao Palácio Araguaia. A grande dica está dada e quem deseja conquistar o eleitorado precisa apresentar mais do que nomes ou alianças, precisa mostrar um projeto de governo sólido, realista e capaz de mobilizar sonhos e esperanças para os próximos quatro anos de gestão.
A sociedade tocantinense é formada por diferentes setores: trabalhadores, juventude, funcionalismo público, agronegócio, lideranças religiosas, lideranças políticas, profissionais liberais, investidores, movimentos sociais, dentre outros. Todos querem respostas. Quais serão os eixos prioritários de um futuro governo? Como se pretende desenvolver a economia, garantir serviços públicos de qualidade e respeitar o meio ambiente? O eleitor espera clareza, propostas concretas e viabilidade.
O dado dos 71% de indecisos é, na prática, um presente às pré-candidaturas. Revela que há espaço, e muito, para convencer e fidelizar o voto. Mas também representa um desafio inadiável, afinal não basta antecipar o processo sucessório em alianças e movimentações políticas. É preciso dar o próximo passo, colocar na mesa uma discussão séria sobre o futuro do Tocantins.
O eleitor tocantinense nunca esteve tão bem informado. Redes sociais, blogs, portais de notícias, jornais impressos e digitais, rádios e TVs abastecem diariamente cada cidadão com informações e análises. Vivemos em um novo tempo, em que não há espaço para amadores. A política exige profissionalismo, preparo e visão estratégica.
A sucessão estadual, até aqui, está em aberto. E o que definirá os rumos da eleição de 2026 não será apenas quem tem mais poder de articulação, mas quem souber apresentar ao povo tocantinense um projeto de governo à altura de suas expectativas.
Até os próximos capítulos.