O público do centro integrado é, em sua maioria, também o público da Assistência Social Leandro Pinheiro/Governo do TocantinsJosé Messias recebeu o promotor acompanhado de uma equipe multidisciplinar da Setas

 

Por Cristiane Lima

 

Para discutir sobre a criação do centro integrado de atendimento às crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência, o secretário de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social, Messias Araújo, acompanhado de uma equipe multidisciplinar da pasta, recebeu na última quinta, 06, o Coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça da Infância, Juventude e Educação (Caopije) e o promotor de justiça do Ministério Público Estadual (MPE) Sidney Fiori Júnior.

 

O objetivo do centro é concentrar todas as instituições que prestam atendimento às crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência em um só espaço físico na capital, para que tenham o atendimento de uma equipe multidisciplinar especializada.

 

A criação do centro integrado de apoio atende ao disposto na Lei 13.431/17, que regulamenta a organização dos serviços públicos para que as crianças não precisem repetir seu relato em ocasiões diferentes, aos profissionais das áreas de proteção de direitos, segurança, saúde e do Sistema de Justiça – repetição em que elas vivenciam o processo de revitimização, ao relembrar e expor a violência sofrida.

 

Como a lei orienta que os profissionais sejam qualificados para atender às crianças e adolescentes, o promotor de justiça veio a Secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) em busca da disponibilidade de profissionais das áreas de assistência social e psicologia para integrarem a equipe.

 

Sobre a solicitação do promotor, Messias Araújo se comprometeu a auxiliar na busca dos profissionais com o perfil adequado. "O público deste centro integrado serão, em sua maioria, famílias em situação de vulnerabilidade, o que vai ao encontro à área de atuação da Setas, por isso temos todo o interesse em contribuir", destacou o secretário durante o encontro, completando que será um centro de referência para todo o Estado.

 

A proposta é que o Centro seja instalado na estrutura do antigo Centro Integrado de Apoio à Criança e ao Adolescente (Ciaca), localizado na quadra 504 sul.

 

(Com informações da Assessoria de Comunicação do MPE)

 

Posted On Segunda, 10 Junho 2019 17:12 Escrito por

Alguns passos simples podem ampliar a segurança no uso do WhatsApp e do Telegram e a prevenir golpes que podem levar ao roubo da conta no mensageiro —e a uma baita dor de cabeça.

 

Com Agências

 

Por sua popularidade, os aplicativos são alvo de frequentes ataques de hackers. A adoção de medidas como a autenticação em dois fatores (entenda abaixo como ativar o recurso) podem ajudar a reduzir os riscos, embora não exista uma forma de garantir 100% de segurança.

 

Tudo começa com o mais básico: atenção redobrada. Quando uma conta do WhatsApp é ativada num aparelho novo, o app manda um SMS para o número de telefone cadastrado com um código de confirmação de 6 dígitos. A mensagem identifica se tratar de um código ligado ao mensageiro e que não deve ser repassado.

 

Golpistas precisam desse código para poder ativar a conta roubada em seus celulares, e vão tentar ludibriar a vítima de diferentes formas para consegui-lo. Ou então, tentar métodos mais sofisticados, como clonagem de chip (para receber o SMS no lugar do alvo).

 

Mês passado, por exemplo, a empresa de cibersegurança Kaspersky Lab identificou um ataque direcionado a usuários que anunciavam em serviços de vendas online. Os criminosos, em posse dos dados pessoais das vítimas (como o telefone), entram em contato como se fossem a plataforma de vendas.

 

No contato, os hackers alegam um suposto problema no anúncio e dizem que, para regularizar, é necessário que o anunciante passe para eles um código que chegará por SMS. Nesse momento, o golpista inicia o processo de ativação do WhatsApp em seu telefone, mas usando o número do alvo.

 

A vítima, então, recebe o código de confirmação do WhatsApp em seu próprio celular e repassa o dado para os golpistas, acreditando se tratar de algo realmente ligado à plataforma de vendas. Com essa informação, os criminosos conseguem fazer a ativação requerida pelo Whats e transferir a conta. Pronto, roubo feito.

 

O método, no entanto, varia. Criminosos podem roubar o WhatsApp de um amigo do alvo e entrar em contato com a nova vítima se passando pela pessoa conhecida. Aí, então, pedir o tal código. Por isso, NUNCA se deve passar esse número que chega por SMS a terceiros.

 

Outra dica é ativar a verificação em duas etapas. Com ela, o usuário cria uma sequência numérica que será exigida toda vez que sua conta do WhatsApp for ativada num novo telefone, além do número enviado por SMS. Dessa forma, um criminoso que conseguisse roubar o primeiro código seria travado nessa barreira.

 

Para ativar a verificação em duas etapas, vá em "Configurações > Conta > Verificação em duas etapas > Ativar" e siga o procedimento que será apontado na tela. Periodicamente, o WhatsApp vai pedir essa senha para dar acesso ao aplicativo como uma espécie de lembrete.

 

O processo de ativação no Telegram é parecido. Vá em "Configurações > Privacidade e Segurança > Verificação em Duas Etapas" e siga o procedimento, configurando a senha, uma dica para se lembrar e um email de recuperação.

 

O Telegram enviará uma mensagem ao endereço de email configurado com um código de confirmação, que deverá ser inserido no aplicativo para concluir o processo de ativação do recurso de segurança.

 

A segurança do próprio telefone também é importante. Mantê-lo com senha, aplicativos e sistema operacional atualizados é fundamental. Apps especializados (os famosos antivírus) podem ajudar a criar algumas barreiras adicionais contra eventuais ataques.

 

FUI ROUBADO, E AGORA?

Nesses casos, o WhatsApp orienta a entrar no aplicativo com seu número de telefone e confirmar o código de seis dígitos recebido por SMS. Nessa hora, é necessário ter acesso à linha telefônica.

 

Com a nova ativação, a conta será desligada em outros celulares em que esteja sendo usada --o telefone dos criminosos, no caso.

 

No processo, será também necessário digitar o código de verificação em duas etapas, se ele estiver configurado. Se o usuário tiver esquecido a combinação, deverá esperar uma semana antes de obter acesso à conta novamente.

 

COMO O ATAQUE PODE ACONTECER?

De acordo com Fabio Assolini, pesquisador de segurança da Kaspersky Lab, existem cinco técnicas possíveis das quais criminosos podem se aproveitar para roubar uma conta no WhatsApp —e, em sua avaliação, uma delas pode ter sido usada para hackear o telefone do ministro Sergio Moro (Justiça).

 

- Acesso físico: com o celular em mãos, um atacante pode obter as informações que quiser ou então instalar programas maliciosos no telefone sem que o dono saiba, possibilitando acesso remoto aos dados, gravação de conversa, etc;

- Ataque remoto: a distância, o atacante se aproveita de alguma vulnerabilidade em programas ou sistemas do celular -e pode, assim como no caso do acesso físico, instalar algo para conseguir acesso aos dados do telefone. Exemplo disso foi o caso revelado pelo próprio WhatsApp em maio, quando hackers conseguiram instalar um software de vigilância em telefones a partir de uma falha do aplicativo;

 

- SIM Swap: é o golpe da moda. Ele depende de uma pessoa com acesso aos sistemas das operadoras de telefonia, que transfere o número associado ao chip da vítima para outro chip, dos criminosos. Com isso, os atacantes conseguem receber os SMS enviados para o telefone e, assim, a conta no WhatsApp --e a outros sistemas que enviem códigos por mensagem de texto, inclusive banco. É fácil de perceber, porque o telefone da vítima “morre”: para de receber e fazer ligações, se conectar à internet e alguns aplicativos podem parar de funcionar;

 

- Engenharia social: é o nome formal dado à técnica na qual os golpistas tentam enganar o usuário para passar o código verificador de alguma forma. É uma alternativa mais simples e barata do que o SIM Swap, já que não é necessária uma pessoa com acesso ao sistema das operadoras;

 

- Protocolo SS7: é o mais sofisticado de todos, e mais incomum. Depende de criminosos com conhecimento técnico sobre o protocolo SS7, usado por empresas de telefonia para o tráfego de informação. Vulnerabilidades no protocolo foram usadas pelos EUA para espionar o governo Dilma, exemplifica Assolini. É possível espelhar a linha telefônica de modo imperceptível para o usuário -o celular continua funcionando normal, mas a comunicação chega também para os criminosos

 

Devido a essas vulnerabilidades, Assolini critica o fato de aplicativos mensageiros usarem o número de telefone como forma de unir uma pessoa a sua conta.

 

“Esses programas de comunicação têm uma falha de design. Enquanto não tratarmos de forma correta, vão continuar existindo casos assim”, alerta. “Números de telefone não foram criados para te dar acesso a uma plataforma.

 

Por mais que ajudem, medidas como a autenticação de duas etapas ainda podem ser burladas em investidas um pouco mais elaboradas, avalia. Por isso, para uma segurança mais robusta, a recomendação seria migrar para outro aplicativo, que ofereça acesso não atrelado ao número de telefone. A recomendação de Assolini é o Threema (à venda por R$ 9,49 para Android e R$ 10,90 para iPhone).

Posted On Segunda, 10 Junho 2019 14:52 Escrito por

De acordo com o The Intercept Brasil, Deltan Dellagnol e ex-juiz colaboraram extra-oficialmente em acusação do ex-presidente Lula

 
Moro diz que não há ‘anormalidade’ em sua atuação como juiz

 

Por iG São Paulo

 

Série de matérias afirma que Deltan tinha dúvidas sobre a consistência das provas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Uma reportagem do jornal The Intercept Brasil revelou neste domingo (9) trocas de mensagens de integrantes da força-tarefa da Lava Jato e diálogos entre o procurador Deltan Dellagnol e o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, entre 2015 e 2018. Em nota divulgada após as reportagens, procuradores do MPF disseram ter sido alvo de uma invasão hacker e que as conversas foram descontextualizadas.

 

Entre as principais conversas estão as que dizem respeito à atuação do Ministério Público Federal e do então juiz da primeira instância quando ainda era o responsável por julgar os casos da operação referentes a desvios da Petrobras, incluindo o caso do tríplex tido como propina atribuída ao ex-presidente Lula.

 

Segundo a publicação, as mensagens indicam que Moro teria atuado junto ao MPF, dando conselho aos procuradores, interferindo na ordem das operações da força-tarefa e até indicando fontes que pudessem incriminar os investigados.

 

Em um dos trechos mais marcantes da reportagem, o juiz Sergio Moro teria tentado intervir na condução da Lava Jato, em fevereiro de 2016. "Olá Diante dos últimos . desdobramentos talvez fosse o caso de inverter a ordem da duas planejada (sic)". Apesar de alegar problemas logísticos para acatar a sugestão, Dellagnol esteve à frente da Operação Acarajé no dia seguinte, a 23ª fase da Lava Jato.

 

Outra cobrança do juiz veio seis meses depois, mesmo sem oficialmente poder intervir na investigação. "Não é muito tempo sem operação?", ao que o procurador respondeu
"É sim". Três semanas depois, uma nova fase da operação estava na rua.

 

Agentes da PF em Operação da Lava Jato - maior esquema de corrupção da Historia

 

A relação de "união" construída entre Moro e Dellagnol fica mais evidente em dois episódios de 2017. O primeiro, quando do primeiro depoimento, em Curitiba, de Lula já como réu, cuja defesa pediu adiamento e o MPF teria considerado o pedido mesmo diante de um forte esquema especial de segurança montado para o momento, ao qual o juiz disparou: "Que história é essa que vcs querem adiar? Vcs devem estar brincando”, seguido de "Não tem nulidade nenhuma, é só um monte de bobagem".

Num segundo momento, Dellagnol explica pedido feito pelos procuradores para o juiz, alegando que Moro "ficasse à vontade para indeferir: "De nossa parte, foi um pedido mais por estratégia", escreveu. O então juiz responde: "Blz, tranquilo, ainda estou preparando a decisão mas a tendência é indeferir mesmo".

 

Além disso, a reportagem sugere que Dellagnol tinha dúvidas sobre a consistência das provas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dias antes de apresentar a primeira denúncia contra o petista, que ficou conhecida como caso triplex.

Ele apresentou inseguranças quanto à argumentação que apresentaria, o que mudou após receber a reportagem de O Globo "Caso Bancoop: triplex do casal Lula está atrasado" e pedir para que a equipe entrasse em contato com a autora, Tatiana Farrah, para pedir suas fontes no caso. E disse: “tesao demais essa matéria do O GLOBO de 2010. Vou dar um beijo em quem de Vcs achou isso.” A reportagem a qual ele se referia – “Caso Bancoop: triplex do casal Lula está atrasado.”

 

A ação sobre o apartamento no Guarujá fez com que Lula fosse preso em Curitiba no dia 7 abril do ano passado em razão da condenação em segunda instância. Em abril deste ano, o petista teve a pena reduzida pelo STJ, de 12 anos e 1 mês para 8 anos e 10 meses. Nos próximos dias, a defesa do ex-presidente deve pedir progressão de regime de pena .

 

Outro trecho da reportagem questiona a imparcialidade dos procuradores, uma vez que, por meio de mensagens, o grupo teria lamentado a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski em autorizar Lula de conceder entrevistas da cadeia antes das eleições 2018. A decisão, no entanto, foi derrubada pelo ministro Luiz Fux, após um pedido do Partido Novo, fato que teria sido comemorado pelos procuradores.

 

Outro lado
De acordo com o editorial do The Intercept Brasil , os envolvidos nas reportagens só foram procurados para comentar o caso após a publicação, neste domingo (9), pelo temor de que medidas legais fossem tomadas para impedir a publicação do conteúdo.

 

A força-tarefa da Lava Jato foi a primeira a se pronunciar sobre o assunto e considerou a questão como um "ataque criminoso" ao trabalho dos procuradores, além de alegar que expõe a segurança dos profissionais. "Há a tranquilidade de que os dados eventualmente obtidos refletem uma atividade desenvolvida com pleno respeito à legalidade e de forma técnica e imparcial, em mais de cinco anos de Operação", escrevem os procuradores.

 

Na nota, a força-tarefa critica não ter sido procurada para prestar esclarecimentos antes da divulgação da matéria. "Os procuradores da Lava Jato em Curitiba mantiveram, ao longo dos últimos cinco anos, discussões em grupos de mensagens, sobre diversos temas, alguns complexos, em paralelo a reuniões pessoais que lhes dão contexto. Vários dos integrantes da força-tarefa de procuradores são amigos próximos e, nesse ambiente, são comuns desabafos e brincadeiras. Muitas conversas, sem o devido contexto, podem dar margem para interpretações equivocadas. A força-tarefa lamenta profundamente pelo desconforto daqueles que eventualmente tenham se sentido atingidos", diz a nota ( veja a íntegra ao fim da matéria ).

 

Mais tarde, o ministro Sérgio Moro também se pronunciou sobre o caso. Ele também repudiou o fato de não ter sido procurado pelo jornal para dar explicações e lamentou que a reportagem não tenha divulgado a fonte que forneceu as conversas. Em seguida, minimizou o vazamento das mensagens.

 

“Quanto ao conteúdo das mensagens que me citam, não se vislumbra qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação enquanto magistrado, apesar de terem sido retiradas de contexto e do sensacionalismo das matérias, que ignoram o gigantesco esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato", disse Moro, em nota.

 

VazaJato
Após a publicação do especial sobre as trocas de mensagem envolvendo os procuradores, intitulada de "As conversas secretadas da Lava Jato", o assunto chegou ao topo dos TrendingTopics do Twitter. Os leitores passaram a identificar o caso como #VazaJato e políticos, a exemplo do ex-candidato à presidência pelo PT, Fernando Haddad, já se pronunciaram sobre o assunto.

 

“Podemos estar diante do maior escândalo institucional da história da República. Muitos seriam presos, processos teriam que ser anulados e uma grande farsa seria revelada ao mundo. Vamos acompanhar com toda cautela, mas não podemos nos deter. Que se apure toda a verdade!”, escreveu Haddad, no Twitter.

 

"As revelações do @TheInterceptBr deixam explícitas as relações ilegais e espúrias entre o Juiz Sérgio Moro e os Procuradores da Lava Jato com destaque para Deltan Dalagnol. Uma fraude jurídica construída para condenar Lula sem crime e sem provas e impedir sua eleição para Presidente", afirmou a ex-presidente Dilma Rousseff.

 

Íntegra da nota da força-tarefa da Lava Jato
"A força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal do Paraná (MPF/PR) vem a público informar que seus membros foram vítimas de ação criminosa de um hacker que praticou os mais graves ataques à atividade do Ministério Público, à vida privada e à segurança de seus integrantes.

 

A ação vil do hacker invadiu telefones e aplicativos de procuradores da Lava Jato usados para comunicação privada e no interesse do trabalho, tendo havido ainda a subtração de identidade de alguns de seus integrantes. Não se sabe exatamente ainda a extensão da invasão, mas se sabe que foram obtidas cópias de mensagens e arquivos trocados em relações privadas e de trabalho.

 

Dentre as informações ilegalmente copiadas, possivelmente estão documentos e dados sobre estratégias e investigações em andamento e sobre rotinas pessoais e de segurança dos integrantes da força-tarefa e de suas famílias.

 

Há a tranquilidade de que os dados eventualmente obtidos refletem uma atividade desenvolvida com pleno respeito à legalidade e de forma técnica e imparcial, em mais de cinco anos de Operação.

 

Contudo, há três preocupações. Primeiro, os avanços contra a corrupção promovidos pela Lava Jato foram seguidos, em diversas oportunidades, por fortes reações de pessoas que defendiam os interesses de corruptos, não raro de modo oculto e dissimulado.

 

A violação criminosa das comunicações de autoridades constituídas é uma grave e ilícita afronta ao Estado e se coaduna com o objetivo de obstar a continuidade da Operação, expondo a vida dos seus membros e famílias a riscos pessoais. Ninguém deve ter sua intimidade – seja física, seja moral – devassada ou divulgada contra a sua vontade. Além disso, na medida em que expõe rotinas e detalhes da vida pessoal, a ação ilegal cria enormes riscos à intimidade e à segurança dos integrantes da força-tarefa, de seus familiares e amigos.

 

Em segundo lugar, uma vez ultrapassados todos os limites de respeito às instituições e às autoridades constituídas na República, é de se esperar que a atividade criminosa continue e avance para deturpar fatos, apresentar fatos retirados de contexto, falsificar integral ou parcialmente informações e disseminar “fake news”.

 

Entretanto, os procuradores da Lava Jato não vão se dobrar à invasão imoral e ilegal, à extorsão ou à tentativa de expor e deturpar suas vidas pessoais e profissionais. A atuação sórdida daqueles que vierem a se aproveitar da ação do “hacker” para deturpar fatos, apresentar fatos retirados de contexto e falsificar integral ou parcialmente informações atende interesses inconfessáveis de criminosos atingidos pela Lava Jato.

 

Por fim, os procuradores da Lava Jato em Curitiba mantiveram, ao longo dos últimos cinco anos, discussões em grupos de mensagens, sobre diversos temas, alguns complexos, em paralelo a reuniões pessoais que lhes dão contexto. Vários dos integrantes da força-tarefa de procuradores são amigos próximos e, nesse ambiente, são comuns desabafos e brincadeiras. Muitas conversas, sem o devido contexto, podem dar margem para interpretações equivocadas. A força-tarefa lamenta profundamente pelo desconforto daqueles que eventualmente tenham se sentido atingidos.

 

Diante disso, em paralelo à necessária continuidade de seu trabalho em favor da sociedade, a força-tarefa da Lava Jato estará à disposição para prestar esclarecimentos sobre fatos e procedimentos de sua responsabilidade, com o objetivo de manter a confiança pública na plena licitude e legitimidade de sua atuação, assim como de prestar contas de seu trabalho à sociedade.

 

Contudo, nenhum pedido de esclarecimento ocorreu antes das publicações, o que surpreende e contraria as melhores práticas jornalísticas. Esclarecimentos posteriores, evidentemente, podem não ser vistos pelo mesmo público que leu as matérias originais, o que também fere um critério de justiça. Além disso, é digno de nota o viés tendencioso do conteúdo até o momento divulgado, o que é um indicativo que pode confirmar o objetivo original do hacker de, efetivamente, atacar a operação Lava Jato.

 

De todo modo, eventuais críticas feitas pela opinião pública sobre as mensagens trocadas por seus integrantes serão recebidas como uma oportunidade para a reflexão e o aperfeiçoamento dos trabalhos da força-tarefa.

 

Em paralelo à necessária reflexão e prestação de contas à sociedade, é importante dar continuidade ao trabalho. Apenas neste ano, dezenas de pessoas foram acusadas por corrupção e mais de 750 milhões de reais foram recuperados para os cofres públicos. Apenas dois dos acordos em negociação poderão resultar para a sociedade brasileira na recuperação de mais de R$ 1 bilhão em meados deste ano. No total, em Curitiba, mais de 400 pessoas já foram acusadas e 13 bilhões de reais vêm sendo recuperados, representando um avanço contra a criminalidade sem precedentes. Além disso, a força-tarefa garantiu que ficassem no Brasil cerca de 2,5 bilhões de reais que seriam destinados aos Estados Unidos.

 

Em face da agressão cibernética, foram adotadas medidas para aprimorar a segurança das comunicações dos integrantes do Ministério Público Federal, assim como para responsabilizar os envolvidos no ataque hacker, que não se confunde com a atuação da imprensa. Desde o primeiro momento em que percebidas as tentativas de ataques, a força-tarefa comunicou a Procuradoria-Geral da República para que medidas de segurança pudessem ser adotadas em relação a todos os membros do MPF. Na mesma direção, um grupo de trabalho envolvendo diversos procuradores da República foi constituído para, em auxílio à Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação da PGR, aprofundar as investigações e buscar as melhores medidas de prevenção a novas investidas criminosas.

 

Em conclusão, os membros do Ministério Público Federal que integram a força-tarefa da operação Lava Jato renovam publicamente o compromisso de avançar o trabalho técnico, imparcial e apartidário e informam que estão sendo adotadas medidas para esclarecer a sociedade sobre eventuais dúvidas sobre as mensagens trocadas, para a apuração rigorosa dos crimes sob o necessário sigilo e para minorar os riscos à segurança dos procuradores atacados e de suas famílias."

 

 

Moro diz que não há ‘anormalidade’ em sua atuação como juiz

 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, publicou uma nota na qual criticou os ataques feitos por hackers ao seu celular e aos de procuradores da República que atuam nas forças-tarefas da Lava Jato em Curitiba e no Rio de Janeiro.

 

Neste domingo, dia 9, o site The Intercept Brasil divulgou o suposto conteúdo de mensagens trocadas por integrantes do Ministério Público Federal. Em nota, o ministro lamentou a invasão, criticou a falta de identificação da pessoa responsável por hackear e a postura do site, que não entrou em contato com ele antes da publicação do conteúdo.

 

Veja a íntegra da nota:

“Sobre supostas mensagens que me envolveriam publicadas pelo site Intercept neste domingo, 9 de junho, lamenta-se a falta de indicação de fonte de pessoa responsável pela invasão criminosa de celulares de procuradores. Assim como a postura do site que não entrou em contato antes da publicação, contrariando regra básica do jornalismo.

 

Quanto ao conteúdo das mensagens que me citam, não se vislumbra qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação enquanto magistrado, apesar de terem sido retiradas de contexto e do sensacionalismo das matérias, que ignoram o gigantesco esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato.”

Posted On Segunda, 10 Junho 2019 10:39 Escrito por

Inflação do mês ficou em 0,13%, valor 0,44 p.p abaixo da taxa de abril, quando estava em 0,57%; tomate e feijão carioca ficaram mais baratos. No acumulado do ano, no entanto, inflação ainda está acima da meta

 

 Com Assessoria

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, desacelerou em maio. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice ficou em 0,13% no mês.

 

Em relação à inflação de abril, que foi de 057% , houve uma desaceleração de 0,44 ponto percentual (p.p). Esse é o menor valor registrado no ano e também o menor para um mês de maio desde 2006, quando foi de 0,10%.

 

No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA recuou para 4,66%, abaixo dos 4,94% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Mesmo com a desaceleração, no entanto, o índice ainda permanece acima da meta de inflação estipulada pelo governo para este ano, que é de 4,25%.

Alimentos e bebidas puxaram baixa da inflação
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, quatro registraram deflação em maio, contribuindo para a queda do índice no mês.

 

Entre eles, o maior influenciador foi o grupo de "alimentos e bebidas", em que os preços caíram 0,56% após terem subido 0,63% no mês anterior. O impacto da baixa nos preços dos alimentos na i nflação de maio foi de 0,14 p.p

 

Segundo o IBGE , o resultado do grupo alimentação e bebidas deve-se principalmente à queda de 0,89% observada na alimentação no domicílio.

 

O tomate, após apresentar alta de 28,64% em abril, caiu 15,08%, e o feijão-carioca acentuou a queda em relação ao mês anterior (passou de -9,09% para -13,04%). As frutas (-2,87%) também recuaram mais intensamente do que em abril (-0,71%).

Por outro lado, o leite longa vida (2,37%) e a cenoura (15,74%) subiram em maio, após apresentarem quedas (-0,30% e -0,07%, respectivamente) em abril.

 

Leia também:Em dois anos, preço do gás de cozinha subiu 24%; veja maneiras de economizar

 

Confira os resultados dos nove grupos:

Alimentação e Bebidas: -0,56% (impacto de -0,14 ponto percentual)
Artigos de Residência: -0,10% (impacto de 0 p.p.)
Comunicação: -0,03% (impacto de 0 p.p.)
Educação: -0,04% (impacto de 0 p.p.)
Transportes: +0,07% (impacto de 0,01 p.p.)
Despesas Pessoais: +0,16% (impacto de 0,02 p.p.)
Vestuário: +0,34% (impacto de 0,02)
Saúde e Cuidados Pessoais: +0,59% (impacto de 0,07 p.p.)
Habitação: +0,98% (impacto de 0,15 p.p.)

Posted On Sexta, 07 Junho 2019 15:58 Escrito por

Meta é qualificar 465 mulheres até o final do programa

 

Por Cristiane Lima

 

Uma articulação da Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) com a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres garantiu a continuidade do Programa Jeito de Mulher no Tocantins. A ação, que capacita mulheres gratuitamente para o mercado de trabalho, especialmente para áreas tradicionalmente de presença masculina, já capacitou 285 mulheres para o mercado de trabalho no Estado, nas cidades de Palmas, Gurupi, Araguaína, Araguatins, Paraíso do Tocantins, Porto Nacional, Dianópolis e Guaraí.

 

A prorrogação da execução do programa foi publicada na edição do último dia 30 de abril, no Diário Oficial da União, que trouxe o dia 24 de abril de 2020 como a nova data limite para execução total do programa. O secretário executivo da Setas, Tiago Costa, explica que a Secretaria Nacional atendeu prontamente a solicitação da pasta. “Explicamos que houve dificuldade na execução do projeto, especialmente no processo de licitação para contratação das empresas especializadas para ministrar os cursos e também o ano atípico pelo qual o Estado passou, com eleição suplementar em dois turnos, seguida de outra eleição regular de mais dois turnos”, comenta Tiago Costa.

 

 

Alunas foram contempladas com o material didático das aulas teóricas e equipamentos de segurança necessários para as disciplinas práticas

 

Com o novo prazo para execução, o cronograma do Programa Jeito de Mulher será retomado e já entra em fase de licitação para selecionar as empresas para os cursos de capacitação. Nesta nova fase, o programa deve capacitar mais 150 mulheres para o mercado de trabalho. Os recursos são na ordem de R$ 412.331,75, com contrapartida do Governo do Estado.

 

Jeito de Mulher

Além de participarem dos cursos gratuitamente, as alunas recebem vale transporte, lanche, material didático e os equipamentos de segurança necessários para as aulas práticas.

 

Serão ministrados os cursos de Produção de derivados do leite, em Araguatins, Dianópolis, Porto Nacional, Guaraí, Gurupi e Paraíso do Tocantins-; Mecânica de manutenção de motocicletas, em Gurupi e Porto Nacional; Pedreiro, em Palmas e Porto Nacional; Mecânico de motor a gasolina e álcool e Mecânico de injeção eletrônica, ambos em Palmas.

Posted On Sexta, 07 Junho 2019 10:50 Escrito por