Apresentadora radicaliza posição contra apoiadores do presidente enquanto ele age com diplomacia incomum
Por Jeff Benício
Xuxa faz discurso cada dia mais duro contra Bolsonaro nas redes sociais
Será que foi uma fraquejada? Ou não teria sido o próprio Jair Bolsonaro quem fez o post? A replicação cordial no Twitter do presidente a uma mensagem contundente de Xuxa gerou surpresa e desconfiança.
No domingo (10), a apresentadora usou seu perfil no Instagram para disparar novas críticas a ele: o chamou de “genocida”, solicitou adesão ao movimento pelo processo de impeachment e fez um pedido a seus seguidores que são bolsonaristas.
Uma publicação compartilhada por Xuxa Meneghel (@xuxameneghel)
“Deixe de me seguir, deixe de falar comigo”, escreveu. Na terça (12), um tweet do presidente acenou para os fãs da artista. “Se você apoia Xuxa, peço que nos siga. Seria uma satisfação apontar fatos omitidos para que possamos sempre melhorar e unir nosso país!”
O previsível seria Bolsonaro responder de maneira agressiva ou sarcástica, como geralmente o faz contra seus críticos, sejam famosos ou anônimos. Esse tom que beira o cavalheirismo foi uma espécie de ‘tapa com luva de pelica’.
A conclusão óbvia: uma boa estratégia de marketing para suscitar engajamento digital e publicidade espontânea na mídia. Na prática, Xuxa não vai perder número relevante de seguidores e Bolsonaro não irá cooptar muitos fãs da apresentadora.
A apresentadora tem 11.8 milhões de seguidores e engajamento de 1,25%, de acordo com a ferramenta de monitoramento SocialStats. Na mesma rede social, o presidente possui 18.9 milhões de admiradores e 0.88% de mobilização.
Desde o início de 2021, quando deixou a Record TV, emissora considerada aliada de Jair Bolsonaro, Xuxa reforçou sua militância contra o ocupante do Palácio do Planalto. Já postou inúmeros textos e vídeos com cobranças a ele e pediu que o tirem do poder.
Em razão desse ativismo antibolsonarista, a ex-estrela da Globo entrou em rota de colisão com um dos maiores apoiadores do presidente na TV, o apresentador Sikêra Jr., do ‘Alerta Nacional’, da RedeTV. Os dois travam batalha judicial após troca de acusações.
Em setembro, o índice oficial que mede a inflação ultrapassou os dois dígitos nos últimos 12 meses pela primeira vez desde 2016, com alta acumulada de 10,25%
Por Rayane Rocha*da CNN
A inflação já reduziu em R$ 11,1 bilhões o salário dos brasileiros nos seis primeiros meses deste ano, segundo cálculo do economista da Tendências Consultoria Lucas Assis.
Com base em previsões feitas pela empresa na primeira semana de 2021, Assis diz que a quantidade total de ganhos dos trabalhadores do país atingiria um nível muito superior ao resultado registrado.
O balanço considera a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo), relativo ao período entre janeiro e julho.
Em setembro, o índice ultrapassou os dois dígitos nos últimos 12 meses pela primeira vez desde 2016, com alta acumulada de 10,25%. O valor fica muito acima da meta estabelecida pelo governo, de 5,25%. O centro da meta é de 3,75% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Essa escalada dos preços gera impactos diretos na massa de renda habitual de todos os trabalhadores, diz o economista.
A análise da Tendência Consultoria considera apenas os ganhos reais dos rendimentos da chamada massa habitual do trabalho. Dessa forma, o levantamento não mensura os efeitos da inflação no consumo de itens essenciais, como alimentos, combustíveis e energia elétrica.
De acordo com a entidade, a inflação provoca perdas não apenas nos salários: ela afeta ainda outras fontes de renda, como o auxílio emergencial, os benefícios da Previdência e programas sociais como o Bolsa Família.
Além disso, conforme a taxa sobe, o consumo de itens de primeira necessidade também fica mais caro. “Mesmo que a população recebesse uma quantia maior, a renda disponível para consumo não contaria com incremento na mesma grandeza, pois, a despeito de haver maior salário, os custos dos bens e serviços a serem pagos também estariam mais elevados”, diz Assis.
O economista lembra ainda que a leitura dos dados também pode ser influenciada por mais variáveis. “No início do ano, as projeções levavam em conta um PIB (Produto Interno Bruto) de 2,9% em 2021. Hoje, esse número é maior, em torno de 5%”, avalia. “Ao passo que, a perspectiva para o crescimento da população ocupada no ano era superior a 5,5%. Atualmente, esse número é de 4%”.
*Sob supervisão de Stéfano Salles
Números são da Secretaria de Comércio Exterior
Por Luciano Nascimento
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,102 bilhão na segunda semana de outubro, segundo boletim preliminar divulgado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério da Economia.
O valor é resultado de exportações somando US$ 6,183 bilhões e importações de US$ 5,081 bilhões. No mês, as exportações atingem US$ 7,899 bilhões e as importações, US$ 5,971 bi, com saldo positivo de US$ 1,929 bilhão.
Segundo a Secex, no ano as exportações totalizam US$ 221,25 bilhões e as importações, US$ 162,746 bilhões, com saldo positivo de US$ 58,504 bilhões. A balança corrente de comércio somou US$ 383,996 bilhões.
No comparativo médio entre a segunda semana de outubro de 2021 (US$ 1.316,53 milhão) e a de outubro de 2020 (US$ 882,47 milhões), houve crescimento de 49,2%. Em relação às importações, houve expansão de 50,3% na comparação entre as médias até a segunda semana de outubro/2021 (US$ 995,11 milhões) com outubro/2020 (US$ 662,27 milhões).
Números por setores
Os números foram divulgados ontem (11) em Brasília. Entre os setores, o destaque ficou com a Indústria Extrativa, com alta na média diária de US$ 117,66 milhões (52,9%) no acumulado até a segunda semana do mês, comparando com igual período no mês do ano anterior. A Indústria de Transformação atingiu crescimento de US$ 251,37 milhões (48,8%) em produtos e a Agropecuária teve expansão de US$ 63,76 milhões (45,6%) na média diária.
A Secex informou que a combinação dos resultados levou a um aumento das exportações. Esse movimento foi puxado, principalmente, pelo crescimento da soja, na Agropecuária, (+186,6% com aumento de US$ 82,63 milhões na média diária); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+201,7% com aumento de US$ 127,36 milhões na média diária), na Indústria Extrativa; e, na Indústria de Transformação, da exportação de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (+584,5% com expansão de US$ 56,42 milhões na média diária).
Importações
No acumulado até a segunda semana de outubro, comparando com outubro de 2020, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 7,18 milhões (41,0%) em Agropecuária; de US$ 25,24 milhões (134,1%) em Indústria Extrativa e de US$ 287,07 milhões (46,5%) em produtos da Indústria de Transformação.
Para a Secex, a combinação dos resultados também levou a um crescimento das importações. Os destaques ficaram para o milho não moído, exceto milho doce (+ 560,3% com alta de US$ 7,01 milhões na média diária); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+483,0% com aumento de US$ 23,77 milhões na média diária); e nas importações de Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (+209,0% com alta de US$ 75,39 milhões na média diária).
Para o final de 2022 a estimativa passou de 1,9% para 1,5%, conforme relatório da instituição
Por Cias & Cifras
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reajustou a projeção de crescimento do Brasil para baixo. Para o final de 2021 a estimativa anterior era de 5,3% e agora está em 5,2%. Já para o final de 2022 passou de 1,9% para 1,5%.
Os indicadores pertencem ao relatório Perspectiva Econômica Mundial e, para 2026, o FMI prevê uma alta de 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
Economista-chefe do FMI, Gita Gopinath disse que o pequeno corte na projeção para este ano é resultado do aperto na política monetária e também do quadro nos Estados Unidos.
Ela acrescentou, ainda, que a revisão é fruto dos “efeitos que esperamos com a alta dos juros na política monetária, diante da inflação alta no Brasil e também por causa da previsão de menos crescimento nos Estados Unidos, que é um importante parceiro comercial”.
FMI
Ainda de acordo com o relatório, haverá avanço dos preços das commodities e o retorno dos setores industrial e de serviços após o auge do choque da pandemia da covid-19.
Em relação à inflação, o FMI elencou que o IPCA subirá 7,7% neste ano, acima dos 4,6% informados anteriormente, enquanto que para 2022 este índice de preços ao consumidor avançará 5,3%, superior aos 4% estimados há seis meses.
Também disse que a projeção para o déficit de transações correntes como proporção do PIB caiu um pouco para 2021, de 0,6% para 0,5%, enquanto aumentou para o próximo ano, de 0,8% para 1,7%. No caso da taxa de desemprego, ocorreram reduções das estimativas de 14,5% para 13,8% em 2021 e de 13,2% para 13,1% no próximo ano.
Com Assessoria
Com a economia mundial dando os primeiros passos para a recuperação pós pandemia da Covid 19, o Brasil tem surpreendido positivamente com os números conhecidos até agora. O governo do presidente Bolsonaro tomou a decisão histórica de recuperar e expandir a malha ferroviária nacional, projeto que está sendo executado pelo ministro Tarcísio Gomes de Freitas, no Ministério da Infraestrutura. E a boa notícia vem do Tocantins.
Senador Eduardo Gomes é líder do governo Bolsonaro no Congresso
A Valec S/A lançou no último dia 8 o edital de Concessão do Pátio Intermodal da Ferrovia Norte-Sul em Guaraí, às margens da BR 235, com área total de 82,3 mil m2. A expectativa da companhia é que essas novas instalações aumentem em até 15%(quinze por cento), o volume de cargas movimentadas atualmente pelo Ramo Norte da FNS. O impacto imediato, já na construção e depois na operação do Pátio, é na geração de emprego e renda, beneficiando toda a região.
É o Tocantins cumprindo sua vocação de ser o indutor do progresso na região norte e centrooeste do Brasil.