Foram 3.762 pessoas participantes do estudo, que mediu o impacto da covid-19 após sete meses da infecção

 

Do Correio Braziliense

 

Conforme o tempo passa fica mais claro para os cientistas o que a covid-19 provoca no corpo humano a médio prazo. Em um estudo publicado no último domingo (27/12), pela plataforma MedRxiv, mais de 3 mil pessoas (de 56 países diferentes), que haviam sido contaminadas com a doença, compartilharam algumas das sequelas que o vírus provocou após sete meses da infecção.

O estudo apontou que 15% dos homens afirmaram que tiveram algum tipo de disfunção sexual após o início dos sintomas e 3% relataram diminuição no tamanho do pênis. No caso das mulheres, 26% indicaram irregularidade no ciclo menstrual e 8% reclamaram de alguma disfunção sexual.

 

No total, das 3.762 pessoas do estudo, 19,1% se classificaram como homens, 78.9% como mulheres e 1.7% como gênero não binário.

 

Os problemas em relação aos órgãos reprodutores, entretanto, ficaram atrás das sequelas gerais relatadas pelo estudo. A maior reclamação foi em relação à fadiga: 77% (entre idade de 40 a 49 anos) das pessoas estudadas citaram o cansaço como a principal sequela.

 

O mal-estar após esforço físico fica em segundo lugar de reclamação geral, com 72,2% dos envolvidos no estudo (entre 40 a 49 anos) citando o problema. Por fim, a disfunção cognitiva fecha as três principais sequelas relatadas após a infecção de covid, com 55,4 % de reclamação (dos envolvidos no estudo com 40 a 49 anos).

O estudo é assinado pelos pesquisadores Hannah E Davis, Gina S Assaf, Lisa McCorkell, Hannah Wei, Ryan J Low, Yochai Reem, Signe Redfield, Jared P Austin e Athena Akrami.

 

Posted On Terça, 29 Dezembro 2020 05:10 Escrito por

Por Pedro Teodoro, da CNN

 

O imunologista Anthony Fauci disse, neste domingo (27), acreditar que o pior da pandemia do novo coronavírus “ainda está por vir”. O também conselheiro do presidente Donald Trump para assuntos relacionados à Covid-19 falou à CNN em uma entrevista sobre o panorama da pandemia.

 

"Estamos realmente em um ponto muito crítico. Podemos ter um forte aumento de infectados por causa das viagens de fim de ano e da provável reunião de pessoas (...) o pior ainda está por vir”, afirmou.

 

Quando questionado sobre a nova variante do Sars-CoV-2, encontrado no Reino Unido nos últimos dias, o imunologista afirmou que a mudança não parecer tornar as pessoas mais doentes: “obviamente, isso é algo que sempre levamos a sério, mas acho que o público precisa se lembrar que esses são vírus de RNA e estão em mutação contínua o tempo todo". "Na maioria das vezes, as mutações não têm um significado funcional", disse o médico.

 

Além de estar aconselhando Trump, Fauci também foi escolhido para a equipe de saúde focada no combate da pandemia do próximo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

 

Ele completou 80 anos no início desta semana, mas afirmou que, mesmo em período de festas de aniversário e de fim de ano, está seguindo seus próprios conselhos de restrição da pandemia, inclusive para o Natal.

 

“Embora eu ame muito ter meus filhos, que moram em diferentes partes do país, não acho que me reunir com eles seja a coisa mais prudente a fazer. No Natal, por exemplo, fiz um jantar tranquilo com minha esposa", concluiu.

 

Posted On Segunda, 28 Dezembro 2020 15:59 Escrito por

Por Antonio Coelho de Carvalho

 

Marco do saneamento básico

O presidente Jair Bolsonaro assinou semana passada, norma que estabelece critérios para suporte técnico e financeiro da União, além de condicionar repasses à eficiência de serviços prestados. Nova lei visa ampliar a presença do setor privado na área. A norma foi publicada em edição extra do "Diário Oficial da União", mais de cinco meses depois da sanção da lei. Atualmente, o serviço de saneamento é prestado majoritariamente por empresas públicas estaduais no Tocantins não, a Saneatins foi vendida para o Grupo Odebrecht e partir de 2012, pela Odebrecht Ambiental, (ai com essa história de Lava jato coisa e tal, Eduardo Cunha Dinheiro do FGTS) foi adquirida em abril de 2017, a BRK Ambiental.

 

Esgotamento

A verdade nunca pode ser vista como uma injusta, ela pode magoar, mas será a falta de juízo é uma fonte de lucro para a falta de vergonha. O preço que pagamos pela água que se diz tratada, e principalmente o que pagamos pelo tratamento do esgoto é uma vergonhosa injustiça. Na capital os vereadores, após pressão popular baixaram a taxa de 80% para 40% em residências e, 50% para estabelecimentos comerciais e industriais e órgãos públicos. Isso após muitas pendenga na Justiça,  mais ainda é muito caro. 58 cidades no Tocantins têm seus serviços de água e escotos cedido para a BRK Ambiental, algumas com concessão que vai param mais de trinta anos, entre elas as principais cidades, mais de 80% da população é refém da concessionária. Durante a canpnha para prefeito muitos fizeram a promessas de baixar esse preço. Fato interessante é que existe Lei Estadual ( 3.262) aprovada, que diz que a tarifa de esgotamento sagitário não ultrapassara 50% do valor da tarifa de agua, mas realidade é na maioria esse percentual é de 80%.  Aí vemos a perfeita harmonia entre os poderes e suas independências.

 

Regulamentação do Fundeb

Sem vetos, o presidente Bolsonaro sancionou a lei que regulamenta o novo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Pelo menos 70% do fundo será usado para pagar salários de profissionais da educação. Em agosto, o Congresso promulgou uma emenda à Constituição que tornou o fundo permanente. Não há vetos à medida aprovada. O Fundeb é o principal mecanismo de financiamento da educação básica, que vai da pré-escola ao ensino médio. O texto prevê a ampliação gradual da participação da União no fundo, de modo a chegar a 23% a partir de 2026. Hoje, essa complementação financeira do governo federal está em 10% sobre o valor arrecadado por Estados e municípios. De acordo com a relatora da medida, professora Dorinha (DEM-TO), a regulamentação do projeto era necessária porque traz regras específicas sobre a divisão do dinheiro.

 

Ajuste pra professores

Em Goiás o governador Ronaldo Caiado (DEM) enviou documento à Assembleia Legislativa e que foi aprovado aumento de até 64% para mais de 12,4 mil professores temporários da rede estadual. Na realidade foi uma adequação para que os professores passassem a ganhar o Piso Nacional do Magistério que é R$ 2,8 mil; impacto no orçamento deve ser de R$ 208,5 milhões. Nada mais justo do que essa adequação, muitos municípios ainda não pagam o mínimo estabelecido por Leis.

 

A derrota de Michelle

A juíza Adriana Genin Fiore Basso, da 3ª Vara Cível do Fórum da Lapa, julgou improcedente a ação de indenização por danos morais movida pela primeira-dama Michelle Bolsonaro contra a ISTOÉ e contra o jornalista Joaquim Germano da Cruz Oliveira. A esposa do presidente pleiteava uma indenização de R$ 100 mil por se sentir ofendida por uma nota. A magistrada Fiore Basso não só inocentou a revista e o diretor de redação da ISTOÉ, Germano Oliveira, como também condenou a primeira-dama Michelle Bolsonaro a pagar as custas do processo, fixadas em R$ 10 mil. A defesa foi sustentada por Lucimara Ferro Melhado, advogada especialista na área de imprensa. Como já dizia um sábio chines, a arte de vencer se aprende nas derrotas.

 

Saindo pela porta da frente

O prefeito Iris Rezende (MDB) fez balanço de seu trabalho no comando da prefeitura de Goiânia 2017/ 2020. Quando chegou ao comando do Paço, o déficit mensal era de R$31 milhões mensais e uma dívida consolidada de R$ 1 bilhão. Iris conclui sua gestão com investimentos da ordem de R$1,5 bilhão, em obras por toda a cidade, e deixa R$ 1 bilhão em caixa para a próxima gestão. Além disso, apesar da crise, a receita do município teve crescimento de 37% nos últimos anos, chegando a quase R$ 6 bilhões. De todas as obras iniciadas pela Seinfra, 84% foram concluídas e 16% estão a concluir. Segundo a prefeitura, o atraso ocorreu por conta da pandemia da Covid-19, mas os recursos para conclusão estão garantidos. Pois nada é tão admirável em política quanto uma memória curta.

 

R$ 1 bi de servidores

Uma investigação da Polícia Civil de Minas Gerais aponta que a gestão do ex-governador Fernando Pimentel (PT) se apossou indevidamente de quase R$ 1 bilhão do servidores públicos, entre setembro de 2017 e maio de 2018. Por causa dos desvios, o petista e o ex-secretário de Fazenda, José Afonso Bicalho, foram indiciados pelo crime de peculato. O delegado Gabriel Ciriaco Fonseca, da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção, explica que a equipe do ex-governador recolheu dos contracheques o dinheiro para o pagamento de empréstimos consignados, feitos pelos servidores, mas não repassou os valores aos bancos, conforme deveria ocorrer. Mas como a Lei e clara, até o ladrão tem direito a justiça.

 

PT X Alexandre Ramagem da Abin

Parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) protocolaram, na sexta-feira 25, uma ação civil pública contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. A oposição pede o afastamento de Ramagem da direção da Abin ao citar suposta criação de uma estrutura paralela no órgão, para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente da República. Os parlamentares pedem também a abertura de uma investigação criminal para apurar o caso. Em relação a Jair Bolsonaro, apontam omissão sobre as denúncias feitas contra o chefe de Abin, assim como suposto ato de improbidade administrativa.

 

Verde Brasil

A “Operação Verde Brasil 2” ainda não tem previsão de término. Na ação, durante o sábado, 26, militares da Marinha abordaram e detiveram dois comboios na foz do Rio Arapiuns, em Santarém (PA), com duas balsas cada um. As embarcações, que transportavam irregularmente toras de madeiras extraídas na região, foram detidas e escoltadas para Ponta Maria José, a fim de ser avaliadas pelos órgãos ambientais. Também no Pará, no município de Itaituba, militares do Exército ocuparam uma madeireira com aproximadamente 42 mil metros cúbicos de madeiras apreendidas nesta semana. A missão, teve apoio da Aviação do Exército no transporte dos militares.

 

Maia escolhe Baleia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), escolheu o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) como o candidato do seu bloco na disputa pela presidência da Câmara. Rossi conseguiu angariar mais apoio na disputa interna com Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que não foi apoiado pelo próprio partido. Em reunião com os 11 partidos que compõem o bloco de oposição ao candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados, o Arthur Lira (PP-AL), o nome de Rossi formou consenso. Os partidos que formam a aliança são: DEM, PSDB, MDB, Cidadania, PSL, PT, PCdoB, PDT, PSB, PV e Rede. As escolhas dizem muito afinal você faz suas escolhas, e suas escolhas fazem você.

 

STJ quer Crivella de volta para a cadeia

A desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, que determinou a prisão de Marcelo Crivella enviou um ofício ao Superior Tribunal de Justiça defendendo que o prefeito afastado volte para a cadeia. Crivella foi pra prisão domiciliar menos de 24 horas depois de dar entrada no sistema penitenciário, por decisão liminar do STJ. O documento foi enviado ao presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, pela desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita - que determinou a prisão preventiva de Crivella. Para a desembargadora existem provas abundantes. Apenas para lembrar: Ladrão: nome vulgar para um indivíduo com sucesso em obter a propriedade dos outros.

 

Fichas sujas vão ao TSE

 

Na coluna anterior demos como desproporcional as medidas do novato Kassio Nunes ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de suas alforrias a políticos. Depois que Nunes Marques concedeu uma liminar reduzindo o período de inelegibilidade de políticos condenados criminalmente, ao menos cinco candidatos já acionaram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para assumir o cargo, em janeiro de 2021. Informou, o jornal O Estado de S. Paulo. Quatro candidatos a prefeito — de Pinhalzinho (SP), Pesqueira (PE), Angélica (MS) e Bom Jesus de Goiás (GO) — e um a vereador, de Belo Horizonte (MG), recorreram ao TSE para assegurar a diplomação. Como sessemos ele vem se saindo muito melhor que a encomenda, menos Kassio menos...   

 

Sem efeito

Já o presidente do TSE Luís Barroso mantém o impedimento eleito que se beneficiaria da suspensão de trecho da Lei da Ficha Limpa, o interessando em pegar carona da brecha foi o candidato a prefeito de Pinhalzinho (SP) até STF julgar ação que levou à decisão do ministro Nunes Marques. Segundo o presidente do TSE, a decisão no tipo de ação analisada por Marques “não produz efeitos imediatos e automáticos sobre as situações subjetivas versadas em outros processos judiciais”. Barroso afirmou que, “diante disso, afigura-se como medida de prudência aguardar nova manifestação do Supremo Tribunal Federal antes de se examinar o presente pedido de tutela cautelar. A decisão se aplica somente a candidaturas para as eleições de 2020 ainda pendentes de análise pelo TSE e pelo STF.

 

Veto

O presidente Jair Bolsonaro garante que vai vetar venda de terras a estrangeiros. Projeto do senador Irajá Abreu (PSD - TO) foi aprovado no apagar das luzes no Senado e segue para a Câmara dos Deputados. Pelas redes sociais, o presidente voltou ao tema na sexta-feira 25 afirmando: “Eu já me decidi caso o PL seja aprovado no Congresso. E você, qual a sua opinião?”. “Não pode acontecer isso no Brasil. Passou no Senado, vai para a Câmara e, se a Câmara aprovar, tem o veto meu. Aí o Congresso vai derrubar ou não o veto. Falta patriotismo para nós. Não podemos permitir que o Brasil seja comprado”, destacou Bolsonaro na live de quinta-feira 24. A proposta revoga lei de 1970 que regula a aquisição de imóvel rural por estrangeiros. Cidadãos ou empresas de outra nacionalidade poderão comprar áreas rurais até o limite de 25% do território do município. Ante diziam que a solução era alugar o Brasil, agora querem vender

 

PF: R$ 6,1 bilhões apreendidos

 

Números da Polícia Federal apontam que as apreensões de valores e bens nas investigações de combate à corrupção e desvio de recursos públicos aumentaram em 2020. Até novembro, segundo a corporação, o montante chegou a R$ 6,1 bilhões. Foram 281 operações, incluídas aquelas contra o desvio de recursos destinados ao combate à covid-19. O valor é superior à soma dos resultados obtidos em 2019 (R$ 2,7 bilhões) e em 2018 (R$ 2,5 bilhões). Informações consolidadas sobre o desempenho da polícia nas ações contra o crime de colarinho-branco eram aguardadas com expectativa em setores do governo federal.

 

Pode pedir música

Chaaya Moghrabi, o "Yasha", já pode pedir musica no fantástico, O ministro do STF, Gilmar Mendes manda soltar pela 3ª vez doleiro que Lava Jato mandou prender "Yasha", detido na última sexta (18), em Angra dos Reis (RJ). A ordem de prisão partiu da juíza Caroline Vieira que substitui Marcelo Bretas na 7ª Vara Federal Criminal do Rio e foi baseada em suposto descumprimento de decisão judicial e obstrução de Justiça. A decisão de Gilmar foi proferida na sexta, último dia antes do recesso do Judiciário. "Yasha" foi alvo da Operação Clãdestino no mês passado. As diligências são mais um desdobramento da Câmbio, Desligo, que mirou o "doleiro dos doleiros" Dario Messer e um "grandioso esquema" que desviou US$ 1,6 bilhão de recursos ilícitos no Brasil e no exterior por meio de dólar-cabo. O doleiro foi alvo de três mandados de prisão expedidos pela Lava Jato e foi solto por Gilmar nas três ocasiões.

 

Posted On Segunda, 28 Dezembro 2020 08:26 Escrito por

Em um mês e meio de atuação no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Kassio Nunes Marques tem proferido votos e tomado decisões individuais alinhados aos interesses do Palácio do Planalto e da classe política

 

Do jornal O Estado de S. Paulo

 

Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, com o apoio do Centrão, Nunes Marques impôs derrotas à Lava Jato, votou contra a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara, beneficiou candidatos "fichas sujas" e ficou isolado no plenário da Corte ao colocar uma série de empecilhos para a vacinação obrigatória contra o novo coronavírus no País.

 

O ministro defendeu a validade de um decreto, editado pelo governo Bolsonaro, que incentiva a separação de alunos com deficiência. O texto foi considerado um "retrocesso" por entidades de ensino. Por 9 a 2, no entanto, o plenário do STF acabou vetando a medida, concordando com as alegações de que a política de Bolsonaro viola os preceitos da dignidade humana e dos direitos das pessoas com deficiência.

 

"Ele não tem no nome o patronímico Bolsonaro. Quem ocupa cadeira do STF não está atrelado a nenhum governo, por mais liberal, autoritário e forte que seja o governo. A cadeira é vitalícia para atuarmos com independência absoluta. A cadeira é muito maior do que aquele que a ocupa", disse ao Estadão o atual decano do STF, ministro Marco Aurélio Mello.

 

O alinhamento de Nunes Marques ao Palácio do Planalto ficou evidente na semana retrasada, durante julgamento que discutia a possibilidade de sanções, por parte de Estados e municípios, a quem recusar a vacina contra a covid-19. Bolsonaro já disse que é contra a vacinação obrigatória e que não pretende ser imunizado.

 

Nunes Marques exigiu que o Ministério da Saúde fosse consultado. Destacou, ainda, que a vacinação obrigatória deveria ser a "última medida de combate" contra a disseminação do novo coronavírus, após o "esgotamento de todas as formas menos gravosas de intervenção sanitária". Nenhum ministro o acompanhou nesses pontos.

 

"Não há prova de que a União tenha editado qualquer ato administrativo impedindo a aquisição de vacinas pelos Estados e municípios ou tenha obstado a instituição de vacinação compulsória onde quer que seja", disse Nunes Marques no julgamento. "Eventual fala do presidente da República para meios de comunicação ou em perfil de rede social não é ato administrativo e não é expressão da vontade da União. O presidente é também um agente político e, como tal, tem o direito de expressar suas opiniões, inclusive com o intuito de influenciar a opinião pública em favor das teses que defende. Isso faz parte da liberdade de expressão e do jogo político."

 

Nunes Marques já havia atendido aos interesses do Planalto no controverso julgamento que discutia se os atuais presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), poderiam ser reconduzidos aos respectivos cargos. "Se o presidente da República pode ser reeleito uma única vez, por simetria e dever de integridade, este mesmo limite deve ser aplicado aos presidentes da Câmara e do Senado", escreveu Nunes Marques em seu voto, ao barrar as pretensões de Maia, como desejava Bolsonaro. O candidato apoiado pelo Planalto para o posto de Maia é o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), líder do Centrão.

 

"O ministro até agora tem revelado, no campo jurídico, um alinhamento com as posições políticas mais recentes do presidente da República. Do ponto de vista jurídico, nesse curto tempo na Corte, tem errado mais do que acertado, como nos casos da vacinação obrigatória e do decreto sobre a separação de alunos com deficiência", avaliou o professor de Direito Constitucional da FGV-SP Roberto Dias.

 

Ficha Limpa. O ministro também provocou desconforto no STF ao atender aos interesses da classe política e suspender, na véspera do recesso, trecho da Lei da Ficha Limpa, reduzindo o período de inelegibilidade de políticos condenados criminalmente. Na prática, a decisão de Nunes Marques liberou o caminho de candidatos que concorreram nas eleições municipais de 2020, mas tiveram o registro barrado pela Justiça Eleitoral por causa da legislação.

 

A decisão, de apenas quatro páginas, provocou fortes críticas de integrantes do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ministros ouvidos pelo Estadão avaliaram que o entendimento de Nunes Marques era "absurdo" porque flexibilizava "regras já confirmadas pelo próprio STF". A expectativa é a de que a medida seja revista.

 

Se por um lado é criticado por colegas, Nunes Marques também tem recebido afagos públicos de Bolsonaro, que atraiu críticas até mesmo de aliados ao escolher o magistrado para a vaga de Celso de Mello.

 

Na última quinta-feira, o presidente comentou, em live nas redes sociais, a decisão do ministro que beneficiou "fichas sujas". "O que o Kassio votou - não vou defendê-lo, nem acusá-lo, ele passou a ser um ministro com total autonomia -, ele definiu na sua liminar em uma pequena parte da Lei da Ficha Limpa foi o início da contagem da inelegibilidade", disse.

 

Bolsonaro destacou que a decisão deve ser analisada pelo plenário da Corte. "Ele pode estar errado, o pessoal decide lá."

 

Em outra ocasião, Bolsonaro elogiou o voto do ministro no julgamento sobre o direito de amante dividir pensão com viúva. "Por 6 a 5, o STF decidiu que a amante não tem direito a pensão. Você sabe como foi o voto do Kassio? Procura saber. Se tivesse lá o Celso de Mello (ministro que se aposentou em outubro), teria sido aprovado o direito da amante", disse Bolsonaro. Em julgamento no plenário virtual, Nunes Marques entendeu que amantes não têm direito à pensão por morte, endossando a posição da maioria do STF.

 

O novo ministro também pediu destaque no julgamento virtual de duas ações que tratavam do direito do presidente de bloquear usuários nas redes sociais, principal forma de comunicação com o público.

 

A ministra Cármen Lúcia considerou o bloqueio de seguidores um ato "antirrepublicano", que contraria os princípios da democracia. Para Marco Aurélio, o presidente não pode exercer "papel de censor". Com a estratégia de pedir destaque após o voto dos dois relatores, Nunes Marques paralisou a discussão, tirando o debate do plenário virtual. Não há previsão de quando os casos serão retomados.

 

Procurado pelo Estadão, Nunes Marques não se manifestou.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Posted On Segunda, 28 Dezembro 2020 08:24 Escrito por

O prefeito eleito de Goiânia está internado há quase dois meses em São Paulo por conta das complicações da covid-19

Por Marina Barbosa

 

Internado desde outubro por conta das complicações da covid-19, o prefeito eleito de Goiânia, Maguito Vilela (MDB), sorriu ao receber a visita dos netos neste Natal. Segundo a família, ele tem reagido bem ao tratamento.

Maguito ainda está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Israelista Albert Einstein, em São Paulo, onde está internado há dois meses e já teve que ser submetido a uma cirurgia por conta de um sangramento pulmonar decorrente da covid-19. Porém, foi autorizado a receber a visita dos dois netos nesta sexta-feira (25/12), dia de Natal.

 

Os meninos foram acompanhados do pai, Daniel Vilela. Ele contou que a visita foi rápida, pois Maguito ainda apresenta incômodos e dores no corpo em decorrência do longo de tempo de internação. Mas o encontro foi suficiente para fazer o prefeito eleito de Goiânia sorrir. "Ele está interagindo bem", disse Daniel.

 

Sedação reduzida

Segundo a assessoria de Maguito, a equipe médica tem tirado a sedação do prefeito eleito de forma lenta e gradual. Por isso, o prefeito eleito já tem ficado acordado em alguns momentos do dia. Ele, no entanto, segue entubado e, por isso, ainda não consegue falar.

 

O boletim médico deste sábado (26/12) explica que Maguito "segue na UTI com quadro estável, sedação leve, traqueostomizado e em pressão de suporte. Respondendo aos estímulos e com níveis de oxigenação satisfatórios, em diálise e reabilitação".

 

 

Posted On Domingo, 27 Dezembro 2020 07:45 Escrito por