Condenação foi motivada por suposta doação irregular para campanha eleitoral, identificada pela Operação Lava Jato. Ex-senador nega ter cometido irregularidades
Por Rosanne D'Agostino, G1 — Brasília
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por três votos a dois nesta terça-feira (6) condenar o ex-senador Valdir Raupp (MDB-RO) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A condenação foi motivada por supostas irregularidades em uma doação eleitoral de R$ 500 mil para a campanha de Raupp em 2010, investigada pela Operação Lava Jato. O ex-senador nega ter cometido irregularidades.
Em 2017, quando a Segunda Turma aceitou a denúncia e ele se tornou réu, Raupp afirmou que a contribuição foi devidamente declarada à Justiça Eleitoral e não pode ser considerada indício ou prova de ilicitude (leia mais ao final desta reportagem).
Até a última atualização desta reportagem, os ministros ainda não tinham definido a dosimetria da pena, ou seja, o tempo de condenação e o regime no qual deve ser cumprida.
Na ação, a PGR pediu a aplicação de pena de 12 anos e cinco meses de reclusão para Raupp por corrupção e de sete anos e sete meses por lavagem de dinheiro. Mas eventual prisão somente deve ser decretada após o julgamento dos recursos.
O julgamento começou em junho com o voto do relator, ministro Edson Fachin. Ele votou pela condenação de Raupp e de uma assessora e pela absolvição de outro assessor acusado. O voto foi acompanhado pelo ministro Celso de Mello.
O ministro Ricardo Lewandowski divergiu e votou pela absolvição de todos os réus.
Na retomada do julgamento nesta terça, a ministra Cármen Lúcia decidiu acompanhar o voto do relator, formando maioria pela condenação.
“Ressalto haver diferença entre esse caso e doações eleitorais regulares, pois o que se vislumbra, nas delações e nos elementos de prova de corroboração, seria a mercancia da influência política do então senador em sistema espúrio de pagamento de propina, o que não se confunde com a atuação de atores políticos lícitos no Estado Democrático de Direito, que se dão nos limites das regras gerais vigentes”, afirmou a ministra.
O ministro Gilmar Mendes acompanhou o voto do ministro Ricardo Lewandowski, favorável à absolvição dos réus.
“A acusação não conseguiu comprovar minimamente esse alegado ajuste concreto entre Valdir Raupp e os colaboradores”, argumentou. “A comprovada ausência de participação de Valdir Raupp no fornecimento de apoio desconstrói a tese sustentada pela acusação, uma vez que não há qualquer relação entre a doação eleitoral de R$ 500 mil e o concreto exercício das funções públicas do parlamentar”, disse o ministro.
O caso
A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República no âmbito da Operação Lava Jato e foi aceita pela Segunda Turma em 2017. Com isso, os acusados se tornaram réus em ação penal. Foram denunciados pelos mesmos crimes um cunhado do então senador e uma ex-funcionária.
Na ocasião, Raupp argumentou que a doação de campanha era legal.
"Continuo a acreditar que contribuição oficial de campanha devidamente declarada, não pode ser considerada como indício e/ou prova de ilicitude. Esclareço também que as contribuições da campanha de 2010, que são objeto da causa, foram feitas diretamente ao Diretório Regional do PMDB do Estado de Rondônia, tendo sido as contas aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO)", afirmou na ocasião.
Segundo a PGR, Raupp pediu ajuda ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para obter doações eleitorais.
Após ter sido acionado com essa finalidade, Costa teria pedido auxílio ao lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, relatam os investigadores.
O doleiro Alberto Yousseff, por sua vez, teria acertado com uma assessora de Raupp que a doação seria feita pela construtora Queiroz Galvão, empreiteira que mantinha contratos com a Petrobras.
A denúncia da Procuradoria apresenta registros de um encontro entre Raupp e o lobista Fernando Baiano, além de telefonemas entre Maria Cleia com o doleiro Alberto Youssef.
Bastante criticado por ter escolhido o desembargador Kassio Nunes Marques para a vaga do ministro Celso de Mello, presidente garante que próxima indicação, em 2021, será de um evangélico
Por Ingrid Soares e Augusto Fernandes
O presidente Jair Bolsonaro disse, na noite desta segunda-feira (5/10), que a sua próxima indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF), em julho de 2021, será de um ministro que seja “pastor e terrivelmente evangélico”.
“A segunda vaga, com toda certeza, mais que um terrivelmente evangélico, se Deus quiser, nós teremos lá dentro (do STF) um pastor. Imaginemos as sessões daquele Supremo Tribunal Federal começarem com uma oração. Tenho certeza de uma coisa: isso não é mérito meu, é a mão de Deus”, afirmou Bolsonaro.
A declaração do chefe do Executivo aconteceu em um culto em São Paulo em homenagem ao aniversário do pastor Wellington Bezerra da Costa, presidente das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus do Brasil. Mais uma vez, Bolsonaro lamentou as críticas que tem sofrido por ter escolhido o desembargador Kassio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), para substituir o ministro Celso de Mello, que vai se aposentar na próxima terça-feira (13/10).
“Eu me lembro, um ano antes das eleições, estava em Santa Catarina no encontro de gideões e, do nada, veio (sic) à minha boca algumas palavras, que eu assumi um compromisso com vocês, nossos irmãos: vamos ter no STF um ministro terrivelmente evangélico. Agora mais ainda, alguns, um pouco precipitados, achavam que devia ser a primeira vaga que eu acabei de indicar”, comentou o presidente.
“Participação legal mais efetiva”
Bolsonaro ainda criticou a decisão do Supremo por ter dado a governadores e prefeitos a escolha sobre restrições e isolamento social em meio à pandemia. Ele afirmou que gostaria de ter tido uma “participação legal mais efetiva”. “Eu colaborei para com a união desse país, eu entendi os momentos difíceis que todos passaram, como nós passamos há pouco, estamos terminando. Apenas lamento não ter tido uma participação legal mais efetiva, mas quis Deus, em todos os momentos em que me manifestei, que pese a forma como trataram o chefe de Estado, hoje sabemos que estávamos certos, estava certo porque antes de tudo eu tinha Deus no coração para buscar as soluções”, apontou.
Na ala evangélica, o pastor Silas Malafaia, um de seus principais apoiadores, vem tecendo críticas ao presidente e à indicação pelas redes sociais. O pastor tem apontado que é “uma vergonha e decepção geral” a primeira indicação do presidente Bolsonaro para ministro do STF. Malafaia diz ainda que o indicado foi nomeado por Dilma, é amigo da "petralhada", com posições socialistas.
Coragem
Durante a fala na cerimônia, o mandatário destacou também que é necessário “coragem” para enfrentar os desafios e tomar decisões. Segundo ele, um presidente não deve temer eventuais desgastes. “Devemos ter coragem de enfrentar os desafios. A nós, chefes de Executivo, não podemos temer os desgastes porque como aprendi na carreira militar, pior do que uma decisão mal tomada é uma indecisão. Não fiquei indeciso em momento algum, senti-me sempre fortalecido porque estava com a consciência tranquila do papel que tinha pela frente e sempre dobrei meu joelho antes de tomar medida importantes para todos nós. Se Deus me colocou aqui pelas mãos de vocês, tenho certeza que essa missão será muito bem cumprida, porque antes de vocês me colocarem aqui ele havia me colocado em primeiro lugar”, concluiu.
“Seleção Brasileira”
Mais cedo, nesta segunda, Bolsonaro já havia defendido a indicação de Kassio Nunes. "Indicação para o Supremo, para muita gente, ficou igual escalar Seleção Brasileira: todo mundo tem seu nome, e aquele que não entrou o nome dele, ele reclama e começa a acusar o cara de tudo. Esse mesmo pessoal, no passado, queria que eu botasse o Moro (Sergio Moro, ex-ministro da Justiça)", frisou Bolsonaro, ao falar com apoiadores no Palácio da Alvorada.
Depois, o mandatário enumerou as qualidades do escolhido: "Ele (Kassio) é católico, tem uma vivência na ala militar. É mentira aquela questão que ele votou para o Battisti ficar aqui. Quem decidiu foi o Supremo, não foi ele", emendou, numa referência ao voto de Marques contra a deportação de Cesare Battisti, em 2015.
“Os erros passam, a verdade fica”.
DENIS DIDEROT
Por Edson Rodrigues
Uma pesquisa encomendada pela TV Record, realizada pela empresa Real Time Big Data nos dias 29 e 30 de setembro, com 800 entrevistados, e divulgada nesta segunda-feira (5) trouxe, assim como o levantamento do IBOPE, divulgado na última sexta-feira (2), a prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro, candidata à reeleição, à frente do demais postulantes ao cargo.
As duas pesquisas apresentam percentuais bem parecidos, e apontam a liderança da atual prefeita nas duas formas de apuração – espontânea e estimulada e um posicionamento pífio do candidato Thiago Amastha Andrino, apoiado por lideranças políticas tradicionais – Carlos Amastha, ex-prefeito de Palmas; Kátia Abreu, senadora; Irajá Abreu, senador e Vicentinho Jr., deputado Federal, que apostaram todas as suas fichas em uma candidatura antagônica e completamente oposicionista contra a atual gestora da Capital, numa tentativa de “marcar território”.
DUAS REALIDADES
Os principais analistas políticos associam a liderança de Cinthia Ribeiro aos resultados positivos que ela vem conseguindo em sua administração, realizada com planejamento, com o apoio de uma equipe de auxiliares capazes e eficientes, e com um equilíbrio financeiro que proporcionou a realização e o início de diversas obras espalhadas pela cidade.
O apoio do senador Eduardo Gomes à reeleição de Cinthia é citado, também, como fator preponderante para o bom momento pelo qual a gestora passa, pois a parceria entre os dois gerou uma oxigenação financeira aos cofres da Capital, que proporcionou que as ordens de serviço pudessem ser assinadas sem a preocupação de falta de recursos. Gomes também acelerou a chegada de recursos, equipamentos e insumos hospitalares para o enfrentamento à pandemia de Covid-19, que possibilitaram à Capital dar atenção especial à questão.
Os analistas afirmam que o viés dos percentuais de intenção de voto em Cinthia Ribeiro é de alta, podendo se aproximar da casa dos 40% por conta da pulverização dos votos da oposição, principalmente após o dia nove de outubro, quando terá início o Horário Gratuito de Rádio e TV.
Enquanto isso, a candidatura de Thiago Amastha Andrino ganha um tom dramático de responsabilidade por conta das “fichas” que foram empenhadas em seu sucesso. Caso não decole e mantenha os patamares baixos de intenção de voto, sua derrota significará a derrota de todos os que o apoiam, e os obrigará a mudar de rota em pleno voo, uma vez que as pretensões políticas de Amastha, Kátia e Irajá Abreu e de Vicentinho Jr. estão voltadas para as eleições majoritárias de 2022, envolvendo as disputas do governo do Estado, do Senado e da Câmara Federal.
Segundo os analistas, caso essa “união oposicionista” não consiga um bom percentual de votos na Capital, suas miras deverão ser redirecionadas à Assembleia Legislativa, com chances de, no máximo, dois deles conseguirem ser eleitos.
Confira os resultados da pesquisa TV Record/Real Time Big Data
PESQUISA ESPONTÂNEA
Cinthia Ribeiro - 17%
Professor Júnior Geo - 8%
Marcelo Lelis - 3%
Vanda Monteiro - 3%
Eli Borges - 3%
Barison - 1%
Tiago Amastha Andrino - 1%
Outros - 2%
Branco/Nulo - 19%
NS/NR - 43%
PESQUISA ESTIMULADA
Cinthia Ribeiro - 30%
Professor Júnior Geo - 13%
Eli Borges - 9%
Vanda Monteiro - 8%
Marcelo Lelis - 6%
Tiago Amastha Andrino - 6%
Barison - 4%
Alan Barbiero - 2%
Max Dornelis - 1%
Vilela do PT - 1%
Dr. Joaquim Rocha - 1%
Professor Bazzoli - 0%
Branco/Nulo - 10%
NS/NR - 9%
Margem de erro de 4 pontos. Nível de confiança: 95%
Com aposentadoria prevista para o dia 13, relator Celso de Mello terá a oportunidade de participar do julgamento do tema antes de deixar a Corte
Paulo Roberto Netto e Breno Pires
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, pautou para a próxima quinta, 8, o julgamento de recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre o depoimento por escrito do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura suposta interferência política na Polícia Federal. Mais cedo, o ministro Celso de Mello, relator da investigação, liberou o caso para ser pautado para julgamento.
A decisão atende pedido apresentado pelo decano, que liberou o recurso após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro se manifestar sobre o recurso da AGU. O ex-juiz da Lava Jato pediu à Corte que mantenha a ordem para Bolsonaro ser ouvido presencialmente pela PF, como ele foi em maio na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba. Segundo Moro, isso garantiria uma "equidade de posições" - ambos são investigados no inquérito.
Em agosto, Celso determinou a Bolsonaro que comparecesse presencialmente para depor na PF, se baseando no entendimento de que o presidente é investigado e não tem a prerrogativa de uma oitiva por escrito, reservada somente para testemunhas. A decisão foi amparada em diferentes precedentes da Corte. A AGU recorreu, alegando que Bolsonaro poderia depor por escrito, como fez o ex-presidente Michel Temer (MDB) em 2017.
O recurso inicialmente foi levado ao plenário virtual do Supremo, plataforma na qual os ministros depositam seus votos, por decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que assumiu a relatoria do inquérito durante a licença médica do decano. O ministro chegou publicar voto a favor do depoimento por escrito de Bolsonaro antes mesmo do julgamento começar, ação que foi vista como "atropelo" pelos integrantes da Corte.
A decisão de Marco Aurélio, porém, foi revista na semana passada após Celso retornar da licença médica. O decano alegou que o ministro - "com máxima e respeitosa vênia" - não poderia ter pautado o julgamento enquanto ele estava ausente por não ser uma "situação configuradora de urgência". Celso retirou o caso da plataforma virtual para pautá-la no plenário físico, onde o julgamento seria transmitido pela TV Justiça.
VISITA ILUSTRE
Neste domingo, dia quatro de outubro, tivemos a honra de receber em nossa residência a visita do ilustre presidente estadual do MDB, ex-governador do Tocantins, Marcelo Miranda, na companhia do não menos ilustre Arlindo da Rebram, presidente municipal da legenda em Porto Nacional.
Marcelo falou da importância do partido estar unido ao senador Eduardo Gomes que, em sua opinião, é o grande nome da política tocantinense no momento, explicando que essa configuração cria condições de o MDB ter o melhor resultado possível nas urnas, no próximo dia 15 de novembro, elegendo o maior número de prefeitos e vereadores da história do partido no Tocantins.
Segundo o ex-governador, o MDB apoia totalmente a candidatura à reeleição de Cinthia Ribeiro à prefeitura de Palmas, afirmando em tom de admiração que a gestora transformou Palmas no maior canteiro de obras da Região Norte do Brasil e que, só por isso, já merece ser eleita.
A visita muito nos agradou e deixou claro que Marcelo Miranda vem com outra postura e uma nova filosofia política, junto com o MDB tocantinense.
MULHERES DE ABREULÂNDIA UNIDAS PARA ELEGER WALDER GOMES
As mulheres de Abreulândia, jovens, donas de casa e estudantes, sob a liderança da futura primeira-dama, Dona Yara Pereira, estão trabalhando unidas para reforçar a candidatura a prefeito de Walder Gomes, o popular Dedé.
O grupo de jovens e mães querem participar da grande transformação do município, que passa por uma administração caótica e “paralítica”, no sentido de ações na Saúde e nas estradas vicinais, tão importantes para os produtores rurais. Uma administração considerada a pior da história do município, desde a sua emancipação política.
Por esses e outros motivos, as mulheres querem engrossar as fileiras de eleitores que desejam a volta de Dedé, que já foi prefeito da cidade por dois mandatos, e realizou administrações progressistas e ativas na ação social, comandada por Dona Yara, querida e admirada por todos os moradores da cidade.
PRINCIPAIS COLÉGIOS ELEITORAIS SERÃO PARÂMETRO PARA 2022
Com a primeira eleição municipal sem coligações proporcionais, com uma pandemia que prejudica a realização de comícios e grandes reuniões, e os índices rasteiros de popularidade dos políticos junto ao eleitorado, muitos prefeitos, candidatos à reeleição, foram “ressuscitados” pelos recursos do governo federal para o combate à Covid-19.
Com raríssimas exceções, todos os candidatos estão de olho no Fundo Eleitoral, mas estão esquecendo que tudo será rastreado e a distribuição minuciosamente criteriosa, a ponto de muitos que esperam “milhões”, receberem “centavos”.
Ou seja, muita gente vai mudar a rota em pleno voo, para adaptar suas pretensões políticas às capacidades de seus bolsos.
PANDEMIA, “PRIORIDADE TOTAL"
Recuperar maquinário, viaturas, estradas vicinais, reforma de colégios, pagar fornecedores e prestadores de serviço e cumprir obrigações sociais serão assuntos secundários desde março deste ano e, pelo menos no início das administrações municipais que começam em primeiro de janeiro de 2021 continuarão com o mesmo “status”.
Não se trata de má gestão, mas de priorizar as vidas dos cidadãos. Diante disso, os prefeitos que assumirem a próxima gestão, vão encontrar pátios repletos de máquinas e viaturas sucateadas, com sua vida financeira caótica, certidões negativas junto aos governos estadual e federal, servidores sem 13º, prestadores de serviço com notas a receber e, o pior, a administração sem acesso aos talões de cheque da prefeitura e certidões negativas que impedirão o município de receber recursos de emendas impositivas de parlamentares federais e estaduais e de firmar convênios com a União.
Aqueles que, porventura, tiverem o apoio do senador Eduardo Gomes, líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, e da deputada federal Dorinha Seabra, os dois políticos tocantinenses com maior trânsito entre ministros, gabinetes e órgãos federais, poderão, sim, ter o privilégio de poder tocar suas administrações com menos “desespero” e com maiores possibilidades de acesso a recursos federais.
PESQUISA IBOPE
A pesquisa do IBOPE, encomendada pela TV Anhanguera e divulgada na última sexta-feira (2), que aponta a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro na primeira colocação nas intenções de voto sejam espontâneos, sejam estimulados, como deputado estadual portuense Jr. Geo em segundo lugar, é apenas o pontapé inicial de um jogo que dura 45 dias.
É bom todos os candidatos a prefeito da Capital botarem suas barbas de molho, pois a pesquisa mostra apenas o início do jogo, e muitas jogadas, ensaiadas ou não, ainda podem acontecer até que o juiz apite o fim da partida.
Os resultados dessa pesquisa não levam em conta os debates que irão acontecer, a reação dos eleitores ao Horário Eleitoral Gratuito de Rádio e TV e as centenas de reuniões políticas que estão por acontecer até o fim da campanha. Logo, ainda é muito cedo para alguém “cantar de galo” ou se achar derrotado.
Ninguém pode subestimar nenhum dos candidatos e ainda não há dados suficientes para dizer quem vai polarizar, na reta final, com a líder das pesquisas, Cinthia Ribeiro.
FUNDO ELEITORAL PARTIDÁRIO: SUPRESAS E DECEPÇÕES
Muitos candidatos a prefeito e a vereador, como dissemos, sonhavam com um gordo Fundo eleitoral Partidário para tocar suas campanhas, e planejaram as ações contando com essas cifras. Mas, muitos deram de cara com a dura realidade, mesmo os que têm alguém a apoiá-los no Congresso Nacional.
Quem esperava três milhões de reais, vai receber em torno de um milhão e duzentos mil. Tinha gente aguardando cinco milhões, e a cúpula nacional de sua legenda já avisou que vai mandar 700 mil, ou seja, será pouco milho para muita galinha.
É bom que se esclareça que esses recursos são para todos os candidatos a prefeito e a vereador. Em muitos municípios, serão diversas desistências de candidaturas por causa do baixo valor à disposição, e estamos falando de candidatos a vereador e a prefeito.
Essa é apenas a primeira radiografia “oficial” das eleições municipais de 2020, quando o futuro político de muitos estará sendo avaliado e colocado a prova, dependendo, única e exclusivamente, do resultado das urnas. Principalmente dos que pretendiam postular um cargo de deputado estadual ou federal em 2022, que estavam se utilizando desta eleição municipal para avaliar suas forças, pois as eleições majoritárias também não terão coligações proporcionais.
Ou seja, será cada um por si.
EDUARDO É MARCELO UNEM MDB PALMENSE E REFORÇAM APOIO À CINTHIA
O senador Eduardo Gomes e o presidente estadual do MDB, Marcelo Miranda estão “falando a mesma língua” em torno do apoio do MDB à candidatura à reeleição da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro.
Com a união dos dois, o partido pode sair com o maior número de prefeitos eleitos em 15 de novembro, consumando a estratégia de se reforçar nas bases para voltar ao comando do Palácio Araguaia, com o nome de Eduardo Gomes sendo aclamado como candidato a governador em 2022, com o apoio de várias legendas.
OTONIEL INAUGURA COMITÊ POLITICO EM LUZIMANGUES
O candidato a prefeito de Porto nacional, Otoniel Andrade (PTB), inaugurou seu comitê político no distrito de Luzimangues, com a presença do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Toinho Andrade e do deputado estadual Cleiton Ribeiro.
Empresários, comerciantes e a população em geral prestigiaram o evento, respeitando as normas de distanciamento social indicadas pela OMS e fiscalizada pelo Staff do candidato.
O candidato a vice-prefeito de Otoniel é o Dr. Hugo Guimarães, que é médico em Luzimangues há mais de 12 anos, afirmando que Dr. Hugo será mais que um simples vice-prefeito, mas o principal elo da região com a administração municipal.
“SEPULTAMENTO COLETIVO" COM DERROTA DE THIAGO AMASTHAS ANDRINO
A candidatura a prefeito Thiago Amastha Andrino, apoiado pelos presidentes das Comissões Provisórias do PP, de Kátia Abreu, do PL, de Vicentinho Jr., do PSD, de Irajá Abreu e o PSB de Carlos Amastha, que inclusive, é o coordenador da campanha de Andrino, aparece com 7% e 4% nas pesquisas estimulada e espontânea, respectivamente, atrás Marcelo Lelis, Vanda Monteiro e Eli Borges, pode colocar em cheque muitas pretensões políticas.
Unidos para derrotar a prefeita Cinthia Ribeiro, os líderes que arquitetaram a candidatura de Andrino, esses líderes políticos podem estar cavando suas próprias sepulturas para 2022, uma vez que, com os nomes totalmente atrelados à candidatura, a permanecerem os números dessa primeira pesquisa terão que “baixar a bola” e rever suas pretensões políticas, diminuindo muito seus cacifes para 2022 ou caminhando para um “sepultamento coletivo” de suas carreiras públicas.
JUSTIÇA ELEITORAL DEFERE CANDIDATURA DE FARLEY PARA PREFEITO
A Justiça Eleitoral deferiu positivamente o registro da candidatura do delegado aposentado da Polícia Federal, Farley Meyer.
Farley anunciou há tempos sua intenção de se candidatar e já apresentou, inclusive, um plano de governo para o município.
Defensor do presidente Jair Bolsonaro, por ser um candidato de direita e filiado ao Patriota, sua candidatura na Capital da Amizade vem sendo muito bem avaliada pelo eleitorado, que espera de Farley capacidade de argumentação e qualidade de ideias nos debates e no horário eleitoral gratuito de Rádio e TV, o que o transforma em uma boa opção para os eleitores de Gurupi.
DE CADA TRÊS CANDIDATOS, UM NÃO TEM COLIGAÇÃO
O fim das coligações para o Legislativo nestas eleições municipais teve como consequência o maior isolamento dos partidos. Levantamento feito pelo jornal O Globo nos 5.570 municípios brasileiros, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aponta que um em cada três candidatos não formou coligação para disputar o cargo de prefeito em novembro. Em quatro anos, as candidaturas solitárias saltaram de 16% para 35% do total.
O maior isolamento foi registrado por quase todas as siglas, mas atingiu em cheio as agremiações que polarizaram a última disputa presidencial: PT e PSL. Em mais da metade das cidades onde lançaram candidatos, essas legendas estão sozinhas.
O percentual está acima do registrado por legendas como PSD, DEM e MDB, cuja taxa de isolamento gira em torno de 20%. É também quase o dobro de 2016, quando os petistas tiveram o pior resultado em uma eleição municipal em duas décadas.