Governo dos EUA disse que notificaria pessoas afetadas pela medida; gestão de Trump não divulgou lista
Por Pedro Teixeira e Jussara Soares
Além da suspensão do visto do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o governo dos Estados Unidos também teria revogado o documento de outros sete ministros da Suprema Corte e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, segundo relataram fontes do Palácio do Planalto à CNN.
O próprio governo dos Estados Unidos afirmou que notificaria, por e-mail, as pessoas que teriam sido afetadas pela suspensão de visto.
Até a publicação desta reportagem, o governo do presidente Donald Trump não havia divulgado uma lista oficial de quem teria sido afetado pela decisão da gestão norte-americana. O Brasil também não recebeu nenhuma informação oficial sobre o assunto.
Apesar disso, segundo fontes do governo federal, os afetados pelas sanções dos EUA seriam:
Luís Roberto Barroso, presidente do STF;
Edson Fachin, vice-presidente do STF;
Dias Toffoli, ministro do STF;
Cristiano Zanin, ministro do STF;
Flávio Dino; ministro do STF;
Cármen Lúcia, ministra do STF;
Gilmar Mendes, ministro do STF; e
Paulo Gonet, procurador-geral da República.
De acordo com essas mesmas fontes, os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux não teriam sido alvo da medida.
O jornalista Paulo Figueiredo, aliado da família Bolsonaro e que tem atuado junto do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) à Casa Branca, já havia confirmado os nomes à CNN na noite de sexta (18).
À CNN, ele ainda disse que "ninguém sabe o que pode acontecer" e que o presidente Donald Trump "já mostrou que está disposto a ir até às últimas consequências", citando como exemplo a aplicação da Lei Magnitsky.
Entenda
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou, na sexta-feira (18), a revogação dos vistos de Moraes, "de seus aliados e de seus familiares imediatos".
Na publicação, feita no X (antigo Twitter), Rubio cita o presidente Donald Trump dizendo que ele deixou claro que o governo "vai responsabilizar estrangeiros responsáveis pela censura à expressão protegida nos Estados Unidos".
"A perseguição política do ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil Alexandre de Moraes contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão amplo que não só viola direitos básicos dos brasileiros, como também ultrapassa as fronteiras do Brasil para atingir americanos", prosseguiu o secretário.
Após o anúncio dos EUA, a ministra de Relações Institucionais do Brasil, Gleisi Hoffmann, foi às redes dizer que todos os ministros do STF, com exceção de Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux, teriam sido alvo da revogação dos vistos para entrar no país norte-americano.
Mais cedo, neste sábado (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou o anúncio como “medida arbitrária e completamente sem fundamento”. Em nota divulgada pelo Planalto e nas redes sociais do petista, ele não citou quem teria sido alvo da sanção dos EUA.
Segundo o presidente, a interferência de um país no sistema de Justiça de outro é "inaceitável" e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações.
Integrantes da cúpula da PGR preveem que julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF será concluído até outubro de 2025
Por Felicciano/Metrópoles
Membros da cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) preveem que o julgamento final de Jair Bolsonaro no inquérito do golpe deve ser concluído até meados de setembro.
Essa previsão leva em conta um julgamento sem pedido de vistas de nenhum dos cinco ministros que compõe a Primeira Turma do Supremo, onde o caso vem sendo analisado.
Caso haja algum pedido de vistas durante a fase final do julgamento, a previsão de integrantes da PGR é de que a análise do caso só será retomada entre o meio e o fim de outubro.
Nesse cenário, a possível prisão de Bolsonaro, caso o ex-presidente seja mesmo condenado no inquérito do golpe, ocorreria entre o final de outubro e o início de novembro de 2025.
Desde a sexta-feira (18/7), vale lembrar, o ministro do STF Alexandre de Moraes impôs a Bolsonaro uma série de medidas restritivas. Entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica.
Caso descumpra alguma dessas medidas, o ex-presidente poderá ter sua prisão preventiva decretada antes mesmo de ser condenado pela Primeira Turma do Supremo.
Mudanças foram publicadas no Diário Oficial desta sexta-feira, 18, e reforçam a retomada da gestão à frente da Prefeitura de Palmas
Por Jéssica Sá
O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, volta a exercer a função de chefe do executivo municipal a partir desta quinta-feira, 17. Na manhã desta sexta-feira, 18, ele iniciou o processo de reorganização da equipe de governo, com as primeiras nomeações publicadas no Diário Oficial do Município (DOM).
Além de retomar o comando da administração, o prefeito também restabeleceu os secretários que haviam sido exonerados durante sua ausência, enquanto o cargo foi ocupado interinamente pelo vice-prefeito Pastor Carlos Velozo. As mudanças reforçam a continuidade da gestão e a retomada das ações planejadas para a Capital. A reestruturação abrange secretarias estratégicas e marca o retorno de servidores de confiança do prefeito à condução das pastas.
Retornos confirmados na equipe de governo
Entre as nomeações já confirmadas, retornam aos respectivos cargos:
Carlos Júnior como secretário-Chefe do Gabinete
Renato Oliveira na Procuradoria Geral do Município
Vicente Alves de Oliveira secretário Municipal Extraordinário de Representação em Brasília
Élcio Mendes na Secretaria Municipal de Comunicação
Sérgio Vieira Marques (Soró) na Secretaria de Governo
André Fagundes Cheguhem na Secretaria de Planejamento, Orçamento e Licitações
Marlen Ribeiro Rodrigues na Secretaria de Habitação
André Luís Nunes Cavalari na Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas
Paulo Cezar Monteiro da Silva na Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas
Mudança
Além da recondução aos cargos, o prefeito realizou outras mudanças na equipe. Na Secretaria Municipal de Educação, sai Débora Guedes, o prefeito ainda não anunciou o nome do novo ocupante do cargo. Na Fundação Municipal da Juventude de Palmas, o secretário executivo Rivaldo Azevedo da Silva passa a responder pela pasta, substituindo Juniel Carvalho.
Ranking do Saneamento 2025, divulgado pelo Instituto Trata Brasil, destaca Palmas como a capital com o melhor desempenho em saneamento básico da Região Norte do Brasil
Da ATR/Governo do Tocantins
O Ranking do Saneamento 2025, divulgado pelo Instituto Trata Brasil com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Sinisa 2023), consolida o Tocantins como referência em políticas públicas de infraestrutura e saúde e coloca Palmas como a capital com melhor desempenho em saneamento básico da Região Norte do país.
Com alta cobertura de abastecimento de água, investimentos consistentes e índices sólidos em esgotamento sanitário, Palmas se consolida como referência regional no setor. A cidade ocupa a 32ª posição no ranking geral, sendo a melhor colocada entre as capitais do Norte e uma das mais bem avaliadas do Nordeste.
A Agência Tocantinense de Regulação (ATR) atua diretamente no controle da qualidade dos serviços de saneamento no Estado, por meio da fiscalização contínua da prestação, regulação dos contratos e garantia do cumprimento dos padrões estabelecidos. O trabalho da ATR tem como foco principal a melhoria dos indicadores e a segurança de que os serviços sejam prestados de forma adequada à população tocantinense.
Indicadores de Palmas:
Cobertura de abastecimento de água: 97,92%; Cobertura de esgotamento sanitário: 78,31%; Tratamento do esgoto coletado: 66,79%; Investimento total de 2019 a 2023: R$ 275,61 milhões; Investimento médio per capita: R$ 182,11 por habitante; Prestador de serviço: Saneatins.
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, destacou a importância do resultado. “Investir em saneamento é investir em saúde, dignidade e no futuro das nossas cidades. O desempenho de Palmas mostra que estamos no caminho certo, priorizando políticas públicas que impactam diretamente a vida das pessoas. Nosso compromisso é seguir avançando, levando infraestrutura de qualidade para todos os tocantinenses.”
Segundo o presidente da Agência Tocantinense de Regulação (ATR), Matheus Martins, “os dados refletem o compromisso da gestão pública e dos prestadores com a melhoria da qualidade de vida da população, por meio do acesso à água tratada, coleta e tratamento de esgoto, além de investimentos estruturais contínuos.”
Tocantins segue liderando na Região Norte e Nordeste em relação às Capitais
Entre as capitais do Norte e Nordeste, o Tocantins possui a Capital que está entre as mais bem colocadas no ranking, à frente de grandes centros como Belém/PA, Manaus/AM, Salvador/BA e Fortaleza/CE. Os números evidenciam o trabalho realizado para garantir infraestrutura, saúde pública e desenvolvimento sustentável.
O desempenho da capital tocantinense em saneamento é um diferencial estratégico que fortalece sua posição como cidade modelo no Norte/Nordeste do Brasil. A manutenção dos investimentos e o foco em eficiência operacional são caminhos importantes para continuar avançando nessa agenda essencial para o bem-estar da população.
Executivo busca aumentar arrecadação para tentar cumprir meta fiscal há quase três anos com ações que vão desde taxação das “blusinhas” até aumento do IOF
Por Fabrício Julião
Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir de janeiro de 2023, o Executivo busca equilibrar as contas públicas e tenta cumprir a meta fiscal majoritariamente por meio uma ponta: o aumento da receita.
De lá para cá, os esforços foram concentrados em reverter decisões de incentivos fiscais, aumentar a incidência de impostos já existentes e criar novas taxações – que vão desde a “taxa das blusinhas” até a cobrança das bets.
Segundo levantamento feito pela CNN, o governo Lula adotou ao menos 25 medidas para aumentar a arrecadação nesse período de quase três anos, que chega a um momento de tensão entre os Três Poderes devido à recente investida com a alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Veja a lista abaixo:
Além das medidas acima, o governo adotou recentemente duas ações para aliviar as contas públicas e aumentar a arrecadação para chegar à meta de déficit zero: o decreto que aumenta o IOF e a MP com outras compensações, em meio ao imbróglio criado diante da primeira alternativa.