Taxa de desocupação recuou a 5,6% até julho de 2025, segundo o IBGE; número de pessoas ocupadas chegou a 102,4 milhões no país
Por Marcello Casal
O Brasil registrou melhora significativa no mercado de trabalho no trimestre de maio a julho de 2025. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação caiu para 5,6%, marcando mais uma vez o menor nível da série histórica.
O resultado representa queda de 0,9 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (fevereiro a abril), quando estava em 6,6%, e de 1,1 ponto frente ao mesmo período de 2024, quando era de 6,8%.
Com esse resultado, o indicador atingiu o menor patamar desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, em 2012. A divulgação dos dados de julho, inicialmente prevista para o final de agosto, foi postergada após o IBGE ter detectado a necessidade de correções técnicas.
O número de pessoas desocupadas foi estimado em 6,1 milhões, o que representa uma redução de mais de 1 milhão em comparação ao trimestre anterior e de 1,1 milhão frente ao ano passado.
Número de ocupados atinge 102,4 milhões
Já o contingente de pessoas ocupadas (que exercem alguma atividade formal ou informal) alcançou um novo recorde de 102,4 milhões, crescimento de 1,2% (1,1 milhão de pessoas a mais) em relação ao trimestre anterior e de 2,4% (2,3 milhões a mais) na comparação anual.
O nível de ocupação, que mede a proporção de pessoas trabalhando em relação à população em idade de trabalhar, chegou a 58,8%. Esse percentual foi 0,6 ponto maior do que o do trimestre anterior e 0,9 ponto superior ao de 2024.
O desalento também registrou queda. O número de pessoas que desistiram de procurar emprego por falta de perspectiva chegou a 2,7 milhões, recuo de 11% em relação ao trimestre anterior e de 15% frente ao mesmo período do ano passado.
Categorias de trabalho
No recorte por categorias, os trabalhadores por conta própria chegaram a 25,9 milhões, com alta de 1,9% em relação ao trimestre anterior e de 4,2% frente a 2024. Já os empregados no setor privado com carteira assinada totalizaram 39,1 milhões, estáveis no curto prazo, mas 3,5% acima do registrado um ano antes. O setor público também avançou, somando 12,9 milhões de pessoas, aumento de 3,4% em três meses.
Quanto aos rendimentos, o trabalhador brasileiro também teve ganhos. O rendimento médio real habitual foi estimado em R$ 3.484, alta de 1,3% frente ao trimestre anterior e de 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A massa de rendimentos chegou a R$ 352,3 bilhões, 6,4% maior do que a registrada em 2024.
Entre os setores que impulsionaram a geração de empregos, destacam-se agricultura, informação e comunicação, além da administração pública, educação e saúde. Na comparação anual, também houve crescimento na indústria, comércio e transporte.
Por Edson Rodrigues
Nos bastidores da política tocantinense em Brasília, já é tratado como fato que o ex-prefeito de Porto Nacional, Paulo Mourão (PT), deve disputar o Senado em 2026 ao lado do governador interino Laurez Moreira (PSD).
O movimento tem o selo do Palácio do Planalto. Na última visita ao Tocantins, em 27 de julho, durante agenda em Araguatins, o presidente Lula foi categórico ao destacar Mourão como representante do PT no estado. Lula praticamente carimbou o espaço para Mourão, em discurso que também envolveu a ex-senadora Kátia Abreu e o senador Irajá Silvestre, nomes que orbitam a construção da futura chapa.
A engenharia política
O cálculo é claro, uma vez que para sobreviver ao xadrez eleitoral de 2026, Laurez precisa se alinhar com o governo federal. Kátia já se movimenta nesse sentido, e uma articulação de alto nível, apadrinhada pelo ex-ministro José Dirceu, dá corpo ao projeto de lançar Mourão ao Senado. Além de Dirceu, Mourão conta com apoio do novo diretório estadual do PT, na figura do presidente Nile Willian e do ex-deputado federal Célio Moura, além do escritor Pedro Tierra, amigo pessoal de Lula e com trânsito direto no Planalto.
Laurez em campo
Enquanto isso, Laurez aproveita o curto tempo de interinidade para montar equipe, receber lideranças políticas e empresariais e mapear a real situação financeira do Estado. O governador interino sabe que precisa mostrar serviço rápido e dar respostas administrativas de um lado e de outro, consolidar apoios para a grande batalha de 2026.
A chapa que se desenha Laurez governador, Mourão senador, com Kátia e Irajá na engrenagem pode ser o fiel da balança entre o poder local e o peso de Brasília. Mas o jogo está só começando. E no Tocantins, cada gesto, cada palavra e cada visita carregam sinais que não podem ser ignorados.
O governador interino, Laurez Moreira, confirmou nesta segunda-feira a permanência de Beto Lima à frente da Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (Sics). A decisão, publicada no Diário Oficial, é mais um ato que demonstra a determinação do gestor em garantir o melhor para o Tocantins e assegurar a continuidade de um trabalho reconhecido por sua eficiência
Por Edson Rodrigues
Homem íntegro, ético, reto e preparado, Beto Lima se destaca não apenas pelos resultados alcançados, mas também pela seriedade e competência com que conduz a pasta. Ao longo dos últimos anos, sob sua liderança, a Sics consolidou um ambiente favorável para investidores e fortaleceu políticas de incentivo à diversificação produtiva. Entre 2021 e 2025, o Tocantins captou mais de R$ 10 bilhões em investimentos privados, número muito superior ao registrado em gestões anteriores. Esse desempenho se refletiu na geração de empregos, com mais de 46 mil novos postos formais criados desde o início da atual gestão.
Os avanços econômicos confirmam a importância da permanência de Beto Lima. Nos últimos 20 anos, o Tocantins cresceu a uma média anual de 4,8%, mais que o dobro da média nacional (2,1%). Apenas em 2024, o PIB estadual avançou 7,1%, com destaque para os setores de serviços, agropecuária e indústria.
Um dos pilares de sua atuação é o fortalecimento da indústria. A participação do setor no PIB estadual subiu de 10,3% para 13% em pouco mais de três anos, com a meta de alcançar 20% até 2030. “Esse é um movimento que significa mais empregos qualificados, aumento do tíquete médio e melhoria do padrão de vida da população”, afirmou Beto Lima em entrevista recente.
Secretário de estado da Indústria, Comércio e Serviços (PICS), Beto Lima
Outro marco de sua gestão é o Programa de Impulsionamento da Indústria, Comércio e Serviços (PICS), que organiza o desenvolvimento produtivo em oito eixos estratégicos, incluindo segurança jurídica, inovação, infraestrutura e qualificação profissional. Além disso, Lima coordena a elaboração do Plano Tocantins 2045, a ser lançado em outubro, que servirá como guia estratégico de longo prazo para garantir desenvolvimento sustentável e competitivo ao estado.
A confirmação de Beto Lima à frente da Sics traz confiança e estabilidade tanto para investidores já instalados no Tocantins quanto para novos empreendedores que enxergam na secretaria uma porta aberta para o futuro. Com uma equipe técnica gabaritada e preparada, Beto Lima segue conduzindo uma gestão que une planejamento, receptividade e visão estratégica.
Ao mantê-lo no cargo, Laurez Moreira sinaliza que a política de atração de investimentos e fortalecimento da economia seguirá firme. Mais que números, a escolha reafirma a continuidade de um projeto de desenvolvimento que busca transformar o crescimento econômico em qualidade de vida para os tocantinenses.
No Tocantins do momento interino, em que cada decisão pública repercute com vozes amplificadas, surge uma escolha que pode fazer toda a diferença: Ronaldo Dimas deve aceitar, nas próximas 48 horas, o convite do governador em exercício Laurez Moreira para assumir a Secretaria de Planejamento
Por Edson Rodrigues
Trata-se de uma decisão que vai além de cargos, é um teste de compromisso com a eficiência, o planejamento técnico e a responsabilidade com o futuro de um Estado que vive tempos de grande incerteza.
Dimas não é um nome qualquer. Engenheiro civil, duas vezes prefeito de Araguaína, ex-deputado federal e hoje secretário em Palmas, traz uma bagagem que combina experiência prática, trânsito político e visão técnica. O momento exige alguém com capacidade de articular regionalidades, conhecer de orçamento público, entender os desafios fiscais e movimentar alianças que viabilizem projetos no curto e no médio prazo. Laurez Moreira, por sua vez, também tem histórico político com mandato executivo, como prefeito de Gurupi, e uma trajetória no Legislativo estadual e federal.
É inegável que a gestão pública sem planejamento se perde em improvisos, perde recursos e oportunidades. O Tocantins, sem orçamento de 2026 enviado, enfrenta limitações que exigem mão firme, técnica e realismo principalmente porque ano eleitoral impõe prazos curtos e exige rapidez sem despautério. Dimas, se confirmado na pasta de Planejamento, pode ser esse gestor que sabe “olhar no olho”, que articula parcerias, que compreende tanto o orçamento quanto as necessidades locais, e transforma expectativas em resultado concreto.
Esta é uma encruzilhada: aceitar ou recusar? Para Dimas, aceitar é mostrar que não basta ter nome político é necessário ter capacidade. E para Laurez, escalar Dimas significa demonstrar que realmente se quer fugir do improviso. Um governo equilibrado, técnico, transparente com planejamento não é luxo é urgência. E o Tocantins merece mais que promessas merece ações que se sustentem para além da retórica.
A expectativa é que o atual secretário da gestão de Eduardo Siqueira em Palmas, Ronaldo Dimas, deve confirmar nas próximas 48 horas se aceita ou não o cargo para assumir a Secretaria de Planejamento do Tocantins. Laurez precisa dizer a que veio e a sua gestão neste curto espaço será um divisor de águas para as próximas eleições em outubro de 2026.
De autoria do Poder Executivo, proposta foi aprovada em julho pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa
Por Rute Moraes
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, confirmou presença, nesta terça-feira (16), em uma audiência pública na comissão especial da Câmara dos Deputados destinada a discutir a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança Pública.
Trata-se da primeira reunião para discutir a matéria na comissão, que vai analisar o mérito da PEC, de autoria do Poder Executivo.
A proposta foi aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara em 15 de julho. O texto é relatado pelo deputado federal Mendonça Filho (União-PE).
Na CCJ, o parecer de Mendonça modificou alguns trechos da PEC original. Entre as modificações, está a retirada de um artigo que trata da preservação do pacto federativo e da autonomia dos estados.
Outra mudança é a retirada do termo “exclusiva” de um inciso que restringe a apuração de infrações penais às polícias federal e civis.
Antes da mudança, o artigo sobre a autonomia dos estados, por exemplo, previa a competência privativa da União para legislar sobre “normas gerais de segurança pública, defesa social e sistema penitenciário”.
“A autonomia é fundamental. Tanto do ponto de vista legal, quanto na construção de políticas públicas de segurança, que sejam efetivas, combatendo na ponta a violência e o crime organizado”, justificou Mendonça Filho.
Entenda a PEC
A PEC da Segurança Pública altera os artigos 21, 22, 23 e 24 da Constituição Federal, que dispõem sobre as competências da União, as privativas ou em comum com os estados, municípios e o Distrito Federal. A proposta também muda o artigo 144, que refere-se aos órgãos que responsáveis pela segurança pública em todo o país.
Com o texto, o governo federal pretende dar status constitucional ao Susp (Sistema Único de Segurança Pública) e levar à Constituição Federal a previsão do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário, que atualmente estão estabelecidos em leis próprias.
A proposta também aumenta as atribuições da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, que passaria a ser chamar Polícia Viária Federal, abrangendo o patrulhamento ostensivo das rodovias, ferrovias e hidrovias federais.
Além disso, a PEC incorpora o entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as atribuições das guardas municipais. A Corte confirmou que as guardas podem fazer policiamento ostensivo nas vias públicas, respeitando-se os limites de competências em relação às demais forças de segurança.