Os protestos pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) marcados para este sábado (2) prometem ser os de maior variedade ideológica entre os convocados por setores da esquerda desde maio, mas não devem vencer o desafio de mobilizar a direita ou de reunir em um só palco todos os presidenciáveis de 2022.

 

POR CAROLINA LINHARES

 

 

O esforço dos organizadores para a ampliação dos atos que costumam pintar de vermelho a avenida Paulista, em São Paulo, se deu a partir ainda dos ecos do 7 de Setembro bolsonarista e da avaliação geral de que a pressão pelo impeachment na Câmara dos Deputados só será efetiva se furar bolhas.

 

Desta vez, além da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que reúne diversas associações da sociedade civil e já promoveu cinco edições de protestos nacionais, as manifestações também são organizadas por uma aliança de nove partidos e pelo Direitos Já, fórum a favor da democracia que reúne líderes de 19 partidos e já congregou mais de 200 entidades em seus eventos.

 

Ainda assim, a maior parte dos políticos, partidos e organizações envolvidas nesta rodada de protestos é identificada com a esquerda.

 

O grupo de nove partidos -PT, PSOL, PC do B, PSB, Cidadania, PV, Rede, PDT e Solidariedade- é majoritariamente de esquerda e reúne siglas que já participavam, totalmente ou em parte, das ações anteriores.

 

Para os organizadores, porém, é um avanço significativo que todos esses partidos entrem de cabeça na convocação dos protestos, cujas edições anteriores tinham protagonismo mais evidente de PT, PSOL e PC do B e dos movimentos populares ligados a eles -o que deu o tom de pré-campanha de Lula (PT) e afastou setores da sociedade.

 

A esperada presença de políticos ou alas de siglas da chamada terceira via é outra vitória apontada pelos coordenadores dos atos -embora partidos como DEM, PSDB, MDB e PSD não tenham aderido ao impeachment em si, algo considerado crucial para que a remoção de Bolsonaro vingue de fato.

 

Para nacionalizar o protesto e tentar salvá-lo da contaminação eleitoral, a ideia é concentrar os principais líderes partidários em São Paulo, em um só palco, e resgatar o uso do verde e amarelo, identidade dos apoiadores de Bolsonaro.

 

Na capital paulista, o protesto está marcado para as 13h em frente ao Masp, na avenida Paulista. A programação prevê um ato ecumênico, apresentação de indígenas e artistas e encerramento com o hino nacional. Estão previstos 260 atos em 251 cidades de 16 países.

 

Assim como as manifestações dos movimentos de direita MBL (Movimento Brasil Livre) e VPR (Vem Pra Rua) pelo impeachment de Bolsonaro no último dia 12 ensaiaram uma frente ampla com adesões da esquerda, mas tiveram ausências notáveis, os atos de sábado também são um passo a mais na promessa de união de rivais contra um presidente considerado golpista.

 

Por um lado, haverá representantes da direita. Por outro lado, faltarão nomes que caracterizariam uma nova edição das Diretas Já -o próprio MBL afirma que ficará de fora. Também não devem comparecer o ex-presidente Lula e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

 

Governadores do PSDB Eduardo Leite do Rio Grande do Sul de e o São Paulo, João Doria 

 

Desta vez, no entanto, são esperados uma série de presidenciáveis e outros políticos de peso para estrear nos atos da Campanha Nacional Fora Bolsonaro depois de terem comparecido ao protesto de MBL e VPR, como Ciro Gomes (PDT), Alessandro Vieira (Cidadania), João Amoêdo (Novo) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) -embora os dois últimos não tenham confirmado presença.

 

A lista divulgada pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro inclui ainda Randolfe Rodrigues (Rede), Alessandro Molon (PSB), Eliziane Gama (Cidadania), Tabata Amaral (PSB) e Carlos Lupi (PDT).

 

Outros nomes de esquerda que têm participado a cada ato desde maio também são esperados, como Gleisi Hoffmann (PT), Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), Juliano Medeiros (PSOL), Orlando Silva (PC do B) e Manuela D'Ávila (PC do B).

 

Em São Paulo, no total, são esperados representantes de 21 partidos --Cidadania, DEM, MDB, PC do B, PDT, PL, Podemos, Solidariedade, PSD, PSB, PSDB, PSL, PSOL, PT, PV, Rede, UP, PCB, PSTU, PCO e Novo.

 

No campo da direita, indicaram presença os deputados Júnior Bozzella (PSL-SP), José Nelto (Podemos-GO) e Fábio Trad (PSD-MS).

 

Entre as entidades, fazem parte do ato a Central de Movimentos Populares, UNE, MST, MTST, Coalizão Negra por Direitos, Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, movimento Acredito, entre outras.

 

Também aderiram aos protestos de sábado as centrais sindicais -CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Intersindical Instrumento de Luta e Pública.

 

No Rio, participarão as juventudes de PSD e PSDB, além do Avante, Livres e UJL. Em São Paulo, o diretório do PSDB da capital promete comparecer, como fez em outras edições.

 

Para o sociólogo Fernando Guimarães, coordenador do Direitos Já, os protestos de sábado são um marco político.

 

"Esse é um ato que vira a chave, passa a dar uma amplitude necessária para uma construção de impeachment. Nem todos os partidos estão pedindo impeachment, mas esse é um processo de acumulação de forças", afirma.

 

Ele diz que estão convidados "todos que quiseram somar, deixando de lado divergências do passado e a questão eleitoral para convergir pela democracia". "Toda a população que vá às ruas, deve ir com espírito de acolher mesmo os líderes de um campo político diferente do seu", completa.

 

Coordenador da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim afirma que os protestos deste sábado serão mais amplos que os anteriores. O desafio é encher as ruas com público cada vez maior.

 

"Esse ato tem um diferencial em comparação com os outros, o que demonstra que a gente está num caminho que é possível acreditar. Bolsonaro é a própria crise, com ele não tem solução, vamos nos arrastar até 2023 e o Brasil não aguenta" diz.

 

"Pelo impeachment, seria fundamental expandir [os atos] para o mundo empresarial, para os partidos de direita com grandes bancadas. A nossa tarefa é ir criando um caldo. Bolsonaro falou em ultimato ao STF, vamos dar um ultimato para que Arthur Lira [PP-AL] instale a comissão [do impeachment]", completa.

 

Dia 7 manifestação a favor de Bolsonaro e dia 12 contra Bolsonaro 

 

Além do impeachment e da defesa da democracia, movimentos populares pretendem levar às ruas reivindicações a respeito da crise econômica e sanitária, denunciando o desemprego, a fome e as revelações da CPI da Covid sobre o negacionismo do governo Bolsonaro que acabou orientando o procedimento da rede Prevent Senior.

 

As quase 600 mil mortes na pandemia, o desemprego, a inflação e o desmatamento também estão entre as causas levantadas pelas centrais sindicais.

 

"Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do nosso campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o impeachment. Não é questão de ideologia, mas sim de matemática. [...] É necessário focar no que nos une, e não no que nos separa. Para podermos continuar a ter o direito de discordar, de disputar eleições livres e de manter a nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já", afirma nota das centrais.

 

"Isso tudo é uma injeção de ânimo nos protestos, porque vai gerando uma indignação", afirma Bonfim.

 

Segundo a pesquisa Datafolha divulgada em setembro, 56% da população apoia o impeachment. A dificuldade de unir todos os líderes favoráveis, independentemente de sua ideologia, é uma questão para os organizadores dos atos de sábado, como foi nos anteriores, de esquerda e de direita.

 

Num cenário de polarização do país desde 2014 e marcado pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016, a aliança tática entre partidários da esquerda e da direita precisaria passar por cima de mágoas e remorsos.

 

A um ano do pleito de 2022, o viés eleitoral também pesa. O mote "nem Lula nem Bolsonaro" afastou petistas do ato de MBL e VPR. Desta vez, o MBL chegou a participar de uma reunião de preparação dos protestos de sábado, mas não convocou seus seguidores.

 

Com a confirmação de outros presidenciáveis no palanque, Lula foi estimulado a comparecer. No entanto, sua avaliação, como das outras vezes, é a de que sua ida provocaria uma contaminação eleitoral que prejudicaria a mobilização pelo impeachment. Há ainda uma preocupação em não gerar aglomeração na pandemia.

 

Com o fracasso de público no último dia 12 e a ausência de um "palanque de Diretas Já" naquele dia e também no sábado, aumenta a expectativa de que um novo protesto no dia 15 de novembro seja unificador e funcione como resposta ao dia 7 de Setembro.

 

A espécie de reedição das Diretas Já, vontade expressa por boa parte dos agentes políticos que têm trabalhado por um consenso entre diferentes em nome da derrubada de Bolsonaro, seria construída com mais tempo até o dia 15. A ideia é, até lá, criar um sentimento de ato grandioso e histórico.

 

 

Posted On Sexta, 01 Outubro 2021 14:03 Escrito por

 

Eduardo Gomes foi autor do requerimento para a sessão remota e presidiu os trabalhos

 

Com Agência Senado

 

Os 15 anos da Universidade da Maturidade (UMA) — projeto ligado à Universidade Federal do Tocantins (UFT), voltado à melhoria da qualidade de vida da pessoa adulta e do idoso — foram homenageados em sessão solene do Senado nesta sexta-feira (1º).

 

Sediada em Palmas, a UMA foi criada em fevereiro de 2006, tendo desde o início o apoio do senador Eduardo Gomes (MDB-TO), na época deputado federal. A instituição já formou cerca de 5,5 mil idosos em seu curso de educador político social para o envelhecimento humano, e hoje oferece diversas atividades para mais de 400 pessoas em quatro cidades tocantinenses.

 

Eduardo foi o autor do requerimento para a realização da sessão e presidiu os trabalhos. Ele recebeu uma placa da coordenadora da UMA, Neila Barbosa Osório, em homenagem por seu trabalho em favor do projeto

 

— Precisamos intensificar a pauta do envelhecimento humano nas agendas públicas. O Senado e todo o poder público devem buscar garantir a dignidade na aposentadoria para aqueles que a ela fazem jus e assegurar que os serviços públicos de saúde estejam disponíveis. Felizmente, essas garantias básicas foram ampliadas pela Política Nacional do Idoso e pelo Estatuto do Idoso — discursou o senador.

 

Eduardo Gomes louvou o papel do colega Paulo Paim (PT-RS), autor do Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de 2003), no avanço da pauta da terceira idade no Congresso.

 

O reitor da Universidade Federal do Tocantins, Luís Eduardo Bovolato, elogiou o trabalho desempenhado pela UMA na melhoria da qualidade de vida dos idosos no estado.

 

— Pude testemunhar o quanto a UMA tem sido importante e transformado a vida de muitas pessoas — afirmou.

 

Entre os oradores da sessão, estavam Celso Morais, prefeito de Paraíso do Tocantins, e Luiz Sinésio Silva Neto, coordenador da UMA. Diversos acadêmicos do projeto, como Manoel Augusto Costa, João Barros e Maria de Fátima Nunes Lopes, deram seus testemunhos sobre o conhecimento adquirido nos cursos da instituição.

 

Gilda Gomes, mãe do senador Eduardo Gomes e fundadora da UMA, emocionou os participantes ao discursar, mesmo tendo passado recentemente por procedimento para implantação de um marca-passo.

 

— Não tenho mais nada a pedir a Deus, senão saúde para todos. Tenho 82 anos e não sou velha, sou idosa. Jogo capoeira, danço e tenho uma vida superativa. Estou de pilha nova — brincou.

 

Durante a sessão, o senador Eduardo Gomes anunciou a aula inaugural do novo polo do programa, na comunidade indígena Xerente, em Tocantínia (TO), no dia 28, e a abertura do polo de Araguatins, na região do estado conhecida como Bico do Papagaio.

 

 

Posted On Sexta, 01 Outubro 2021 13:59 Escrito por

Na última quarta-feira, 29, o superintendente do Procon Tocantins, Walter Viana, reuniu com representantes da Energisa e na pauta foi discutida a demanda apresentada pelos parlamentares

 

Por Thaise Marques

 

Frequentes quedas de energia em Taguatinga têm causado transtornos aos moradores do município. Por isso, vereadores enviaram um ofício ao Procon Tocantins solicitando que providências sejam tomadas e o problema resolvido. O Procon Tocantins reuniu com a Energisa e já oficiou a mesma nesta quinta-feira, 30, para que o problema seja solucionado,

 

Segundo o ofício enviado pela vereadora Fabiola Oliveria Rodrigues Costa e assinado também os vereadores Edilson Rocha, Lucas Alves Nascimento e Valdenor Melo Barreto, a falta de energia ocorre em toda cidade e sem aviso prévio por parte da concessionária Energisa. Os vereadores relatam que consumidores procuraram a Câmara Municipal reclamando do problema que tem causado prejuízos, entre eles financeiros à população. Ainda segundo os moradores, ao procurar a concessionária de energia, a mesma nega que não ocorreu queda de energia.

 

Na última quarta-feira, 29, o superintendente do Procon Tocantins, Walter Viana, reuniu com representantes da Energisa e na pauta foi discutida a demanda apresentada pelos parlamentares.

 

“Levei ao conhecimento da concessionária os problemas denunciados pelos consumidores de Taguantinga. Serviços públicos que deixam de funcionar por falta de energia, assim como o comércio está sendo afetado, a dona de casa também é prejudicada e vários outros transtornos que estão sendo causados”, informa Viana.

 

Na ocasião, ficou acordado que o Procon Tocantins, vai enviar a Energisa um ofício informando todos os problemas, e a concessionária vai solicitar que sua equipe verifique o que está acontecendo em Taguatinga, e após apresentar o diagnóstico, trabalhar para que os problemas sejam solucionados. O documento já foi protocolado nesta sexta-feira, 1º de outubro.

 

O que diz o Código de Defesa do Consumidor:

 

O fornecimento de energia elétrica é considerado um serviço essencial e em caso de interrupção deve ser avisado previamente à população. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), no art. 6º, é direito básico do consumidor a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.

 

Já no art. 22º, caput e parágrafo único do CDC, os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos, bem como que, nos casos de descumprimento, total ou parcial das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-Ias e a reparar os danos causados.

 

 

Posted On Sexta, 01 Outubro 2021 13:58 Escrito por

SORÓ NO PÁREO

Conhecido como “amigo dos amigos” ou “Sorozinho”, o grande Soró ou Sérgio Vieira, de Gurupi, vem, há anos, desenvolvendo um trabalho social reconhecido e valorizado pela população da Capital da Amizade.

 

Sempre pronto a ajudar que precisa, Soró é uma espécie de “cidadão universal”.  Ligado ao ex-governador Siqueira Campos e ao deputado estadual Eduardo Siqueira Campos,  desde a criação do Tocantins, Soró tem trânsito livre em todos os gabinetes de todos os Poderes Constituídos no Tocantins.

 

Com a aproximação do período eleitoral, Soró é sempre lembrado pelos líderes partidários como um ótimo nome para deputado estadual e, este ano, não está sendo diferente.  São várias as siglas que o querem em suas chapas.

 

Em 2022, Soró vem mais forte que nunca como um ótimo nome à disposição dos eleitores.

 

ASSÉDIO

Por seu jeito humilde e desapegado, Soró, que sempre chega à Palmas trazendo uma pasta com as demandas da população, em busca de soluções, sempre de forma espontânea, conseguindo tratamentos de saúde, aviamento de receitas e exames laboratoriais para quem necessita.

 

Os principais postulantes ao Palácio Araguaia e à única vaga de senador em aberto para o Tocantins em 2022 já estão assediando o “amigo dos amigos”, em busca de seu apoio.

 

Cabreiro e inteligentes, Soró despista: “estou focado em resolver os problemas da minha gente, do meu povo de Gurupi e cidades vizinhas. No momento certo vou me aconselhar com meu mestre maior, Siqueira Campos e decidir o caminho que vou seguir”.

 

Soro é uma pessoa do bem, madura e leal e o Tocantins só tem a ganhar em tê-lo no páreo eleitoral em 2022.

 

PESQUISAS NA PRAÇA

Vários institutos de pesquisa já começaram a fazer circular levantamentos nas redes sociais, enquanto o registro da pesquisa junto ao TSE não é obrigatório.

 

Cada um diz o que quer e aponta o “agente pagador” sempre na colocação que precisa.

 

A partir de primeiro de janeiro de 2022, quando as pesquisas só poderão circular com registro, muita coisa vai mudar, muitos números vão diminuir e, outros, crescer, e a seriedade de cada instituto poderá ser constatada ou não.

 

Até que se prove o contrário – ou que o registro não seja obrigatório – todo instituto de pesquisa é sério e “só conta a verdade dos números”.

 

A conferir...

 

FEDERAÇÃO PARTIDÁRIA DEIXA CLASSE POLÍTICA CONFUSA

Nem os detentores de mandato na Câmara Federal, muito menos nas Assembleias Legislativas, da mesma forma que os candidatos novatos, sem mandato, estão entendendo com será aplicada a tal Federação Partidária.

 

As dúvidas pairam, principalmente, quanto á divisão dos votos, e o fato das decisões serem tomadas de cima para baixo, está deixando os presidentes de diretórios municipais mais perdidos que cachorro que caiu do caminhão da mudança.

 

Eles, que são brancos, que se entendam...

 

JÁ DIZIA JOSIAS DE SOUZA...

 

Vetada por Bolsonaro e ressuscitada pelo Congresso, a federação partidária é uma malandragem inventada pelos partidos que não conseguem 2% dos votos nacionais. Os congressistas legalizaram o desrespeito a uma regra que eles mesmos aprovaram em 2017 para bloquear o acesso de legendas sem voto aos cofres do Tesouro Nacional, aos horários de televisão e a dezenas de empregos públicos. Federando-se, os partidos poderão manter suas benesses, fazendo o eleitor de idiota.

 

Virou fumaça a chamada cláusula de barreira. Prevê o rebaixamento de partidos que não obtiverem na eleição de 2022 ao menos 2% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados. Na eleição de 2026, o índice da degola subiria para 2,5%. Em 2030, bateria em 3%.

 

DEM + PSL = UNIÃO BRASIL

As cúpulas do DEM e do PSL decidiram chamar de União Brasil o partido que resultará da fusão das legendas. Também foi escolhido um novo número para representá-lo nas urnas: 44.

 

Ambas as decisões foram tomadas a partir de pesquisas qualitativas feitas pelos partidos. Segundo o presidente do DEM, ACM Neto, União Brasil foi o que teve a melhor aceitação nos estudos e busca representar o fim da polarização.

 

"Os brasileiros querem união e pôr fim à polarização, aos antagonismos", disse. "A gente partiu do princípio de que, sendo um partido novo, o ideal era que tivesse um número novo, e este foi o que obteve a unanimidade entre as pessoas que discutiram a definição", explicou Neto sobre o número escolhido.

 

PF VAI INVESTIGAR SE BOLSONARO PREVARICOU

A Polícia Federal pediu a quebra de sigilo de e-mails da Precisa Medicamentos, intermediária da venda da vacina indiana Covaxin ao Ministério da Saúde. A solicitação foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) para aprofundar a investigação sobre suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro.

 

A ministra Rosa Weber, relatora do inquérito, ainda não se manifestou sobre o assunto. A quebra solicitada pela Polícia Federal também atingiria e-mails e arquivos armazenados no sistema on-line Dropbox utilizado pela empresa para compartilhar documentos da vacina Covaxin com o Ministério da Saúde.

 

Em operação contra alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita Federal realizaram mandados de busca e apreensão, nesta quinta-feira (30/9), na empresa Global Gestão em Saúde, investigada por um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo um contrato com a Petrobras feito em 2015, durante o governo Dilma Rousseff.

 

LIRA QUER ACORDO SOBRE ICMS DOS COMBUSTÍVEIS

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), busca chegar a um acordo para aprovar o projeto de lei que altera a cobrança de ICMS em combustíveis. O PLP 11/2020 prevê a uniformização das alíquotas do imposto em todas as unidades da federação, que seria definido pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Com isso, o imposto, que hoje varia de estado para estado, seria único e atrelado à quantidade do combustível.

 

O texto chegou a entrar na pauta de quarta-feira (29/9), mas a discussão dessa e de outras iniciativas semelhantes será feita nos próximos dias para levar os projetos o mais rápido possível ao Plenário, algo que pode ocorrer na próxima semana. Lira disse entender que a uniformização do ICMS é importante, mas admitiu que esse não é o principal problema na alta dos combustíveis — que é influenciado principalmente pelo preço do petróleo no mercado internacional e pelo dólar.

 

A CULPA NÃO É DO ICMS!!

O principal motivo é a política de preços de derivados adotada pela Petrobras nas refinarias. Instituída em 2016, nova forma de cálculo passou a ser orientada pela Política de Preços de Paridade de Importação, conhecido como PPI, que inclui no cálculo custos de frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias, mais uma margem praticada para remunerar riscos inerentes à operação, como, por exemplo, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços sobre estadias em portos e lucro, além de tributos.

 

Isso significa que o custo de importação está sendo incluído nos cálculos, fazendo com que cada um dos derivados nacionais tenha seus valores equiparados ao de importadores, ou seja, a Petrobras pode aplicar preços mais baixos, que, consequentemente, forçariam a concorrência a fazer o mesmo, porém está acontecendo o inverso: ela aumenta o preço para se igualar aos concorrentes.

 

Essa prática é a que especialistas chamam de dolarização do combustível. Fazendo um paralelo: alimentos também estão mais caros devido à apreciação do dólar. O câmbio desvalorizado torna mais atrativo ao produtor nacional exportar do que vender para o mercado interno.

 

EXPORTAMOS PETRÓLEO E IMPORTAMOS O PREÇO

No mundo, em torno de 80% dos países adotam uma política de PPI, mas fazem isso porque não têm produção e nem refino de petróleo. No Brasil, com o pré-sal, nos tornamos autossuficientes na produção de petróleo, com custo relativamente mais baixo em comparações internacionais, além do que, de acordo com especialistas, há capacidade ociosa. Se o petróleo é do Brasil, por que o preço é importado?

 

A produção nacional nos últimos cinco anos cresceu 18% e chegou a 3,7 milhões de barris equivalentes por dia. Exporta cerca de 1 milhão de barris por dia. Os custos de produção têm caído cerca de 31% nas refinarias da Petrobrás – em razão dos ganhos de eficiência. A Petrobrás é responsável por 93% da produção de petróleo e gás e 99% na produção de derivados. Nesse cenário por que pagamos mais caro pelo combustível?

 

Uma forma do governo Bolsonaro ganhar de volta sua popularidade seria intervir nessa política aplicada pela Petrobras na definição do preço dos combustível.

 

Esse movimento daria a Bolsonaro um grande fôlego, se for deito logo, antes do ano eleitoral, para 2022.

 

Posted On Sexta, 01 Outubro 2021 07:16 Escrito por

Iniciativa contará com R$ 300 milhões

 

Por Alana Gandra

 

A Petrobras aprovou, ontem (29), a criação de um programa social de apoio a famílias em situação de vulnerabilidade social, para permitir o acesso a insumos essenciais, com destaque para o gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de bujão ou gás de cozinha. O programa contará com R$ 300 milhões.

 

De acordo com a Petrobras, a iniciativa visa ampliar a atuação social da companhia, alinhando-a às ações praticadas por outros atores do mercado, e se justifica pela situação excepcional e de emergência decorrente da pandemia da covid-19.

 

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, salientou que a companhia é “socialmente responsável e comprometida com a melhoria das condições de vida das famílias, particularmente das mais vulneráveis”. Em declaração feita para o programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Silva e Luna disse que “neste momento de pós-pandemia, sofrendo ainda consequências da pandemia também, com elevado custo de ‘commodities’ de forma geral e elevado preço de combustível também, entendemos que essa era uma oportunidade que a empresa tinha, dentro do seu espaço de responsabilidade social, de contribuir com isso.

 

Então, nós criamos esse programa, colocando a ordem de R$ 300 milhões, exatamente para contribuir com as famílias mais carentes na aquisição de seu bujão de gás. E estamos buscando, inclusive, mais parceiros, para aumentar esse volume de recursos, para atender o maior número de famílias possível”, disse Silva e Luna.

 

O programa se encontra em fase final de estudos. Estão sendo definidos os critérios de escolha das famílias em situação de vulnerabilidade e de busca de parceiros do setor que possam somar esforços e ampliar o valor a ser investido.

 

De acordo com a estatal, a iniciativa reafirma o compromisso da Petrobras com o bem-estar da sociedade, particularmente das comunidades em sua área de influência.

 

Posted On Sexta, 01 Outubro 2021 06:20 Escrito por