Quatro deputados estaduais do Paraná eleitos pelo então PSL tiveram os mandatos cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Estado, em decisão unânime na segunda-feira, 4. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com isso, Luiz Fernando Guerra (União Brasil), Ricardo Arruda (PL), Delegado Fernando Martins (Republicanos) e Coronel Lee (DC) continuam na Assembleia Legislativa.

 

Por Ederson Hising

 

O processo está sob sigilo, porém os deputados informaram que a condenação ocorreu por possíveis irregularidades no cumprimento da cota de candidaturas femininas da coligação PSL/PTC/Patriotas, na eleição de 2018. Os quatro deputados afirmaram que vão recorrer da decisão nesta terça-feira, 5.

 

O PSL, que se juntou ao Democratas para formar o União Brasil, elegeu a maior bancada na Assembleia do Paraná na última eleição, em 2018, com oito deputados. Todos tiveram decisão pela cassação dos mandatos no TRE-PR, sendo que quatro já deixaram as cadeiras após a condenação de Fernando Francischini (União Brasil), no TSE, por propagar notícias falsas contra o sistema eleitoral.

 

Segundo um ex-integrante da executiva do Patriotas em 2018 ouvido pelo Estadão, não houve problema com o cumprimento da cota de candidaturas femininas nem havia candidatas “laranjas”. Segundo ele, podem ter ocorrido equívocos com a documentação na substituição de candidaturas ao longo da eleição passada, além de falhas em notificações.

 

Não há prazo para o TSE julgar o recurso dos deputados e da coligação. O advogado Cassio Prudente Vieira Leite, especialista em direito eleitoral, explica que os deputados continuam no mandato e elegíveis por, em tese, serem beneficiários e não responsáveis pelas possíveis irregularidades.

 

“Não tenho perspectiva que se resolva antes da eleição e, provavelmente, fiquem no cargo até terminar o mandato. Salvo algo extraordinário, para não dizer inédito, é improvável que saiam”, avalia o especialista.

 

Para o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSD), os tribunais eleitorais deveriam ser mais ágeis nas decisões para não criar situações como a do PSL no Estado. Ele diz que o Legislativo não foi notificado da decisão do TRE-PR.

 

“Deveriam analisar no início da legislatura, essa é a minha leitura. No final do mandato a decisão é extremamente grave e uma afronta a uma decisão nas urnas”, avalia. Questionado sobre a possibilidade dos oito deputados eleitos por um partido perderem o mandato, ele classifica como inédito e surpreendente.

 

Em 2018, a coligação teve 74 candidatos a deputado estadual no Paraná. Do total, 21 candidaturas foram de mulheres, chegando a 39,6% - a cota mínima exigida por lei é de 30%. A coligação foi a terceira mais votada com 808.458 votos válidos. A mulher mais votada, Doutora Malu Viel, que era do PSL, recebeu 3.392 votos, sendo a 19ª entre os 74.

 

Parlamentares cassados falam em perseguição política

Os quatro deputados eleitos pelo PSL se manifestaram sobre a condenação. Eles negam envolvimento nas decisões da coligação. Ricardo Arruda e Coronel Lee afirmam que não tinham conhecimento da situação envolvendo a cota de gênero. Para eles, trata-se de perseguição a deputados que se declaram bolsonaristas e conservadores.

 

Luiz Fernando Guerra diz que não houve nenhuma irregularidade e que confia no bom senso e na serenidade da Justiça. O deputado Delegado Fernando Martins alega que, sendo as possíveis irregularidades diretas aos partidos e a coligação, não há responsabilidade dos deputados eleitos e diplomados pelo próprio TRE-PR.

 

Posted On Quarta, 06 Julho 2022 06:36 Escrito por

Nenhum Estado brasileiro publica informações completas sobre destino de emendas parlamentares estaduais, segundo ranking inédito divulgado hoje pela ONG Transparência Internacional–Brasil. Desde o ano passado, o Estadão revela o repasse de recursos públicos no âmbito federal distribuídos por emendas de relator do Orçamento no Congresso, sem critérios técnicos, para garantir apoio de parlamentares ao Palácio do Planalto.

 

Por Beatriz Bulla

 

Os dados da Transparência Internacional mostram que, nos Estados, os maiores desafios para garantir transparência e boa governança se concentram justamente na questão financeira e orçamentária.

 

Além da falta de informação completa sobre as emendas, os Estados brasileiros também falham em informar sobre incentivos fiscais – “áreas de risco mais elevado para corrupção, privilégios e prejuízos aos cofres públicos”, de acordo com a Transparência Internacional.

 

“Achamos importante focar no aspecto orçamentário e financeiro, especialmente por conta de, nos últimos dois anos, vermos a prática mais exacerbada no Congresso Nacional do orçamento secreto. Tínhamos a preocupação de que essa prática se repetisse em alguns Estados”, disse Michael Mohallem, consultor sênior da Transparência Internacional–Brasil. “Vemos ainda uma falta de transparência grande na forma como os Executivos estaduais lidam com a execução de emendas nos seus orçamentos”, destacou. “É fundamental que a sociedade conheça o beneficiado, a cidade beneficiada (por repasses).”

 

O Índice de Transparência e Governança Pública (ITGP) mediu dados de transparência e governança nos 26 Estados e no Distrito Federal. A Transparência Orçamentária e Fiscal é uma das oito dimensões avaliadas, que incluem análise sobre marcos legais, plataformas, administração e governança, transformação digital, comunicação, participação e dados abertos. Cada um dos tópicos se desdobra em várias avaliações, que somam 84 critérios no total.

 

Espírito Santo

O Estado mais bem avaliado foi o Espírito Santo, com nota geral de 90,4. O pior foi o Acre (26,7 pontos). São Paulo ficou em 12.º lugar, com nota 67,3.

 

 

Só cinco Estados disponibilizam dados para acompanhamento de obras públicas, com informações que incluem contratos, responsáveis pela obra e duração prevista. São eles: Amazonas, Ceará, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Rondônia.

 

A ONG também analisa a disponibilização de informações como agenda diária dos governadores, a existência de critérios técnicos para ocupação de cargos comissionados, entre outros. No caso das emendas, o levantamento questiona se o Estado divulga valor, nome do parlamentar e partido, órgão de destino, data de liberação, objeto, beneficiário, entre outros. Nenhum Estado recebeu a nota máxima nesta pergunta e 15 receberam a nota mínima.

 

Para Mohallem, dez anos após a criação da Lei de Acesso à Informação, a “burocracia estatal internalizou boa parte” das rotinas de transparência dos dados públicos. Segundo le, a análise mostra que há avanços que podem ser feitos por Estados voluntariamente, ainda que não exista lei federal que exija o compromisso.

 

O consultor citou, por exemplo, o debate sobre transparência das atividades de lobby – projeto em discussão no Congresso. Conforme o levantamento, apenas dois Estados (Espírito Santo e Minas Gerais) têm alguma regulamentação para divulgar a relação entre lobby e governo.

 

 

 

Posted On Terça, 05 Julho 2022 04:54 Escrito por

Publicitário alegou que foi procurado pela legenda para entregar R$ 6 milhões a empresário que chantageava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

 

Da CNN Brasil

 

O publicitário Marcos Valério declarou em sua delação à Polícia Federal (PF) que era administrador de um caixa clandestino com R$ 100 milhões que pertencia ao Partido dos Trabalhadores (PT). As informações foram publicadas neste domingo (3) pela site da revista “Veja”.

 

Em 2005, Valério teria sido procurado pela legenda para entregar R$ 6 milhões do montante ao empresário Ronan Maria Pinto, que chantageava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para contar detalhes sobre a ligação do Primeiro Comando da Capital (PCC) com a morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), em 2002.

 

“Eu simplesmente, eu tinha muito mais que os seis milhões na mão deles, eu tinha umas dez vezes mais que isso na mão, então, pagar os 6 milhões não era o problema”, alegou Valério.

 

“Se eu não tivesse rastreado tudo isso, e não tivesse chegado a essa conclusão, eu teria feito, gente. Por que que eu não ia fazer? Eu tinha mais de 100 milhões deles na mão”, continuou Valério.

 

O PT foi procurado pela CNN, que aguarda posicionamento.

 

Na última sexta-feira (1º), a “Veja” também realizou uma reportagem sobre uma suposta relação de petistas com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). A autenticidade do depoimento à Polícia Federal foi confirmada pela CNN.

 

O caso em questão é o mesmo noticiado pelo jornal “O Estado de S.Paulo” em 2018. A delação premiada foi homologada pelo ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello.

 

O processo foi enviado na sexta pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF e está sob responsabilidade do ministro Nunes Marques.

 

No depoimento, Valério afirmou que o ex-secretário-geral Sílvio Pereira lhe disse que Ronan Maria Pinto ameaçava revelar que o PT recebia dinheiro de empresas ônibus, de operadores de transporte clandestino e de bingos, que lavavam dinheiro para o PCC. O dinheiro financiaria campanhas do PT ilegalmente.

 

Valério proferiu que Celso Daniel havia montado um dossiê com os nomes de petistas que estavam recebendo financiamentos ilegais, que não teria sido encontrado após sua morte.

 

Ainda de acordo com o publicitário, após o assassinato de Daniel, o PT fez uma “limpa” e afastou integrantes que tinham ligações com o crime organizado.

 

Valério foi condenado a 37 anos de prisão no processo do mensalão. De acordo com a Justiça, ele atuou como operador de pagamentos a parlamentares que teriam negociado apoio ao governo Lula no Congresso durante o primeiro mandato do ex-presidente.

Posted On Terça, 05 Julho 2022 04:40 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

A partir deste dia dois de julho, os gestores e detentores de mandatos que pretendem disputar as eleições do próximo dia dois de outubro não podem mais participar de inaugurações, lançamento de obras, assinatura de ordens de serviço ou qualquer outro evento ligado á ações do poder do qual faz parte, assim como estão vedadas as nomeações de funcionários em comissão em órgãos públicos estaduais ou federais, promoções, cessão de disposição de servidores, contratos temporários, assinatura de convênios e repasses de verbas entre o Estado e os Municípios ou entidades civis.

 

Agora, o presidente da República e os governadores que irão disputar a reeleição devem ficar mais que atentos à Legislação Eleitoral, pois qualquer ato que, sequer, suscite a probabilidade de uso da máquina pública em favorecimento a candidatos – ou à própria candidatura – pode ser enquadrada como “abuso de poder econômico” e, simplesmente, inviabilizar o registro de candidaturas dos executores e dos que possam ter sido beneficiados pelo ato.

 

TOCANTINS

 

O governador Wanderlei Barbosa, a partir de hoje, já não conta mais com a possibilidade de usar o Diário Oficial, muito menos estar transferindo recursos para os municípios como forma de parcerias, assim como acontece com todos os demais governadores brasileiros.

 

Nos últimos 32 dias, Wanderlei intensificou sua agenda positiva em todo o Estado, visitando municípios de todas as regiões do Tocantins, assinando ordens de serviço para a recuperação de estradas pavimentadas e pavimentação de trechos de outras rodovias, em um pacote anunciado pelo próprio governador de 700 milhões de reais na recuperação da malha viária estadual.

 

Em paralelo, o governo do Estado fez dezenas de repasses, no valor de dois milhões de reais cada um, para que os municípios pudessem investir o valor de acordo com suas necessidades, com gestão própria dos recursos.  Outras obras na área da Saúde e da Educação foram entregues por Wanderlei em vários municípios.

 

 

PÉ DE IGUALDADES

Toda essa movimentação de recursos e obras que o governador fez, foi realizada dentro da Lei, sem ferir a Legislação Eleitoral.  Agora, após essas ações, a campanha passa a ser no cara a cara, no olho no olho, junto ao eleitor, todos em pé de igualdade.  Tanto Wanderlei Barbosa, quanto Ronaldo Dimas, Osires Damaso, Paulo Mourão e os demais candidatos ao governo que, porventura, surgirem, irão se digladiar no campo das propostas de governo e planos de ação, sem que ninguém tenha qualquer tipo de vantagem sobre os demais.

 

Essas são as regras do jogo eleitoral. Vencerá aquele que errar menos, que apresentar as melhores propostas e que se mostra mais sensível às demandas da população.

 

Assim será conquistado o voto do Tocantinense.

 

Boa sorte a todos!

 

Posted On Segunda, 04 Julho 2022 04:34 Escrito por

Fotógrafo do petista explica que houve erro técnico. Equipe publicou imagem e vídeo sob mesmo ângulo e para mostrar que não houve fraude.

 

Com G1 Bahia

 

Uma foto compartilhada pela assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o ato realizado neste sábado (2) em Salvador (BA) apresentou sobreposição de imagens e duplicou pessoas fotografadas. A imagem foi alvo de adversários políticos do petista, que acusaram sua equipe de manipular a imagem para fazer parecer que a manifestação a favor dele era maior.

 

Procurado pelo g1, o autor da foto, Ricardo Stuckert, esclarece que houve um problema técnico. A foto panorâmica foi feita com drone. "Eu fiz nove fotos para pegar o ângulo todo. E aí o que que acontece? Quando eu estava fotografando, o drone vai mexendo. Só que as pessoas estavam mexendo. O que aconteceu? As pessoas mexem, duplicou, e na hora que software junta todas as nove fotos para fazer esse 180 graus, ele não juntou direito porque as pessoas mexeram. Foi uma sobreposição", diz.

 

Ele se defende das acusações de manipulação. "Imagina se eu for fazer Photoshop. Jamais, nunca na vida. Tem a outra foto que não é panorâmica, que é uma foto só, no mesmo ângulo, na mesma hora. Se fosse pra falar que tem Photoshop ou qualquer coisa, tem o vídeo que é também na mesma hora onde o drone estava. Não tem absolutamente nada de Photoshop", diz.

A foto com erro foi publicada no perfil verificado de Lula no Twitter sob a legenda: "Caminhada em Salvador com o povo baiano." Diante das críticas apontadas por adversários, a foto sem erro e sob o mesmo ângulo, tirada no mesmo horário e local, foi publicada no mesmo perfil, sob a legenda: "A verdade dói no cotovelo de alguns. Segue uma foto não panorâmica, tirada com drone, do @ricardostuckert .Compartilhe a verdade. "

A assessoria do ex-presidente Lula também publicou um vídeo, sob a legenda: "Bahia hoje: enquanto uns falam em montagem, a multidão com Lula passa com os pés no chão."

Evento na Bahia

O desfile cívico que marca as comemorações do 2 de Julho na Bahia contou com a participação de três pré-candidatos à Presidência da República: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) caminharam em meio ao povo nas ruas da capital baiana. O ex-presidente foi cercado por uma multidão e teve dificuldades para caminhar.

 

Em outro ponto da capital baiana, Jair Bolsonaro(PL) também participou de um passeio de moto pela orla atlântica da cidade, fora da agenda de atos cívicos.

 

 

Posted On Domingo, 03 Julho 2022 08:39 Escrito por
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