O montante teria sido sacado no mês de dezembro em 2012 e 2014 pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros
Com informações do G1
Dois saques realizados pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, estão sendo investigados pela Procuradoria Geral da República (PGR). O montante seria de R$ 300 mil e teria sido sacado no mês de dezembro em 2012 e 2014.
O primeiro saque registrado foi em uma agência do Banco do Brasil em Maceió, quando Calheiros retirou R$ 200 mil. Já a segunda foi na boca do caixa, em outra agência do mesmo banco, em Brasilia. Nessa vez, o peemedebista, alvo no Supremo Tribunal Federal (STF), sacou R$ 100 mil.
Segundo informações do G1, as informações, que foram relatadas ao Banco Central, fazem parte de um dos nove inquéritos da Operação Lava Jato. Ainda de acordo com a reportagem, além de Renan, o deputador federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) também está sendo investigado juntamente com o senador. A acusação é que a dupla tenha recebido propina por meio de doações eleitorais para influenciar na contratação da empresa Serveng Civilsan pela Petrobras. Em contrapartida, a assessoria de Calheiros enviou nota e afirmou que as contas dele são auditadas desde 2007 e nenhuma irregularidade foi encontrada até o momento.
Na ocasião, o Governador ressaltou a sanidade da carne tocantinense e a responsabilidade das empresas instaladas no Tocantins Por Jarbas Coutinho Com o tema Água: Sustentabilidade da Vida. Desafio de Produzir Frente às Mudanças Climáticas, o governador Marcelo Miranda lançou na manhã desta segunda-feira, 27, a 17ª Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins 2017), que será realizada de 9 a 13 de maio, no Centro Agrotecnológico de Palmas. O lançamento foi realizado no auditório do Palácio Araguaia e contou com a presença da vice-governadora Claudia Lelis; do presidente do Tribunal de Justiça, Eurípedes Lamounier; de representantes da Assembleia Legislativa; de órgãos públicos ligados ao setor da agricultura e pecuária; entidades representativas do setor produtivo estadual, deputados federais e outras autoridades. Entusiasmado com o bom momento do setor do agronegócio tocantinense, principalmente com a expectativa de uma grande produção de grãos, em virtude da regularidade das chuvas, Marcelo Miranda destacou a importância da cadeia produtiva do agronegócio e da Agrotins. “Estamos reunidos para testemunhar a consolidação de um dos eventos que mais retratam a nossa vocação para o agronegócio. A Agrotins vai dar a resposta de que temos condições de abastecer o Brasil e o mundo, e que entrou no roteiro dos pequenos e grandes investidores nacionais e internacionais, pela credibilidade, valor econômico e alcance social”. Na ocasião, o Governador ressaltou a sanidade da carne tocantinense e a responsabilidade das empresas instaladas no Tocantins. “A nossa carne é a melhor do Brasil e o apoio que o governo do Estado dá ao setor faz dos nossos frigoríficos importantes parceiros nesse processo”, pontuou, lembrando que as vendas da carne tocantinense não serão afetadas pelos últimos episódios que envolvem as exportações brasileiras. O secretário de Estado do Desenvolvimento da Agricultura e da Pecuária, Clemente Barros, disse que o cenário do agronegócio tocantinense este ano é bem diferente do ano passado e, certamente, a Agrotins vai superar a estimativa de negócios realizados em 2016. Ele citou a força da cadeia produtiva do setor alimentar para a economia da região e destacou a sanidade do rebanho tocantinense, que, segundo ele, está próximo de 9 milhões de cabeças. “O rebanho tocantinense deve chegar à casa dos 9 milhões de cabeças livres de aftosa com vacinação, graças ao apoio do Governo do Estado; e a Agrotins constitui, hoje, um dos maiores eventos do calendário nacional”, disse, chamando a atenção para a utilização racional da água e lembrando que a tecnologia é a solução para uma produção equilibrada. Leilão solidário Durante o evento, o representante do Hospital do Câncer de Barretos, Leonel Dias Sousa, lançou a segunda edição do Leilão Solidário: Direito de Viver, que será realizado no dia 13 de maio, na Agrotins. A iniciativa visa arrecadar recursos para a unidade hospitalar, que anualmente atende mais de 130 mil pessoas de todo o Brasil. De acordo com Leonel Sousa, a entidade está recebendo doações, como bovinos, veículos e outros, que são imprescindíveis para arrecadar fundos para proporcionar um tratamento digno às pessoas acometidas com a doença. Poços artesianos Ainda durante o evento o representante da Superintendência da Agricultura do Tocantins, do Ministério da Agricultura, Eustáquio Ferreira dos Santos, que representou o titular do órgão, Rodrigo Guerra, entregou ao governador Marcelo Miranda um conjunto de equipamentos para perfuração de poços artesianos, que será operacionalizado pela Agência Tocantinense de Saneamento. O governador disse que o equipamento será importante para atender pequenos produtores rurais em regiões afetadas pela estiagem. Agrotins A Agrotins tem como objetivo difundir conhecimentos tecnológicos gerados pela pesquisa agropecuária, visando a transferência de tecnologia aos produtores rurais e à sociedade. Até o momento, 80% dos estandes já foram reservados e a expectativa dos organizadores é que, este ano, o número de expositores chegue a 600. O evento, considerado a maior feira do agronegócio da Região Norte, é promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agricultura e da Pecuária (Seagro) e suas vinculadas, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), o Instituto de Terras do Tocantins (Itertins) e Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec), e outras instituições públicas e privadas ligadas ao setor produtivo agropecuário. Fotos: Manoel Júnior
DELAÇÕES DA ODEBRECHT, AMEAÇAS À LAVA JATO E AS CONSEQUÊNCIAS DA OPERAÇÃO CARNE FRACA DOMINAM AS PRINCIPAIS REVISTAS NESTA ÚLTIMA SEMANA DE MARÇO
ISTOÉ
Dilma e Lula sempre souberam de tudo
O que falta para o País finalmente perceber que Lula e Dilma, juntos, como irmãos siameses, arquitetaram, coordenaram e estiveram à frente de toda sorte de desvios ilegais de recursos que marcaram os governos petistas nos últimos 13 anos? Em recente depoimento ao ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o empreiteiro Marcelo Odebrecht começou a jogar luz sobre o modo de operar da dupla petista cujo esquema desviou mais de R$ 40 bilhões dos cofres da Petrobras. O relato de Odebrecht liquida de uma vez por todas a “reputação ilibada” reivindicada por Dilma em seus já célebres discursos borrifados de pretensa superioridade moral.
Segundo o empresário, que arrasta os dois petistas para a cena do crime eleitoral, a ex-presidente, assim como Lula, sempre soube dos esquemas de propina e de caixa dois em suas campanhas, foi alertada em encontro pessoal com Marcelo Odebrecht sobre a “contaminação” das doações, incluindo a remuneração ao marqueteiro João Santana no caixa parelelo e tinha a exata ciência de que Antonio Palocci (o Italiano) e o ex-ministro Guido Mantega (Pós-Itália) cumpriam jornada dupla como ministros e arrecadadores. Não por acaso, “quatro quintos” das doações via caixa dois envolveram, conforme Odebrecht, as campanhas de Dilma. Mantega foi categórico ao dizer a Marcelo Odebrecht, segundo revelação do mesmo, que a orientação da ex-presidente petista era no sentido de que “todos os recursos” da Odebrecht fossem remetidos à campanha dela. “Você não vai mais doar para o PT, você só vai doar para a campanha dela”, disse-lhe Mantega, instruído por Dilma.
DILMA TINHA CIÊNCIA DO CAIXA 2
Odebrecht disse que a petista tinha conhecimento da dimensão das doações à campanha e dos pagamentos de caixa 2 ao publicitário João Santana
CONTAMINAÇÃO PELA PROPINA
O empreiteiro alertou Dilma de que o dinheiro estava contaminado por propina e que Mantega lhe pediu para doar tudo para a campanha dela e não para o PT
PALOCCI FALAVA POR LULA
Odebrecht disse que tudo o que tratava com Palocci em matéria de liberação de recursos era combinado com Lula. Dilma deu o “ok”
A íntegra do depoimento, ao qual ISTOÉ também teve acesso, foi antecipada na última semana pelo site “O Antagonista”. As versões apresentadas até agora candidamente por Dilma, como se estivesse alheia do maior esquema de corrupção da história recente do País, não param mais em pé. Foram desmoronadas como um castelo de cartas por quem “inventou” a sua própria reeleição, o príncipe das empreiteiras. Foi Marcelo Odebrecht quem arquitetou toda a engenharia financeira da campanha. “Dilma sabia da dimensão da nossa doação. Que éramos nós quem fazíamos grande parte do pagamento via caixa dois para João Santana. Ela sabia que toda aquela dimensão de pagamentos não estava na prestação do partido”, asseverou Odebrecht.
Arrecadou no cargo
Igualmente gravíssimas são as revelações de Marcelo Odebrecht que implicam Lula. O relato do empresário deixa claro que, ainda investido no cargo de presidente da República, Lula se encarregou pessoalmente de arrecadar dinheiro, inclusive no caixa 2, para a campanha de eleição de Dilma, o que é indiscutivelmente crime. De acordo com Odebrecht, o petista era quem gerenciava a conta-corrente da R$ 150 milhões aberta pela empreiteira para o PT. Além disso, possuía uma conta-propina associada a seu condinome, o “Amigo”, da qual teria sacado R$ 13 milhões em espécie. Dinheiro vivo, como antecipou reportagem de capa de ISTOÉ de novembro de 2016. Segundo o empresário, ao contrário do que se imaginava ate agora, a conta PT pertencia não ao partido, mas “à Presidência” e foi Lula quem o encarregou de tratar dos repasses ilegais.
DINHEIRO VIVO
O ex-diretor da Odebrecht Hilberto Silva disse ao TSE que o “departamento de propina” só pagava em dinheiro vivo. Lula bebeu dessa fonte
O “AMIGO” É LULA
A conta dos petistas no “departamento de propina” da Odebrecht somou R$ 71 milhões em 2012. Itália é Palocci, Amigo é Lula e Pós Itália é Mantega
TUDO PARA A PRESIDÊNCIA
Marcelo afirmou que o dinheiro doado não era para o PT, mas “para a Presidência” (Lula e Dilma), com a coordenação de Mantega
Primeiramente com Antonio Palocci e depois com Guido Mantega, conhecidos como Italiano e Pós-Itália. A própria Dilma foi informada por Marcelo Odebrecht, e também por Lula, sobre os intermediários e respectivos papéis no esquema: “Palocci era da relação do Lula…apesar de que a Dilma, eu falei com ela…presidente, tudo eu estou tratando com o Palocci, era meu combinado com o Lula, tá ok? Ela falou: “tá ok”. Como se nota, se ainda restava algum resquício de capital moral atribuído à dupla de ex-presidentes petistas, ele se esvaiu pelo ralo ante o depoimento de Marcelo Odebrecht ao TSE.
O empresário também confirmou o que a ISTOÉ divulgou em 10 de fevereiro deste ano: como contrapartida à MP que isentava a Braskem, petroquímica da Odebrecht, de pagamentos de tributos, o departamento de propina da empreiteira repassou R$ 50 milhões para a campanha de Dilma. A equação era simples: de cada R$ 5 investidos na campanha de Dilma, R$ 4 não eram contabilizados na prestação de contas. Os recursos, embora resultado de um acerto em 2010, foram utilizados na campanha à reeleição em 2014. Boa parte desses depósitos foi feito em contas não declaradas no exterior, conforme o próprio Marcelo alertou pessoalmente Dilma. “Olha, presidente, eu quero informar para a senhora o seguinte: eu tenho medo de que…vi a questão da Lava Jato…exista uma contaminação das contas no exterior que foram usadas para pagamento para João Santana. Então quero alertar a senhora disso tudo”. “Eu alertei ela e vários outros assessores dela”, insistiu Odebrecht. Sobre o atual presidente, o empreiteiro foi taxativo: “jamais recebi pedido específico de Michel Temer”. Segundo ele, num jantar no Palácio do Jaburu, Temer não tratou de doações de dinheiro.
O MENTOR DA REELEIÇÃO
O dono da Odebrecht disse que ele arquitetou a candidatura de Dilma em 2014 e definiu a engenharia financeira da campanha
NO RASTRO DA SUJEIRA
Dos R$ 150 milhões repassados para a campanha de Dilma em 2014, R$ 50 milhões referem-se à propina pedida por Mantega em 2009 em troca de isenção fiscal
Os repasses de dinheiro sujo, que já assustam pela dimensão alcançada e valores exorbitantes, não se limitaram a irrigar o PT e as campanhas dilmistas, por intermédio de Palocci e Mantega. A dinheirama contemplou partidos ligados à chapa de Dilma nas eleições de 2014. No depoimento prestado no dia 6 de março ao ministro Herman Benjamin, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar afirmou que operacionalizou a entrega em espécie de R$ 21 milhões de caixa dois para três partidos aliados, entre eles o PRB, o Pros e o PC do B. Segundo afirmou, cada legenda recebeu um aporte de R$ 7 milhões. No depoimento, Alexandrino disse ter entregue pessoalmente R$ 4 milhões só ao PDT.
O inteiro teor da colaboração judicial dos 77 executivos da Odebrecht deve vir à tona nos próximos dias. Ainda aguarda uma canetada do ministro-relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin. Só o relato do empreiteiro ao TSE, no entanto, já foi capaz de reduzir tanto Dilma como Lula aos seus tamanhos originais – bem diferentes daqueles que se apresentavam quando turbinados pelo marketing e pela narrativa petista. Por intermédio de lentes sem retoques, aparentam pequenez inata.Operação Mela-Jato
Os vazamentos e alguns excessos de procuradores e policiais estão servindo de pretexto mais um avanço contra a Operação Lava-Jato
O depoimento de Marcelo Odebrecht e de outros executivos da empreiteira praticamente fulminaram a biografia de uma boa parte da elite política. As revelações mostram que a ex-presidente Dilma sabia do esquema de corrupção e se beneficiou dele durante as eleições de 2014, o que pode acabar resultando na cassação do mandato do presidente Michel Temer.
Mas atenção: há gente interessada em usar o vazamento dos depoimentos e alguns erros laterais dos investigadores para anular o processo.
ÉPOCA
Julgamento de Dilma e Temer no TSE deverá ocorrer após saída de dois ministros
Apesar de o TSE trabalhar nas alegações finais, o julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer deverá ocorrer somente após o fim dos mandatos dos ministros Henrique Neves e Luciana Lóssio, que se encerram em abril e em maio, respectivamente. O relator do processo, o corregedor Herman Benjamin, costumava brincar com Neves ao dizer: “Vamos ter seu voto no julgamento”. Neves parou de escutar a brincadeira do colega há mais de um mês. O nome do sucessor de Neves, Tarcísio Vieira, já está na mesa do presidente Michel Temer.
A Lava Jato no encalço do PMDB
Após três longas sessões de debates, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) conseguiu aprovar em uma comissão mista do Congresso um relatório de sua autoria que agradava em cheio ao empresariado do setor elétrico. Tratava-se de ajustes na Medida Provisória no 688 de 2015, cujo objetivo era compensar usinas hidrelétricas por prejuízos decorrentes da falta de chuvas. Em um parecer de 22 páginas, Eunício, que hoje é presidente do Senado, chega a defender que as perdas financeiras das empresas sejam pagas pelo consumidor. O texto final foi aprovado em 4 de novembro de 2015. Um dos padrinhos era um correligionário de Eunício, o senador Eduardo Braga, do Amazonas, à época ministro de Minas e Energia.
VEJA
Operação Mela-Jato
O depoimento de Marcelo Odebrecht e de outros executivos da empreiteira praticamente fulminaram a biografia de uma boa parte da elite política. As revelações mostram que a ex-presidente Dilma sabia do esquema de corrupção e se beneficiou dele durante as eleições de 2014, o que pode acabar resultando na cassação do mandato do presidente Michel Temer.
Mas atenção: há gente interessada em usar o vazamento dos depoimentos e alguns erros laterais dos investigadores para anular o processo.
Carne Fraca: Exportação perde US$ 130 mi em uma semana
Apenas uma semana após a deflagração da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, o setor de carnes contabiliza perdas de mais de 130 milhões de dólares. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ligada aos setores de aves e suínos, estima uma perda com exportações de 40 milhões de dólares até a sexta-feira. Já o setor de carne bovina, representado pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), embora não tenha um número fechado, estima que pelo menos 96 milhões de dólares em produtos prontos para a exportação estejam parados no Porto de Santos (SP), impedidas de seguir para o exterior.
O presidente executivo da ABPA, Francisco Turra, afirma que a primeira semana da Operação Carne Fraca foi de “impacto muito forte” para o setor. “Virou um momento muito dramático, nunca vi igual, e com dificuldades de se reverter”, diz. “A solução não demandará uma semana ou uma simples palavra oficial.
Tudo o que deixar de ser exportado não tem espaço para ser absorvido (internamente). Então, tem de diminuir produção e reduzir empregos, o que já começa a ocorrer”, afirma.
Na semana passada, a JBS, por exemplo, anunciou a suspensão da produção de carne bovina em 33 de suas 36 unidades no Brasil, e informou que, quando retomar as atividades, a partir de amanhã, as fábricas vão operar com um corte de 35% na produção. Segundo a empresa, isso seria feito para ajustar a produção à demanda em queda.
Por Edson Rodrigues
Uma operação de guerra foi deflagrada pelo PMDB nacional na tentativa de impedir uma possível fuga de deputados do partido às vésperas da eleição de 2018 em busca de recursos para suas campanhas.
O partido encaminhou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) uma consulta em que sugere que pode ser considerada "fraude" a janela para trocas partidárias prevista para março do ano que vem.
O principal ponto questionado pelo partido é a vinculação dessa janela ao período de campanha. Na peça, o PMDB pergunta se a mudança de partido com "explícita finalidade eleitoral" não pode ser considerada "fraude à lei ou à Constituição".
O questionamento foi feito após um embate entre o presidente da sigla, senador Romero Jucá, e um grupo de deputados, que ameaçou deixar o PMDB durante a janela caso a Executiva não reservasse parte do fundo partidário para financiá-los em 2018.
A inquietação dos parlamentares é fruto da indefinição sobre o modelo de financiamento da próxima campanha. A proibição das doações de empresas na eleição de 2016 tornou os candidatos excessivamente dependentes de recursos dos partidos.
Sem um modelo definido para a próxima eleição e sem a promessa do PMDB de que usaria o fundo para financiá-los, os deputados candidatos à reeleição chegaram a falar em "debandada" da sigla.
"Diante da incerteza é natural que os deputados estejam apreensivos. A mudança pode ser uma saída para parte dos deputados, em busca de partidos com outras mentalidades de financiamento", diz Carlos Marun (PMDB-MS), um dos que bateram de frente com Jucá no início do mês.
Ele sustenta, no entanto, que não está entre os que ameaçam abandonar a sigla em busca de recursos.
TROCA-TROCA
Na consulta encaminhada ao TSE, o partido tenta barrar a possibilidade de fuga.
A porta para esse troca-troca foi aberta na minirreforma eleitoral aprovada pelo Congresso em setembro de 2015.
A lei prevê que, 30 dias antes de se encerrar o prazo para as filiações de quem quer concorrer em outubro, os deputados possam trocar de partido sem risco de ser cassados pela Justiça.
O principal medo do PMDB é que -apesar de deter o controle do governo- deputados se sintam atraídos por partidos como PP e PR, que costumam reservar o fundo partidário para bancar as campanhas e se aproveitam da janela para deixar a sigla.
Na consulta, o PMDB também questiona ao TSE se pode exigir uma comunicação prévia até outubro deste ano dos deputados que pretendam se filiar a outro partido.
Além da consulta, caciques do PMDB contam com a aprovação do novo "fundão eleitoral", que seria disponibilizado para os candidatos, para conter a insatisfação.
AÇÃO DA BANCADA FEDERAL DO TOCANTINS GARANTE VÔOS EM HORÁRIOS MELHORES E A SAGA DA LAVA JATO GANHA NOVOS CPÍTULOS E CRÍTICAS DE LULA
Por Edson Rodrigues
FIM DE SEMANA POSITIVO.PARA O TOCANTINS.
Nesta quinta-feira, 23, o senador Vicentinho Alves (PR/TO), coordenador da Bancada Federal, os deputados federais Carlos Gaguim, Josi Nunes, Lázaro Botelho e Vicentinho Júnior, o chefe da Representação do Governo do Tocantins em Brasília, Renato Assunção e o advogado e consultor em direito aeronáutico, Georges Ferreira, reuniram-se com o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz e representantes das empresas LATAM, GOL, AVIANCA e AZUL.
Na reunião, foram anunciados novos horários de voos da LATAM a partir da próxima segunda-feira, 27, com saídas de Palmas para Brasília às 8h36 e 21h36.
A GOL se comprometeu também a alterar os horários de partida de Palmas para Brasília, atualmente às 5h05 da manhã, para às 7 horas.
O Senador Vicentinho Alves comemorou o resultado da reunião, tendo em vista que os novos horários representarão maior conforto para os usuários, bem como beneficiarão os comerciantes e lojistas do aeroporto de Palmas que terão significativo aumento no número de consumidores.
O coordenador da Bancada do Tocantins no congresso, senador Vicentinho Júnior, juntamente com outros parlamentares,.reuniu-se com representantes da companhias aéreas que operam no Tocantins. Na pauta, a mudança nos horários de partida dos vôos do Aeroporto Lysisas Rodrigues, que faziam com que a classe empresarial e executivos enfrentassem horários sacrificantes para embarcar no primeiro vôo do dia, tendo que chegar às 4 horas da manhã. Esse horário impedia, também, o retorno financeiro aos estabelecimentos comerciais instalados no aeroporto, deixando os comerciantes em situação difícil.
Graças à ação dos membros da bancada, coordenada. pelo senador Vicentinho as empresas atenderam á solicitação e resolveram mudar os horários de embarque, numa conquista coletiva, que beneficia todos os passageiros e comerciantes.
NOVOS HORÁRIOS
A reunião ocorreu na última quinta-feira, 23, com as presenças do senador Vicentinho Alves (PR/TO), coordenador da Bancada Federal, dos deputados federais Carlos Gaguim, Josi Nunes, Lázaro Botelho e Vicentinho Júnior,do chefe da Representação do Governo do Tocantins em Brasília, Renato Assunção e do advogado e consultor em direito aeronáutico, Georges Ferreira, com o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz e representantes das empresas LATAM, GOL, AVIANCA e AZUL.
Na reunião, foram anunciados novos horários de vôos da LATAM a partir da próxima segunda-feira, 27, com saídas de Palmas para Brasília às 8h36 e 21h36.
A GOL se comprometeu também a alterar os horários de partida de Palmas para Brasília, atualmente às 5h05 da manhã, para às 7 horas.
O Senador Vicentinho Alves comemorou o resultado da reunião, tendo em vista que os novos horários representarão maior conforto para os usuários, bem como beneficiarão os comerciantes e lojistas do aeroporto de Palmas que terão significativo aumento no número de consumidores.
CÚPULA DO PSDB DECIDE: DORIA PARA PRESIDENTE, ACM NETO PARA VICE: ALCKMIN NEM FOI AVISADO...
Na última terça-feira, este blog apurou, a cúpula do PSDB decidiu: o candidato à presidente 2018 vai ser João Doria e o seu vice o ACM Neto. Geraldo Alckmin nem foi avisado disso (ainda).
O que fulminou o nome de Alckmin : o furo do Globo: o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedidos de abertura de inquérito contra mais de dez governadores em exercício, entre eles o de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB, que disputou a Presidência em 2006. O pedido sobre o tucano estaria relacionado a repasses que a Odebrecht fez para as campanhas dele ao governo de São Paulo, em 2010, e também em 2014. Segundo um dos delatores, pelo menos um dos pagamentos teve como intermediário Adhemar Ribeiro, cunhado do governador.
Ronaldo Caiado fechou para disputar o governo de Goiás.
Bolsonaro saiu do PSC, de fato, deixou o pastor Everaldo nas nuvens. Bolsonaro é pré-candidato à Presidência da República na próxima disputa, em 2018, e apareceu em quarto lugar na última pesquisa Datafolha, de dezembro do ano passado, com 9% das intenções de voto.
As negociações com Bolsonaro estão sendo conduzidas pela cúpula nacional do PR, partido que tem a quinta maior bancada da Câmara, com 39 deputados.
O parlamentar fluminense já conversou sobre o assunto com o ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP), um dos condenados no processo do mensalão e que exerce forte influência na legenda.
Bolsonaro também nessa quarta aceitou o PR.
VAZAMENTOS MOSTRAM UM ‘PAÍS DE TRAMBIQUES’, DIZ PRESIDENTE DO TSE
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, criticou nesta sexta-feira o vazamento dos depoimentos sigilosos prestados por executivos da Odebrecht nas ações que pedem a cassação da chapa formada em 2014 por Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB).
“Eu exijo que nós façamos a devida investigação nesses vazamentos lamentavelmente ocorridos. Isso fala mal das instituições. É como se o Brasil fosse um país de trambiques“, disse ao participar de um seminário sobre reforma política no TSE.
Na quinta-feira, o relator das ações no tribunal, ministro Herman Benjamin, autorizou investigações sobre o vazamento atendendo a um pedido feito pelos advogados de Dilma – em depoimento vazado, o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar relatou pagamentos de caixa 2 para a campanha da petista em 2014.
Mendes disse que todas as providências serão tomadas e voltou a criticar os vazamentos de informações sigilosas em outras investigações, como as da Operação Lava Jato.”Acho que em todos os setores isso tem que ser feito. Vazamento feito por autoridade pública é crime. Tem que ser investigado e nós vamos investigar aqui”, afirmou.
Na terça-feira, Mendes provocou polêmica ao defender que documentos e depoimentos sob sigilo que forem vazados sejam descartados como provas nos processos. “Eu mesmo me manifestei publicamente sobre este lamentável fenômeno em mais de uma oportunidade. Cheguei a propor no final do ano passado o descarte de material vazado, uma espécie de contaminação de provas colhidas licitamente, mas divulgadas ilicitamente. E acho que nós deveríamos considerar este aspecto”, disse o ministro.
NA ÚLTIMA DEFESA, TEMER VOLTA A PEDIR AO TSE SEPARAÇÃO DAS CONTAS
A defesa do presidente Michel Temer entregou na noite desta sexta-feira (24), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as alegações finais do peemedebista no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
Nos últimos argumentos, os advogados do PMDB pedem ao tribunal que as contas da campanha de Temer sejam separadas das de Dilma.
Na peça a defesa diz que "Temer não pode sofrer qualquer apenamento por atos de terceiros".
"Tratando-se de duas pessoas distintas, embora eleitas pela mesma chapa, não se lhes pode imputar, em conjunto, a prática de crimes eleitorais pelo fato de terem estado em coligação partidária. Se é certo a existência de chapa única, é também curial tratar-se de coligação politicamente circunstancial de dois candidatos, como referido, personalidades de partidos políticos cujas campanhas receberam recursos de origem comprovadamente diversa, independentes, portanto",escreveu na peça a defesa.
No final das alegações, os advogados do PMDB pedem que o mandato de Temer seja mantido.
"Por fim, reitera-se a apreciação das condutas individualmente, por não haver rigorosamente nenhum apontamento em relação ao presidente Michel Temer, devendo a demanda ser julgada improcedente no que toca ao representado e mantido o seu mandato na Presidência da República", afirmam os advogados.
MP DIZ AO TSE QUE SÓ SE MANIFESTA NA AÇÃO DA CHAPA DILMA-TEMER DEPOIS DOS PARTIDOS
O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolau Dino, informou nesta sexta-feira (24) à Corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio de uma petição, que só apresentará a última manifestação do Ministério Público no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer depois de os advogados de PT, PMDB e PSDB entregarem as alegações finais.
O prazo para a última manifestação das defesas se encerra à meia-noite desta sexta.
Corregedor do TSE e relator da ação, o ministro Herman Benjamin concluiu na última terça (21) a fase de coleta de provas do processo proposto em 2014 pelo PSDB que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
No despacho em que pôs fim à chamada instrução do processo, o magistrado também abriu prazo de dois dias, a partir da publicação da decisão no "Diário da Justiça Eletrônico", para as defesas e para a acusação apresentarem as alegações finais.
Como o despacho foi publicado na quarta (22) no "DJE", o prazo para as partes entregarem a última manifestação se encerra nesta sexta.
Na petição enviada ao TSE, o vice-procurador eleitoral afirmou que o Ministério Público abria mão de se manifestar nesta fase.
A legislação prevê que, no dia útil seguinte à entrega das últimas manifestações das defesas, os autos devem ser enviados para o corregedor para que ele elabore seu voto em até três dias. Concluído o relatório final, o voto é liberado para julgamento.
É nesse momento que o Ministério Público terá uma nova oportunidade para se manifestar sobre o relatório final, dentro do prazo de 48 horas.
Caberá ao presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, marcar a data do julgamento.
MEIRELLES DIZ QUE, SE HOUVER, AUMENTO DE IMPOSTO SERÁ 'TEMPORÁRIO'
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira (24) em entrevista à TV Globo que, se houver, o aumento de impostos no país será "temporário".
Meirelles, porém, avaliou que a carga tributária já é "muito elevada" e, segundo ele, está no "leque" de alternativas, por exemplo, a retirada de isenções tributárias a empresas.
Sobre se é dado como "certo" o aumento de impostos no país, Meirelles declarou que "tudo indica que será necessário, inevitável".
Meirelles deu a declaração ao comentar o relatório divulgado nesta semana pelo governo segundo o qual a arrecadação federal em 2017 será menor que a prevista e, para fechar o orçamento, faltam R$ 58 bilhões. O Ministério do Planejamento já informou que, para fechar a conta, o governo precisará adotar medidas de aumento de receita ou de corte de despesas.
"Eu não diria que [a saída com aumento de impostos] é inevitável, mas é quase que mandatória, no sentido de que, se nós corremos o risco de paralisar coisas essenciais para o país – e nós não temos essa possibilidade –, então nós poderemos fazer, se for aumento de imposto, será temporário. Aumento de imposto temporariamente e volta, digamos assim, em 2018, para a alíquota normal", afirmou o ministro.
"Ou, o que é melhor, algumas isenções fiscais para determinadas indústrias que foram dadas na esperança de que isso fosse fazer o Brasil crescer muito no governo passado, e que não cresceu. Nós estamos em recessão, então isso não funcionou. Então, o que mostra é que algumas retiradas desses subsídios e isenções não têm efeito na economia e vai aumentar a arrecadação, o que significa, na prática, o que estamos chamando de aumento de tributos", acrescentou Henrique Meirelles.
Segundo o ministro da Fazenda, desde agosto do ano passado, o governo tem ressaltado que fará tudo o que for possível para não aumentar impostos porque a carga tributária já é elevada.
MORO PÕE SIGILO MÁXIMO SOBRE DEPOIMENTO DE EXECUTIVO DA ODEBRECHT
O juiz federal Sergio Moro está vacinado contra vazamentos dos depoimentos de executivos da Odebrecht sob sua responsabilidade. Depois da falha no sistema da Justiça Federal que permitiu acesso ao depoimento do presidente do conselho da empreiteira, Emílio Odebrecht, o magistrado determinou que a oitiva do ex-presidente do Grupo Odebrecht Pedro Novis, nesta sexta-feira, fosse colocado no grau de sigilo nível 4, no qual nem mesmo os advogados dos réus e o Ministério Público Federal têm acesso.
“Devem ser tomadas as cautelas necessárias para prevenir erros no sistema”, ponderou o juiz.
Novis, assim como Odebrecht, depôs como testemunha de defesa na ação penal que tem entre os réus Marcelo Odebrecht, o “príncipe dos empreiteiros”, o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci e o marqueteiro João Santana. O processo apura a “conta corrente da propina” mantida por Palocci, o Partido dos Trabalhadores e a Odebrecht.
No termo da audiência, Moro afirma que o sigilo será mantido até que o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgue as delações premiadas da empreiteira ou que seja aberta a fase de alegações finais do processo, em que o MPF e os réus têm a última oportunidade de se manifestar antes da sentença.
LAVA-JATO FEZ A COISA MAIS SEM-VERGONHA QUE ACONTECEU NESTE PAÍS, DIZ LULA
Durante o evento organizado pelo PT para discutir a Lava Jato em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a operação fez "a coisa mais sem-vergonha" que aconteceu no Brasil, dirigindo ataques ao juiz Sérgio Moro e aos membros do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. Ele afirmou ainda que Moro, o procurador Deltan Dallagnol e "o delegado da Polícia Federal" não têm mais ética, lisura e honestidade do que ele.
"A Lava Jato não precisa de um crime, ela acha alguém para depois tentar colocar um crime em cima de um criminoso. E para isso eles fizeram a coisa mais sem-vergonha que aconteceu nesse país porque um juiz precisa da imprensa para execrar as pessoas, que estão sendo citadas, junto à opinião pública e depois facilitar o julgamento", afirmou o petista.
Ele citou o juiz que coordena as investigações em Curitiba e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato no MPF. "Eu tenho dito que eles deram um azar muito grande porque foram mexer com quem eles não deveriam ter mexido. Nem o Moro, nem o Dallagnol, nem o delegado da Polícia Federal têm a lisura, a ética e a honestidade que eu tenho nestes 70 anos de vida", falou Lula.
Lula se referiu ao interrogatório que vai comparecer em Curitiba no dia 3 de maio e disse que está esperando por qual crime ele será imputado. "Eu duvido que tenha um empresário solto ou preso que diga que um dia o Lula pediu 10 centavos para ele", afirmou. O petista ressaltou que condena que dirigentes partidários peçam dinheiro para empresários. "Nunca permiti que nenhum empresário fizesse isso, e sou amigo de muitos empresários", declarou.
No discurso, o ex-presidente defendeu a aprovação do projeto de lei do abuso de autoridade no Congresso. O texto é visto como ameaça às investigações. Na plateia do evento, estava o senador Roberto Requião (PMDB-PR), relator da proposta no Senado. "A gente não pode deixar de aprovar a lei de abuso de autoridade, porque ninguém está acima da Constituição", afirmou Lula.
Ele pediu que os parlamentares petistas "briguem" mais para aprovar a lei e impedir o abuso de agentes públicos no País. "Nós somos um partido que foi criado para mudar a história desse país, não fomos criados para ficar com medo", disse. No evento, estavam diversos deputados e senadores petistas.
Lula disse que é preciso defender "companheiros" que são acusados sem provas. Na sua fala, não faltaram críticas à imprensa. "É preciso mostrar o outro lado da Lava Jato. A Lava Jato é uma moeda que tem a cara da Globo, das televisões outras, dos jornais, a cara da Veja, da Época, da Istoé, do procurador, da Polícia Federal, tem a cara do Moro. Mas não tem a cara do povo que está sendo prejudicado", disparou.
O petista disse ainda que está sendo vítima de acusações de que ele está antecipando uma candidatura a presidente da República ao fazer atos públicos, como a viagem para a Paraíba nas obras do Rio São Francisco e a manifestação contra a reforma da Previdência na Avenida Paulista. "Agora vão começar outro processo, dizer que estou vetado para ser candidato porque estou em um processo de antecipação de campanha", disse.
O ex-presidente disse que vai se defender, aguardar o julgamento e "ir até a última consequência" nos processos da Lava Jato. "Se eles querem pegar o Lula, não estraguem o Brasil, encontrem outro pretexto, o Brasil é muito maior que o Lula", afirmou. O petista ressaltou que não tem medo das acusações, mas tem preocupação com a democracia e as instituições.
"O QUE AQUELE MOLEQUE CONHECE DE POLÍTICA?", DIZ LULA SOBRE DALLAGNOL
Réu em cinco processos, três deles provenientes da Lava-Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou o procurador da República, Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, de "moleque". Segundo Lula, Dallagnol, que é fiel da Igreja Batista, acha que "sentar em cima da Bíblia dele" é a solução dos problemas do país.
"Fomos criados para mudar a história deste país e para agir corretamente. Quem comete erro paga pelo erro que cometeu. A instituição é muito forte. E aquele Dallagnol sugerir que o PT foi criado para ser uma organização criminosa... O que aquele moleque conhece de política? Ele nem sabe como se monta um governo. Não tem a menor noção. Ele acha que sentar em cima da Bíblia dele dá a solução de tudo", disse Lula no encerramento do seminário "O que a Lava-Jato tem feito pelo Brasil" promovido pelo PT.
Com a voz fraca e abatido por uma virose, Lula falou menos de 10 minutos e chegou a chorar ao dizer que fez um esforço para comparecer ao evento apenas para dar uma satisfação aos mais de 200 convidados que lotaram o auditório de um hotel em São Paulo. Além de dirigentes petistas, o seminário contou com a presença de juristas, jornalistas, petroleiros e políticos de outros partidos.
No discurso, Lula também defendeu o projeto de lei do abuso de autoridade. A posição do ex-presidente foi endossada pelo presidente do PT, Rui Falcão. "O que o Lula falou é o que nós achamos também. Ninguém pode se colocar acima da lei", disse Falcão.
Os participantes do evento defenderam as investigações da Lava-Jato, mas destacaram os supostos abusos da força-tarefa. Lula desafiou os procuradores a apontarem quais crimes ele cometeu. "Estou na expectativa para saber qual é o crime que será imputado a mim. Vou nessa briga até o fim. Não tenho negociata. Eles vão ter que provar", disse o ex-presidente.