Por Edson Rodrigues
Já dizia o velho sábio, que “não se faz limonada sem limões”. Pois, no Tocantins a limonada terá sabor de “ectoplasma”, a substância da qual, segundo os cientistas, são compostos os fantasmas e, os limões, serão as dezenas, talvez centenas, de pessoas que recebem salário sem nunca mover uma palha em benefício do Estado.
Os “limões” podem estar espalhados por diversos órgãos públicos e o recadastramento dirá, não só onde estão lotados, mas quem lhes dá frequência e quem os contratou, colocando em pratos limpos os desmandos ocorridos em governos anteriores ou, até mesmo, no próprio governo Carlesse, sem o conhecimento do Chefe do Executivo.
Já está definido que, após a identificação de contratado e contratador, a penalidade será a devolução do total dos proventos recebidos irregularmente, devidamente acrescidos de juros e correções.
CASO ANTIGO
A ação é um presente do governo Carlesse para a população Tocantinense, que deixará de pagar salários a quem não trabalha, assim como para o próprio governo, que terá mais fôlego para investir em infraerstrutura, evitando um desgaste para si próprio e provando que a prática dos empregos fantasmas vem desde os primórdios do Tocantins e descolando da imagem de Mauro Carlesse a responsabilidade pela presença desses “gafanhotos” na folha salarial.
O Paralelo 13 sabe e já denunciou em suas páginas casos antigos de funcionários fantasmas, inclusive no Escritório de Representação em Goiânia, mas nunca soube de ações governamentais para coibir a prática.
Logo, esse recadastramento que o governo Carlesse está implantando, é uma atitude acertadíssima, que pode, enfim, estancar de vez esse verdadeiro vazadouro de dinheiro público e o desrespeito com o patrimônio.
Ser funcionário fantasma, assim como contratá-los, constitui crimes de falsidade ideológica e improbidade administrativa, sem contar com os danos ao erário público. Esperamos, então, que, após tudo apurado pela Polícia Civil, as denúncias devem ser apresentadas ao Ministério Público e os beneficiados e seus cúmplices investigados e, com a comprovação da culpa, punidos exemplarmente.
Como já dissemos anteriormente, o recadastramento dos servidores públicos estaduais é a comprovação de que Mauro Carlesse quer dar um tom diferenciado ao seu governo, trazendo para si a assertividade da conduta e o descolamento de tudo o que foi feito de errado no passado.
Comprova, também, que a hora do palanque já acabou. É hora de mais ação e menos fofoca, e de construir o futuro político do Tocantins, com uma equipe de assessores que sabe que não disputará nenhuma eleição, que não serão candidatos, logo, não precisam de “popularidade” ou evitar “rejeição”, mas, sim, fazer a máquina administrativa funcionar da melhor maneira possível.
Um verdadeiro presente de Natal para todos os tocan
VEJA E ISTOÉ TRAZEM O CASO JOÃO DE DEUS NA CAPA E ÉPOCA TRAÇA UM PERFIL DO FILHO PREDILETO DE JAIR BOLSONARO
VEJA
“Meu pai é um monstro”
Em apenas três dias, desde que o programa Conversa com Bial e o jornal O Globo revelaram as denúncias de mulheres que teriam sido sexualmente assediadas por João Teixeira de Faria, o João de Deus, de 77 anos, deu-se uma avalanche terrena contra o médium mais celebrado do Brasil.
O Ministério Público registrou o relato de mais de 300 vítimas, com roteiro parecido: elas foram abusadas dentro de uma sala da Casa de Dom Inácio de Loyola, o centro de atendimento de João de Deus na pequena cidade de Abadiânia, no interior de Goiás, local onde o guru diz curar os males de mais de 300 000 peregrinos anuais.
O algoz, prometendo oferecer “limpeza espiritual”, pedia que as presas tocassem em seu pênis, tocava-as, abordava-as pelas costas, e, de acordo com pelo menos uma acusação, teria cometido estupro com penetração.
Dada a quantidade de queixas, criou-se uma força- tarefa com cinco promotores e duas psicólogas para estimular as denúncias. “Recebemos relatos de moradoras de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Mato Grosso”, diz a promotora Patrícia Otoni, do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos de Goiás. Na quarta- feira 12, o MP pediu a prisão preventiva do cirurgião espírita.
Ao reaparecer em Abadiânia, depois do escândalo, João de Deus foi recebido por pessoas que continuavam a reverenciar seus poderes. Uma senhora gritou contra os jornalistas que acompanhavam a cena: “Vocês terão câncer e voltarão todos aqui para se curar”. Suado e nervoso, o acusado chegou a fazer uma rápida peroração em defesa própria. “Irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. Quero cumprir a lei brasileira. Estou nas mãos da Justiça”, disse.
A depender da narrativa de Dalva Teixeira, filha de 49 anos de João de Deus, feita com exclusividade para VEJA, as dificuldades nos tribunais podem estar apenas começando. “Meu pai é um monstro”, afirma ela. Dalva contou ter sido coagida, molestada e espancada pelo próprio pai. A violência começou quando ela tinha apenas 10 anos de idade.
ISTOÉ
Eles pensavam que eram deuses e viraram maníacos sexuais
O médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, vinha exercendo tranquilamente seus supostos poderes paranormais em Abadiânia, Goiás, há 44 anos. Graças à sua fama, o lugar virou um dos principais polos de peregrinação espiritual do mundo.
Chamada de centro de medicina da alma, a Casa de Dom Inácio de Loyola atraia pelo menos dez mil pessoas para a cidade todos os meses, boa parte estrangeiros, e parecia um lugar abençoado, repleto de entidades mágicas onde as pessoas procuravam e encontravam algum tipo de cura e paz de espírito.
Pura ilusão. Mostrou-se agora que o lar de João de Deus era também um templo da perdição. Uma sala privativa localizada na saída do espaço de atendimento coletivo funcionava como o covil de um assediador em série.
As mulheres iam buscar consolo para a alma em consultas individuais, normalmente convocadas pelo próprio médium, e se deparavam com ele seminu, fazendo atos obscenos e prometendo a cura para as que tocassem em seu pênis.
João de Deus, de 76 anos, é mais um típico caso de um homem poderoso e protegido que age descontroladamente com a crença na impunidade, sem perceber que o mundo mudou. As primeiras denúncias que vieram a público indicam que ele tem cometido abusos persistentes desde os anos 1990 pelo menos, contra brasileiras e estrangeiras.
Seu caso se assemelha muito ao do ex-médico Roger Abdelmassih, que atacou dezenas de mulheres por duas décadas durante as consultas em sua clínica de reprodução assistida, em São Paulo. Como Abdelmassih, João de Deus também se valia de sua condição de superioridade sobre as mulheres para tentar abusar delas.
Ambos atacavam suas vítimas em momentos de fragilidade. Se na clínica do ex-médico elas tinham o sonho de um filho, na Casa Dom Inácio elas buscavam uma cura milagrosa. Mas nos dois casos acabaram encontrando o sofrimento e o trauma. Abdelmassih acabou condenado em 2010 a 181 anos de cadeia por 56 casos de violência sexual contra 39 mulheres e hoje cumpre pena em casa.
A Promotoria de Justiça de Goiás solicitou, quarta-feira (12), a prisão preventiva de João de Deus.
ÉPOCA
O predileto
Carlos Bolsonaro foi o primeiro dos filhos do presidente eleito a ingressar na política, em 2000, quando conquistou uma vaga na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, pouco antes de completar 18 anos. Carluxo, para além de um cão raivoso – na definição dada pelo pai –, tornou-se um influenciador de peso nas decisões do futuro presidente. Ao contrário dos irmãos Flávio (o primogênito, deputado estadual e senador eleito) e Eduardo (deputado federal reeleito), costuma receber afagos deBolsonaro e tem o rosto do pai tatuado no braço direito.
O mais avesso à imprensa entre os ariscos membros da família Bolsonaro é um apaixonado por armas – frequenta clubes de tiros – e redes sociais. Durante a campanha, ficou responsável por cuidar dos perfis do pai. Na transição, tem influenciado nomeações, indicando que continua com forte atuação nos bastidores, apesar de não ter se concretizado sua ida para a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom). A reportagem de capa de ÉPOCA desta semana traz um perfil sobre Carlos Bolsonaro, apelidado de Rambo, o mentor do clã na internet.
Está no portal G1: “dos 27 governadores que tomam posse ou permanecem no cargo a partir de janeiro do ano que vem, seis vão começar o mandato com uma situação fiscal considerada muito boa ou boa
Por Edson Rodrigues
O tamanho do desafio dos governadores foi mensurado por um estudo realizado pela Tendências Consultorias Integrada. De acordo com o levantamento, apenas os governadores de Amapá, Espírito Santo, Amazonas, Rondônia, Tocantins e Paraíba receberão as contas públicas em boas condições.”
Isso significa que, apesar dos pesares, a equipe econômica e administrativa do governo Mauro Carlesse vem conseguindo atingir a meta de equilibrar as finanças do Estado e preparar o terreno para uma recuperação gradual e constante.
Segundo um dos técnicos que faz parte da força-tarefa que vem elaborando o plano de enquadramento do Tocantins à Lei de Responsabilidade Fiscal, até o mês de maio de 2019 o Estado deve saltar para o grupo das quatro unidades federativas com melhor situação econômica.
O técnico explica que as medidas que serão postas em prática a partir de 2019, darão ao governador, Mauro Carlesse, condições de investir em infraestrutura e na prestação de serviços públicos de qualidade nas áreas da Saúde, Educação e Segurança Pública, entre outras.
Os estado estará, também, apto a contrair empréstimos nas instituições financeiras nacionais e internacionais, graças, ainda segundo o membro da força-tarefa, a “um planejamento realista e de responsabilidade e, não mais como uma ‘casa da mãe Joana’, quando foram concedidos aumentos salariais astronômicos, obras superfaturadas e um Legislativo omisso e covarde, que quase levaram o Tocantins a um colapso financeiro”.
O técnico explica que essa situação de descontrole no passado foi agravada com os sucessivos processos de cassação chefe do Executivo, renúncias, por um quase processo de impeachment e as eleições suplementares, que geraram um clima de instabilidade econômica e administrativa.
RECUPERAÇÃO
Nossa fonte revelou, também, que o governador Mauro Carlesse tem condições de fazer essa recuperação econômica acontecer em paralelo com investimentos na recuperação da malha viária, na construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional, e que muitas surpresas ainda podem vir, ainda este ano, dos lados de Brasília, onde, nos últimos 14 dias, membros do governo do Estado estiveram realizando encontros e reuniões com congressistas e futuros congressistas, com a intenção de garantir recursos, como a própria fonte diz, “na rapa do tacho” do fim do governo Michel Temer.
Os assessores foram bem sucedidos e, em breve, o governador Mauro Carlesse deve trazer a público o resultado desse trabalho, com boas surpresas.
Ao que tudo indica, bons ventos voltam a soprar pelas bandas tocantinenses.
Que Deus nos abençoe!
Por Élcio Mendes
O governador do Tocantins, Mauro Carlesse, prestigiou a posse do procurador-geral de Justiça, José Omar de Almeida Junior, que foi reconduzido ao cargo e estará à frente da administração do Ministério Público Estadual (MPE) pelos próximos dois anos. A sessão solene do Colégio de Procuradores de Justiça ocorreu na manhã desta sexta-feira, 14, em sessão no auditório do Ministério Público do Estado do Tocantins, em Palmas.
José Omar de Almeida Junior foi nomeado pelo governador Mauro Carlesse no último dia 31 de outubro, após ter sido o candidato mais votado na eleição para a formação da lista tríplice entregue ao chefe do Poder Executivo, para a escolha do procurador-geral de Justiça.
Na ocasião, o governador Mauro Carlesse destacou a importância do Ministério Público para o fortalecimento da Democracia. “É uma instituição essencial e sua atuação firme e independente fortalece a Democracia. Nossa presença aqui, hoje, representa o respeito que temos por todos os integrantes do Ministério Público e para desejar que o Dr. José Omar tenha uma gestão de sucesso”, afirmou.
O procurador-geral de Justiça reafirmou a independência da atuação do MP e destacou a importância da separação dos Poderes, mas com uma convivência harmônica e respeitosa.
Presentes
Participaram da solenidade a presidente da Assembleia Legislativa, deputada Luana Ribeiro; o corregedor-geral de Justiça, desembargador Helvécio Maia Brito; o defensor público geral, Murilo Machado; o presidente em exercício do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Severiano Costandrade; a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro; o presidente da OAB/TO, Walter Ohofugi; deputados, vereadores, secretários de Estado, membros e servidores do Ministério Público, além de familiares do empossado.
Mais de 300 mulheres procuraram o Ministério Público de Goiás para relatar casos de abusos sexuais sofridos durante atendimentos espirituais; ele nega
Por iG São Paulo
A Justiça de Goiás determinou, nesta sexta-feira (14), a prisão preventiva de João de Deus. O médium é suspeito de praticar uma sequência de abusos sexuais durante os mais de 40 anos em que oferece tratamentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, Goiás.
João de Deus é alvo de pelo menos 330 denúncias de abuso sexual. O grande número de casos – revelados após a divulgação de depoimentos de vítimas na última semana – fez com que o órgão convocasse a titular da promotoria de Abadiânia, Cristiane Marques, que estava de férias, para reforçar a força-tarefa que investiga as acusações
Na última quarta-feira (12), o Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) chegou a protocolar um pedido de prisão contra o médium na promotoria de Abadiânia. No entanto, não se sabe ainda se este é o pedido que originou a decisão.
Também foi na quarta a última vez que João foi visto em público. Nesse dia, ele tentou voltar a trabalhar, pela primeira vez após a explosão do escândalo, mas ficou apenas dez minutos na Casa Dom Inácio Loyola e se retirou, dizendo que não estava sob condições de realizar atendimentos.
Em paralelo ao MP-GO, as promotorias de Justiça Criminais do Ministério Público de outros estados também estão recebendo denúncias e auxiliando o Ministério Público de Goiás na apuração, colhendo os depoimentos das denunciantes que não moram em Goiás. Há denúncias de pessoas que moram, inclusive, fora do País.
O advogado que representa o médium, Alberto Zacharias Toron, disse na noite de quarta ao iG que era cedo para qualquer manisfestação sobre o pedido de prisão, uma vez que a defesa não havia tido acesso ao teor da acusação.
"Sem conhecer os termos pelos quais ele foi veiculado, fica difícil de me manisfestar. De qualquer modo, eu ressalto que João continua em Abadiânia à disposição das autoridades", afirmou o advogado.
Com a quantidade acumulada de denúncias de abuso sexual, João de Deus poderá "quebrar o recorde" de outro caso famoso, do ex-médico de reprodução assistida Roger Abdelmasshih. Ele foi condenado a 278 anos de prisão por ter cometido 52 estupros e quatro tentativas de estupro a 39 mulheres diferentes. Nesse processo, foram ouvidas mais de 200 pessoas, entre elas 130 testemunhas de defesa e 35 mulheres que acusavam o médico..