Levantamento reuniu preços de carros de nove montadoras que anunciaram descontos após medida do governo
Por Sophia Camargo
A medida do governo para reduzir o preço dos carros zero quilômetro resultou em descontos de até 15% nos modelos zero quilômetro de nove montadoras, segundo levantamento desta coluna.
Foram consultadas as seguintes montadoras: Citröen, Chevrolet, Fiat, Jeep, Hyundai, Honda, Peugeot, Renault, Toyota e Volkswagen. A assessoria da Honda não enviou resposta até o fechamento desta reportagem.
Duas montadoras ofereceram o maior desconto: Fiat e Hyundai. O desconto no Fiat Cronos chega a 15,1%. O modelo HB20 Sense, da montadora sul-coreana teve desconto de 14,9%.
Os menores preços ficaram com os carros da italiana Fiat e da francesa Renault. O Fiat Mobi e o Renault Kwid custam, já com o desconto, a partir de R$ 58.990.
A Chevrolet foi a montadora que baixou o preço do maior número de modelos, seguida pela Fiat (21 e 17 modelos, respectivamente).
As linhas marcadas em amarelo na tabela correspondem aos maiores descontos de cada montadora.
Veja, a seguir, a lista com os valores dos carros:
Dado é dos 26 estados e DF e aparece em relatório do Ministério da Saúde sobre novo programa que pretende reduzir espera por cirurgias eletivas, exames e consultas
Por Marina Pagno, g1
Mais de um milhão de pessoas estão na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para a realização de cirurgias eletivas em todo o Brasil. O número aparece no relatório mais recente do Ministério da Saúde sobre o andamento de um novo programa do governo federal, que pretende repassar recursos para reduzir a espera por cirurgias, exames e consultas na rede pública de saúde.
Contexto: Lançado em janeiro, o Programa Nacional de Redução das Filas (PNRF) foi uma das bandeiras dos primeiros 100 dias da terceira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na primeira etapa, a prioridade são as cirurgias eletivas, que são procedimentos já marcados e sem urgência.
Os 26 estados e o Distrito Federal elaboraram planos com o detalhamento da quantidade de pessoas na fila e os procedimentos cirúrgicos mais aguardados em cada localidade e encaminharam ao Ministério da Saúde. Esse levantamento durou cerca de três meses e foi concluído na última semana:
O tamanho da fila de espera por cirurgias eletivas é de 1.082.795 pessoas em todo o Brasil.
487.646 cirurgias serão realizadas por meio do programa do governo federal.
Com isso, a fila das cirurgias eletivas será reduzida em 45%.
Até então, não havia um número exato de pessoas na chamada 'fila do SUS'. O detalhamento feito pelos estados ajudou o governo federal a ter uma noção sobre a espera pelos procedimentos de saúde na rede pública de uma maneira nacional.
Desde março, o Ministério da Saúde iniciou a transferência de dinheiro para que estados e municípios possam realizar mutirões de atendimentos - são R$ 200 milhões apenas para desafogar a fila de cirurgias eletivas. Após essa etapa, o governo federal planeja seguir com o programa para tentar reduzir as filas de espera por exames e consultas especializadas.
Como funciona? O ministério envia um terço do dinheiro previsto após a aprovação do plano estadual e o restante é repassado depois da realização dos procedimentos.
Fila por estado
Goiás é o estado que tem a maior fila para cirurgias eletivas no SUS (125.894), seguido de São Paulo (111.271), Rio Grande do Sul (108.066) e Pernambuco (103.955).
Para alguns estados, a perspectiva é boa: Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Sergipe e Tocantins pretendem zerar a fila de espera por cirurgias eletivas no âmbito do programa do governo federal. Em outros, no entanto, a redução fica abaixo de 50%, como é o caso de Amazonas, Goiás e Santa Catarina.
Represamento pós-pandemia
A espera por cirurgias, consultas e exames no SUS sempre existiu, mas ficou ainda maior após a pandemia da Covid-19, quando cirurgias não urgentes foram paralisadas. E, consequentemente, as filas aumentaram.
Para a professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) Marília Louvison, o programa do governo federal pode ser efetivo para resolver o represamento agravado nos últimos anos. Mas, segundo ela, é preciso avançar para uma melhor organização dos processos.
"Filas sempre existirão. É preciso fazer a gestão das filas para garantir tempo oportuno para resolver as necessidades da população, em cada território", afirmou Marília.
A tendência, porém, é de que a fila não ande tão rápido como o esperado pelos pacientes. Um dos motivos está na contratação de mão-de-obra capaz de atender as demandas represadas, sem esquecer dos atendimentos de saúde que ocorrem fora das filas.
"Uma das dificuldades que faz o programa ter maior lentidão é a necessidade de identificar os prestadores capazes de assumir essa oferta adicional, porque a rotina continuará acontecendo normalmente, considerando especificidade, especialidade e complexidade cirúrgica", afirmou a professora Marília Louvison.
As cirurgias mais esperadas
A facoemulsificação com implante de lente intraocular dobrável, mais conhecida como cirurgia de catarata, é a que tem a maior fila declarada: mais de 167 mil pessoas aguardam o procedimento.
A cirurgia de catarata é um procedimento simples e moderno, um dos mais feitos na oftalmologia, e é a única forma de tratamento para a doença, que deixa a lente interna do olho opaca, gerando perda de visão. Com a cirurgia, o paciente pode voltar a enxergar.
Ranking dos procedimentos com mais demanda
No ranking dos 10 principais procedimentos cirúrgicos com maior demanda e que serão realizados, em parte, pelo programa do governo federal, também estão:
colecistectomia (retirada da vesícula biliar);
hernioplastias (tratamento de hérnia em diferentes partes do corpo);
histerectomia (remoção do útero);
laqueadura e vasectomia (procedimentos de esterilização);
tratamento cirúrgico de varizes.
A cidade de Gurupi está em luto pelo falecimento da jornalista Leilane Macedo de Oliveira, da Secretaria de Comunicação e da fisioterapeuta, Hosana Santos Andrade, da Secretaria de Saúde. E também pela morte da escritora Luana Carvalho. As três faleceram em acidente automobilístico na noite desta sexta-feira, 9, na BR-153, próximo a Uruaçu, em Goiás.
Neste momento de profunda dor e tristeza, a Prefeitura de Gurupi, em nome de todos os seus servidores, expressa o mais profundo sentimento de pesar aos amigos e familiares de Leilane, Hosana e Luana.
Rogamos a Deus, para que em sua infinita bondade, possa confortar o coração de todos.
Josi Nunes
Prefeita de Gurupi
Élcio Mendes
Secretário de Comunicação
Sinvaldo Moraes
Secretário de Saúde
O ex-procurador e deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) divulgou vídeo na noite desta quinta-feira, 8, em que se diz revoltado com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de manter sua condenação em processo que pede o ressarcimento de valores gastos indevidamente com a Operação Lava Jato. No ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) condenou Deltan, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e e o ex-procurador-chefe do Ministério Público no Paraná João Vicente Beraldo a devolverem R$ 2,8 milhões aos cofres públicos pelo pagamento de diárias e passagens a integrantes da força-tarefa.
Por Alessandra Monnerat
“Mais uma bomba foi jogada em mim essa semana e agora também sobre a minha família. Eu fico me perguntando onde está a Justiça nesse País, eu tô revoltado”, afirmou o ex-parlamentar em vídeo divulgado nas redes sociais.
Veja o protesto de Deltan Dallagnol
Onde está a justiça no Brasil? pic.twitter.com/NdTWahyXUr
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) June 8, 2023
Desde 2020, o TCU apura gastos relativos a pagamento de diárias e passagens a integrantes da operação Lava Jato. Em junho do ano passado, o juiz Augusto César Pansini Gonçalves, da 6.ª Vara Federal de Curitiba, decidiu suspender o processo do Tribunal de Contas. Ele disse que Deltan não foi o ordenador de despesas e não “arquitetou o modelo de pagamento das diárias e passagens dos colegas”. Mais tarde naquele mesmo mês, o então presidente do STJ, ministro Humberto Martins, suspendeu a decisão de Curitiba e autorizou a continuação do processo no TCU. Ele entendeu que a Justiça do Paraná havia ferido a autonomia do Tribunal de Contas.
Assim, em agosto do ano passado, Deltan foi condenado pela 2.ª Câmara Ordinária do TCU, que viu “ato de gestão ilegítimo e antieconômico” na Lava Jato em Curitiba. Dallagnol, Janot e Beraldo teriam de pagar solidariamente R$ 2,831,808,17, além de multa individual de R$ 200 mil. No mês seguinte, o Tribunal de Contas acolheu um recurso do ex-procurador-chefe do MP e aprovou suas contas com ressalvas. Isso livrou Beraldo do processo.
Em dezembro de 2022, no entanto, a 6ª Vara Federal de Curitiba anulou o acórdão do TCU que condenou Deltan, e a decisão foi confirmada no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Agora, o STJ decidiu novamente manter aberto o processo do ex-deputado no TCU, por 6 votos a 5. O julgamento ocorreu na quarta-feira, 7. A Corte Especial do STJ analisava um recurso de Dallagnol contra a decisão de Humberto Martins de junho de 2022. Manteve-se o entendimento anterior, de que a Justiça Federal do Paraná violou a ordem pública ao suspender a ação do Tribunal de Contas.
Deltan afirmou ser vítima de perseguição política. O ex-procurador da Lava Jato perdeu o mandato de deputado nesta semana, após a Câmara executar a decisão do Tribunal Superior Eleitoiral; nesta sexta-feira, 9, o Supremo Tribunal Federal (STF) decide se sua vaga vai para o suplente, Luiz Carlos Hauly. A Corte analisa agora sentença monocrática do ministro Dias Toffoli, que contemplou Hauly em detrimento de um candidato do PL.
“Eles estão cobrando de mim o dinheiro gasto para a Lava Jato funcionar, o dinheiro de diárias, passagens que foram pagas para outros procuradores virem toda semana trabalhar em Curitiba e recuperar R$ 15 bilhões”, disse Deltan. “A parte política do TCU quer acabar com o patrimônio de quem combateu a corrupção. Eles querem que quem ousou combater a corrupção pague o preço nesse País, com seu mandato, com seu patrimônio e com a vida da sua família”.
Ao ser cassado por decisão do TSE – que entendeu que o ex-procurador burlou a Lei da Ficha Limpa ao se exonerar do Ministério Público Federal – Deltan perdeu o salário de deputado, de R$ 41 mil. Porém, o Podemos já ofereceu ao ex-parlamentar um cargo no partido. A ideia é que ele assuma um projeto de formação de novas lideranças políticas.
Em aparição no programa Roda Viva no fim de junho, Deltan afirmou que sua cassação foi uma reação do “sistema corrupto” contra a atuação da força-tarefa. “No Brasil eles não querem só impunidade, querem vingança”, disse. Anteriormente, ao Estadão, declarou que a decisão do TSE foi fraudada. “Eu roubei, me corrompi, abusei, torturei? Não”.
Oposição ironiza: ‘Faz o Pix’
O vídeo de Deltan foi ironizado por perfis críticos ao algoz do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato; no Twitter, o protesto do ex-procurador foi compartilhado para levantar a hashtag “Faz o Pix, Deltan”.
Medida seria voltada aos profissionais da saúde e da segurança pública do Estado: “quem salva vidas merece esse reconhecimento”, justifica
Com Assessoria
O deputado estadual Eduardo Mantoan (PSDB) apresentou requerimento na Assembleia Legislativa solicitando envio de pedido ao governador do Estado um estudo para analisar a possibilidade de contar em dobro o tempo trabalhado pelos servidores estaduais dos sistemas de saúde e segurança durante a pandemia da Covid-19 para fins de aposentadoria.
O requerimento pede que o expediente também seja encaminhado aos secretários de Saúde, Administração, Segurança Pública e ao presidente do Igeprev -Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins.
“Durante esse período crítico, esses servidores públicos atuaram na linha de frente, arriscando suas vidas e trabalhando em condições adversas para garantir a segurança, o bem-estar e o atendimento de qualidade à população tocantinense. É inegável que a dedicação e o esforço desses profissionais foram essenciais para mitigar os impactos da pandemia e preservar vidas em nosso Estado. No entanto, é importante reconhecer que essa atuação extraordinária pode ter implicado desgastes físico e emocional, além de colocar em risco extremo a própria saúde e a de seus familiares”, justificou o parlamentar.
Para Mantoan, a medida teria o propósito de reconhecer e valorizar o esforço dos profissionais, proporcionando um benefício previdenciário justo e adequado como forma de compensar o compromisso, o empenho e os perigos extremos enfrentados durante a crise de proporções excepcionais. “Quem salva vidas, merece esse reconhecimento”, salientou o deputado.