Já nem se discute mais os motivos ou vantagens que levaram as famílias Miranda e Abreu a unir suas forças políticas a, exatamente, 18 dias das eleições de dois de outubro. Marcelo e Dulce Miranda é Kátia Regina Abreu estão juntos pela manutenção de suas carreiras políticas, pelo mandato e pela permanência no poder. As evidências falam por si só.
Por Edson Rodrigues
O parecer final sobre essa união, repentina e inimaginável, será dado nas urnas, pelo único e maioral juiz, que é o eleitor. Será ele quem irá saber separar os homens e as mulheres de bem, os bem-intencionados, dos picaretas e lobos vestidos de cordeiro que sempre povoaram o cenário político tocantinense.
Nesta quarta-feira a senadora Kátia Abreu apresentará o casal Miranda – ex-governador, presidente do MDB estadual e candidato a deputado estadual e Dulce Miranda, deputada federal e candidata à reeleição – como o grande reforço político para sua candidatura à reeleição para o Senado.
FATO INACREDITÁVEL
Quando O Paralelo 13 fala em suas Análises e Panoramas Políticos que o eleitor tocantinense verá muitos “elefantes voando”, ou seja, fatos inacreditáveis, é justamente se referindo a fatos como esta união entre as famílias Miranda e Abreu.
Em várias e várias entrevistas concedidas por Marcelo Miranda, em diversos momentos da sua carreira política, ele foi enfático em afirmar que jamais estaria em um mesmo palanque que Kátia Abreu. Mas, como dizia nossos saudoso Salomão Wenceslau: “político muda de lado com a mesma facilidade com que muda de camisa”, ou o também saudoso Teotônio Vilela: “o importante para o político é permanecer no poder”.
UTI
Enquanto alinhavam os últimos detalhes dessa “união estável”, Kátia Abreu, do alto de vários mandatos de deputada federal, dois de senadora, ex-ministra da Agricultura no governo de sua amiga pessoal, Dilma Rousseff, e ex-candidata a vice-presidente da república na chapa de Ciro Gomes nas últimas eleições presidenciais, Marcelo Miranda, três vezes governador do Tocantins, duas vezes deputado estadual e duas vezes presidente da Assembleia Legislativa, e a deputada federal por dois mandatos consecutivos, Dulce Miranda, sabem que a “união de forças” que estão celebrando, está sendo vista nos bastidores como uma “UTI” política.
Traduzindo, Última Tentativa do Indivíduo, ou seja, um ato mais de desespero do que de articulação política, pois, caso não consigam a vitória nestas eleições, a tendência é de que sejam varridos da vida pública. Isso é fato!
Kátia Abreu não tem nada a explicar à sociedade e aos eleitores tocantinenses, pois está em busca de sua reeleição da mesma forma com que buscou as demais eleições: como um trator, passando por cima de tudo, principalmente de convenções e ideologias políticas para conseguir seu objetivo.
Rejeitada por quase todos os deputados estaduais, e desprestigiada pelos candidatos a governador Paulo Mourão, Wanderlei Barbosa, Ronaldo Dimas e Osires Damaso (este quando ainda era), Kátia conseguiu encontrar em Marcelo Miranda alguém que, teve frustrada a tentativa de ser candidato a senador e que, assim como sua esposa, estava em dificuldades para ver uma eleição fácil, ele para deputado estadual e ele para continuar deputada federal, por conta de suas nominatas.
ASSUNTO INTERNO
Já Marcelo Miranda, presidente estadual do MDB, e a deputada federal Dulce Miranda têm muito a explicar e esclarecer sobre o porquê dessa guinada radical em suas opiniões e posições políticas.
Não só porque Dulce foi eleita pelo MDB com milhares de votos de emedebistas e de não emedebistas, mas porque o próprio Marcelo articulou e comandou a campanha de sua esposa se atendo às posições emedebistas em todo o Estado, com apoio de candidatos a deputado estadual de todas as regiões, inclusive a de não se aproximar, politicamente, de Kátia Abreu.
Mas, este é um assunto a ser explicado pelos Miranda, internamente, em seu partido, um assunto entre o presidente da legenda, seus deputados, seus prefeitos e seus vereadores. Justamente pelo passado político de Marcelo Miranda, é de se esperar que seja franqueado aos membros do MDB o direito de seguir ou não o mesmo caminho tomado pelo presidente do partido, ou seja, só votará em Marcelo, em Dulce Miranda e em Kátia Abreu quem quiser e assim bem entender, pois ficou claro que esse conluio com Kátia Abreu é menos que um casamento sem amor e não tem nada de “estável” na união.
Nesta união não haverá empate. Ou ganha ou perde. Ou céu ou inferno. E quem decide é o eleitor.
Tomara que Nosso senhor, Jesus Cristo, ilumine os eleitores tocantinenses para poder discernir entre tantas reviravoltas, as que são saudáveis para a política tocantinense e as que são nocivas para o futuro do Estado.
O resultado desse movimento surpreendente só será sabido no fim do dia dois de outubro que, aliás, está, já, bem próximo, quando for confirmada a lista dos eleitos.
Que Deus nos abençoe!
Jorge Kajuru relata que negociação está sendo feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso
Com jornal Opção
O senador Jorge Kajuru (Podemos) afirmou ao Jornal Opção na segunda-feira, 12, que há uma negociação avançada em Brasília para a liberação do pagamento de piso de enfermagem, bloqueado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. No entanto, o recuo do magistrado estaria condicionado à aprovação dos jogos de azar no Congresso Nacional.
“Está sendo negociado em Brasília, para o Barroso recuar, voltar atrás sobre o piso dos enfermeiros. Em compensação Rodrigo Pacheco [presidente do Senado, do PSD de Minas Gerais] vai fazer o quê? Vai colocar para votar o jogo de azar”, assinala o senador.
“Como um ministro do STF faz isso? O que tem o jogo de azar com o piso de enfermagem?”, indaga Kajuru. “Quando houve a decisão do Barroso, houve uma indignação geral, desde a população até as pessoas de bem do Congresso Nacional. Então Rodrigo, um caro muito sério, muito correto, foi conversar com Barroso para falar que a situação estava ruim, que estava sendo pressionado por toda a população.” Nesse momento, frisa o senador, houve a sinalização de que o ministro do Supremo recuaria e, após as eleições, o jogo de azar seria aprovado e o piso de enfermagem liberado.
BTG Pactual e XP travam 'duelo' por ativos de Eike Batista
Por Cynthia Decloedt e Vinicius Neder
O processo de venda direta das debêntures emitidas pela Anglo American e que são parte da massa falida da MMX, do empresário Eike Batista, voltou a ser suspenso, por uma nova ordem do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).
Desta vez, o TJ acatou um recurso contra o processo movido pela Argenta Securities, um dos investidores interessados na aquisição das debêntures. A Argenta havia vencido um leilão realizado em dezembro do ano passado, com uma oferta de R$ 612 milhões, que acabou não sendo integralizada.
As outras duas decisões anteriores de suspensão dadas pelo TJ atenderam a pedidos da defesa de Eike. O TJ determinou a paralisação da venda até que a Juíza Cláudia Helena Batista, da 1.ª Vara Empresarial de Belo Horizonte (MG), se manifestasse sobre questionamentos feitos quanto à lisura do processo.
Fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast disseram que a juíza teria se manifestado hoje quanto aos embargos de declaração de Eike, portanto, dentro do tempo necessário para conduzir a venda. O administrador judicial, Bernardo Bicalho, determinou que o processo de venda terminaria nesta terça-feira, até às 14h, com a escolha do vencedor – o que não ocorreu.
A venda das debêntures – que são tidas como um dos ativos mais valiosos na massa falida da MMX e cujos recursos serão destinados ao pagamento dos credores e do acordo de cooperação firmado por Eike com a Justiça, no âmbito da Lava Jato – tornou-se um campo de batalha. Esses papéis dão direito a royalties de US$ 2,1 bilhões a partir de 2025, por 30 anos – valor que pode oscilar, já que dependem de receitas da MMX.
Venda privada x leilão
No dia 18 de julho, a Justiça mineira decidiu que a venda dos papéis passaria a acontecer em um processo privado, após o leilão público de agosto não ter sido bem sucedido. Para este leilão, a Juíza estabeleceu R$ 1,25 bilhão como preço mínimo para os papéis.
O banco de investimentos BR Partners havia sido nomeado desde o início do processo de venda, no fim do ano passado, para encontrar um comprador para as debêntures. Mas a possibilidade da venda privada eliminou o interesse para este último leilão, uma vez que as ofertas poderiam ser feitas bem abaixo desse valor.
A venda por meio de processo privado foi bastante contestada por vários interessados nas debêntures. A disputa esquentou na semana passada, com a decisão do administrador judicial de aceitar, no último dia 6, proposta de R$ 360 milhões do BTG Pactual, seguindo a orientação do edital do dia 18 de julho.
Embora a orientação já fosse pública desde julho, a juíza deixou claro nos autos que a venda privada estava em andamento, quando o administrador judicial também comunicou as condições para que outros interessados apresentassem propostas até esta segunda-feira, 12.
A XP e o Banco Modal entraram em seguida com uma proposta de R$ 390 milhões. Na venda direta, o administrador judicial também considerou que não mais seria necessário que a BR Partners participasse do processo.
Os advogados de Eike recorreram das decisões da juíza e do administrador judicial, por meio de embargos de declaração, pedindo à juíza esclarecimentos sobre os prazos do processo de venda direta e sobre o valor mínimo estabelecido.
Posteriormente, eles foram à segunda instância, com um mandado de segurança, o qual foi concedido liminar favorável pelo desembargador Newton Teixeira Carvalho, do TJ-MG, no sábado, suspendendo o processo de venda direta. A decisão foi reiterada ontem por um segundo desembargador do tribunal.
Cumprindo todos os requisitos previstos na Legislação Eleitoral, o registro de candidatura à reeleição do deputado federal Vicentinho Júnior (PP) foi deferido nesta segunda-feira, 12, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE).
Com Assessoria
De acordo com a análise foi feita pelo Juiz Auxiliar Rodrigo de Meneses dos Santos “os requisitos legais que credenciam o cidadão a postular uma vaga de Deputado Federal para Eleições Gerais de 2022 foram devidamente cumpridos, em consonância com a Lei nº 9.504/97 e Resolução TSE nº 23.609/2019. Forte no exposto, e acolhendo a manifestação da Procuradoria Regional Eleitoral, DEFIRO o registro de candidatura de VICENTE ALVES DE OLIVEIRA JÚNIOR, postulante ao cargo de Deputado Federal pelo PARTIDO PROGRESSISTAS com o nº 1111 e nome para urna "VICENTINHO JÚNIOR". Com a celeridade que o momento exige, publique-se”.
Vicentinho Júnior pontuou a importância de ter a sua candidatura deferida. “É mais um elemento para que a sociedade possa abraçar e acreditar no nosso projeto, pois é muito comum que alguns candidatos se elejam, mas não assumem por pendências na justiça. Este aval do TRE é mais uma segurança que damos ao eleitor”, concluiu o candidato progressistas.
Rosa Weber é a 3ª mulher a presidir o STF; antes dela, Cármen Lúcia e Ellen Gracie ocuparam o posto
Por: Larissa Arantes
A ministra Rosa Weber assumiu, nesta 2ª feira (12.set), a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Luís Roberto Barroso será o vice-presidente da Corte. Rosa Weber é a 3ª mulher a presidir o STF. Antes dela, a ministra Cármen Lúcia e a ministra aposentada Ellen Gracie também ocuparam o posto. Ao discursar no final da cerimônia, a ministra defendeu o Poder Judiciário independente e forte, a democracia, o sistema eleitoral e a imprensa livre.
"Vivemos tempos particularmente difíceis da vida institucional do país, tempos verdadeiramente perturbadores, de maniqueísmos indesejáveis. O Supremo Tribunal Federal não pode desconhecer essa realidade, até porque tem sido alvo de ataques injustos e reiterados, inclusive, sob a pecha de um mal compreendido ativismo judicial", ressaltou Rosa Weber.
A nova presidente do STF destacou ainda o "respeito às minorias". "A defesa da ordem democrática não pode ser meramente retórica. O principio democrático reside na observância incondicional da supremacia da ordem juridica e do respeito às minorias", completou.
Além das formalidades de posse, também discursaram na solenidade, a ministra Cármen Lúcia e o Procurador-Geral da República, Augusto Aras. "Vossa excelência tem a solidez do conhecimento jurídico aliada ao comedimento dos meios e dos modos com o qual exerce a liderança, o que certamente muito auxiliará a conduzir o Poder Judiciário brasileiro pelas vias democráticas da concretização de direitos, com independência, ética e rigor", afirmou Cármen Lúcia.
O Procurador-Geral da República também se manifestou na solenidade. "A despeito de todo o peso de nossas responsabilidades, temos essa certeza e alegria, quando servimos fielmente a nosso país, em especial neste momento em que teremos mais uma festa democrática, quando a soberania popular será manifestada nas urnas nos próximos dias. Tenho para mim que essa solenidade de posse é uma grande festa cívica porque é a festa de posse da presidente do Supremo Tribunal Federal", disse Aras.
Havia a expectativa para a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) no evento, mas ele não compareceu. O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, também não esteve na solenidade. Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), participaram da cerimônia.