Não há especificações a respeito da origem da dívida do ex-presidente na página da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional
Do R7
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece com um debito de R$ 1.154.170,32 na lista de devedores da Receita Federal, de acordo com dados da PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional).
Não há especificações a respeito da origem da dívida do petista com a União. As cobranças ativas são aquelas já são reconhecidas judicialmente e que aguardam pelo pagamento dos devedores.
Alvo de diversas acusações na Operação Lava Jato, Lula permaneceu preso por um ano, sete meses e um dia na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, após ter sido condenado no processo do tríplex do Guarujá pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Apesar da liberdade imposta após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) pela prisão somente após todos os recursos, Lula segue condenado em duas ações penais na Operação Lava Jato.
Ele também é réu em outros sete casos e foi denunciado ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff pela nomeação como ministro da Casa Civil, em 2016.
Mais 746 casos de Covid-19 são registrados e total de infectados chega a 22.851 no Tocantins. Coronavírus matou 55 no Tocantins na semana
Com Assessoria
Segundo os dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde, o estado contabilizou mais sete mortes e o total atingiu 357.
No número de óbitos, Gurupi registrou a mais forte alta da semana, com 80% — eram 5 óbitos no dia 19 e neste domingo chegaram a 9. Em seguida vem Porto, com crescimento de 30% — de 10 para 13. Na Capital, as mortes aumentaram 17,9% — de 28 para 33 — e, em Araguaína, as vidas perdidas agora são 87 contra 76 no dia 19, ou seja, 11 a mais ou 14,5%. No Estado, o crescimento do número de mortes foi de 18,7%, de 294 para 349, ou seja, em uma semana 55 pessoas morreram por Covid-19.
Gurupi, Porto Nacional e Paraíso tiveram na semana crescimento do número de casos de Covid-19 superior ao de Palmas e Araguaína, onde a doença vem se concentrando, com mais positivações e mortes no Tocantins. A comparação do Boletim Epidemiológico deste domingo, 26, com o do dia 19 mostra que Gurupi teve uma alta de 38,9%, Porto de 33,9% e Paraíso e 32,7%. A Capital registrou um avanço de 24,9% e Araguaína de 17%. Já o Estado viu o número de casos crescer 22,5% no período.
Novos casos
Foram registrados 60 novos diagnósticos em Araguaína, no norte do Tocantins. A cidade é a mais afetada do estado e contabiliza 6.770 casos, além de 90 mortes.
Nesta terça-feira (28) foram registrados 211 novos casos em Palmas. A capital chegou ao total de 4.821 confirmações e 34 mortes.
Segundo a SES, também foram registrados novos casos da doença em Gurupi (82), Colinas do Tocantins (64), Porto Nacional (56), Alvorada (17), Pedro Afonso (14), Wanderlândia (14), Aguiarnópolis (13), Sampaio (11), Carrasco Bonito (10), São Bento do Tocantins (10), Araguanã (8), Tocantinia (8), Esperantina (6), Miracema do Tocantins (6), Nazaré (6), Palmeirante (6), Palmeiras do Tocantins (6), Couto Magalhaes (5), Dianópolis (5), Filadelfia (5), Goiatins (5), Guaraí (5), Riachinho (5), Angico (4), Araguaçú (4), Muricilândia (4), Novo Jardim (4), Rio dos Bois (4), Tabocão (4), Araguatins (3), Bom Jesus do Tocantins (3), Brejinho de Nazaré (3), Buriti do Tocantins (3), Chapada da Natividade (3), Combinado (3), Itaguatins (3), Pium (3), Rio da Conceicao (3), Santa Fé do Araguaia (3), Aparecida do Rio Negro (2), Arapoema (2), Augustinópolis (2), Babaçulândia (2), Formoso do Araguaia (2), Itaporã do Tocantins (2), Lagoa da Confusão (2), Maurilândia do Tocantins (2), Palmeirópolis (2), Peixe (2), Santa Maria do Tocantins (2), Santa Tereza do Tocantins (2), Tocantinópolis (2), Tupirama (2), Xambioá (2), Almas (1), Ananás (1), Aragominas (1), Cariri do Tocantins (1), Carmolândia (1), Colmeia (1), Darcinópolis (1), Dois Irmãos do Tocantins (1), Dueré (1), Figueirópolis (1), Itapiratins (1), Lizarda (1), Monte do Carmo (1), Monte Santo do Tocantins (1), Nova Rosalândia (1), Paraiso do Tocantins (1), Paranã (1), Pindorama do Tocantins (1), Piraque (1), Presidente Kennedy (1), Recursolândia (1), Santa Rita do Tocantins (1), São Sebastião do Tocantins (1) e Taguatinga (1).
O avanço do coronavírus e a consequente paralisação das atividades jogaram luz nos ditos invisíveis, mostrando que mais de 50 milhões de pessoas enquadram-se em uma realidade antes desconhecida
Por Victor Irajá / REVISTA VEJA
O auxílio emergencial, fundamental para que o tombo da economia não fosse tão drástico, foi prorrogado por dois meses, mas o governo trabalha para dar continuidade ao auxílio dos vulneráveis por mais tempo. A forma de pagar essa conta, entretanto, é a grande incógnita. Por isso, o governo prepara um pedido para entidades internacionais, de cerca de 20 bilhões de reais para garantir a manutenção de programas gestados pelos Ministério da Cidadania e da Economia, como o Auxílio Emergencial.
A informalidade mostrou-se mote de um país com dimensões continentais e o problema, gravíssimo. O Brasil, de fato, não estava preparado para ser assolado pela doença. O Ministério da Economia e o Congresso Nacional, vale dizer, agiram rápido para garantir a subsistência dos mais vulneráveis e a manutenção de negócios e empregos, por meio da medida provisória que prevê a suspensão de contratos, redução de salários e a consequente cobertura dos vencimentos por parte do governo. Longeva, a pandemia arrefece de forma muito mais lenta do que o esperado pela equipe econômica — não só por fé ou mandinga, mas pela capacidade de dar continuidade aos programas. O auxílio emergencial foi a bala de prata para manter a economia do país respirando. Assim como necessários para evitar a fome e as mínimas condições, os 600 reais, porém, são, de longe, o programa mais caro engendrado pelo poder público. O custo total ultrapassa os 250 bilhões de reais. Enquanto renasce a ideia de tornar o pagamento de um auxílio de forma permanente, o governo corre para garantir a viabilidade dos pagamentos. Nos bastidores do Ministério da Economia, discute-se algo entre 200 e 300 reais. Mesmo com a redução do valor, o problema está em como pagar essa conta.
Na segunda-feira 27, o ministro Paulo Guedes levou as preocupações ao presidente Jair Bolsonaro, e explicou que a estratégia de comunicação do governo será vender o projeto que estipula um novo imposto nos moldes da CPMF como forma de financiar o auxílio e a nova política de proteção social de forma permanente. O projeto deve ser entregue em 15 de agosto e faz parte das fases da reforma desejada pelo executivo. Consequentemente, o ministro espera entregar um projeto conciso de renda básica, na ressaca do fim dos pagamentos, também em meados do mês que vem. Mas, o governo precisa de dinheiro para o auxílio operar enquanto os projetos tramitam pelo Congresso. Por isso, o ministro preparou um pedido de nababescos 4 bilhões de dólares, mais de 20 bilhões de reais, para entidades internacionais para financiar a extensão dos benefícios elevados a primordiais graças à pandemia.
O Ministério da Economia levará o pedido à Comissão de Financiamento Externo, a Cofiex, um grupo formado por diversas esferas do Executivo para discutir os pedidos de recursos para bancos e entidades internacionais. Na solicitação, que será discutida na quinta-feira 29, o governo preparou uma carta-consulta para a continuidade do programa emergencial de emprego e renda. “O objetivo geral do projeto é contribuir e assegurar níveis mínimos de qualidade de vida às pessoas em vulnerabilidade frente à crise do mercado laboral”, disserta o pedido. Apoiar com recursos financeiros a manutenção de níveis mínimos de renda para pessoas impactadas pelos efeitos econômicos da pandemia da Covid-19, que estejam no setor informal ou sejam trabalhadores independentes”, escrevem os membros da equipe econômica. O pedido é destrinchado, então, por valores.
DINHEIRAMA: Governo pede US$ 4 bilhões para bancos de fomento internacionais – Ministério da Economia
Segundo o documento, ao qual VEJA teve acesso, 1,7 bilhão de dólares, cerca de 8,8 bilhões de reais, seriam utilizados para o financiamento do programa de amparo aos mais vulneráveis, como os informais, como o auxílio emergencial. Outros 960 milhões de dólares, ou quase 5 bilhões de reais, seriam destinados à ampliação do programa Bolsa Família, um dos pilares para a nova política de proteção social. Para um programa de proteção de empregos por meio da assunção de parte dos pagamentos das folha salarial, o governo solicita 550 milhões de dólares e também pede outros 780 milhões de dólares para a expansão dos valores disponíveis para o pagamento do seguro-desemprego. As solicitações serão feitas ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, ao Banco Mundial, ao Banco dos Brics, e a agências de fomento internacionais (veja a imagem acima). É de se lembrar a ironia do expoente liberal Milton Friedman (1912-2006): “Ninguém gasta o dinheiro dos outros com tanto cuidado como gasta o seu próprio”.
Agronegócio
Na mesma reunião onde Guedes passará o chapéu, o Ministério da Agricultura, comandado por Tereza Cristina, também pleiteia recursos. A pasta apresentará um pedido para o Banco Mundial de 200 milhões de dólares, cerca de 1 bilhão de reais, ao Banco Mundial para o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Agropecuária da Amazônia, o Agronorte, e de outros 230 milhões de dólares para a consolidação do similar no Nordeste, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Agropecuário no Nordeste, o AgroNordeste. No primeiro, a carta-consulta destrincha o pedido como necessário para a “implantação de políticas públicas voltadas para a regularização fundiária e ambiental e para implementação de práticas produtivas para acesso a novos e melhores mercados, com foco no fomento à produção rural sustentável, sendo a combinação de regularização e incremento da renda do produtor”, fatores considerados por ela “fundamentais para a desaceleração do desmatamento”.
O pedido, argumenta, seria cerne para a consolidação de um projeto de desenvolvimento da região amazônica, buscando o desenvolvimento de linhas de transmissão de energia e comunicação, por exemplo, para as cidades que ocupam as florestas. A medida, argumenta, seria para “assegurar que as margens das estradas e ferrovias sejam priorizadas na regularização fundiária e ambiental, e que o mesmo tratamento seja dado as áreas de garimpo”. “Tanto margens de estradas quanto áreas de exploração mineral são sujeitas a intensa pressão de desmatamento”, escreve a ministra.
O presidente Jair Bolsonaro: “A floresta não pega fogo”
“A partir da solução dos problemas fundiários, de transporte, energia existem as condições para que ocorra um desenvolvimento econômico sustentável”, argumenta a carta de 34 páginas destinada ao Banco Mundial. “Ao não investir para resolver problemas estruturantes o Brasil continuará a ter sua imagem atacada por movimentos ambientalistas dentro e fora do país”, apela à boa vontade da instituição. “Investidores que hoje já indicam ter dificuldades em apostar no Brasil cumprirão suas ameaças e as exportações brasileiras do agronegócio, hoje responsáveis por quase 50% em valor sofreram boicotes além do que já estão encontrando. O acordo comercial com a União Europeia e outros em discussão serão engavetados”, revela sua preocupação, antes de culpar os governos anteriores pela grave situação do desmatamento na Amazônia.
“Finalmente, é importante lembrar que a situação atual é resultado de políticas equivocadas de governos anteriores, que entre 1997 e 2015 assentaram 600 mil famílias na região, além de incentivar outros milhares. Foram investidos bilhões de reais anualmente para chegar à situação atual, que não irá ter solução sem políticas e ações para resolver os problemas atuais”, escreve, sem citar que a devassa nas florestas registrou aumento de 51% entre janeiro e março em relação ao mesmo período de 2019, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Depois de dissertar sobre os índices de preservação das florestas e bater na tecla, vem o apelo: “Não basta regularizar, é necessário o fomento ao desenvolvimento local, à geração de renda e à melhoria da qualidade de vida da população amazônida, pautado na valorização dos produtos locais e remuneração pelos serviços ambientais prestados globalmente por este território, seja por meios de incremento no valor mínimo do produto ou por meio de instrumentos de mercado para pagamento dos serviços ambientais”. “É necessário desenvolver outros negócios sustentáveis na região”, argumenta o pedido.
ESTRAGO - Amazônia: as queimadas repercutem no mundo
O destino da dinheirama é discriminado pelo pedido. Do total, 150 milhões de dólares seriam utilizados para regularizar os imóveis na região, mais de 45 mil propriedades no Cadastro Ambiental Rural (CAR), segundo o documento. Outros 64,5 milhões para fomentar o “aumento de oportunidades econômicas na região”, entre outras propostas, para conceder área de terras públicas para “exploração sustentável” da floresta e desenvolver assentamentos. Segundo a carta, os recursos seriam capazes de frear a degradação ambiental da região, por meio do desenvolvimento econômico. “Esse potencial pode ser medido pelo grau de acesso ao mercado, conectividade, conhecimento e experiência agrícola”, disserta Tereza Cristina e a Secretaria de Assuntos Econômicos Internacionais, lotada sob o guarda-chuva de Paulo Guedes.
No caso do AgroNordeste, o governo argumenta que os recursos seriam necessários para viabilizar ações de regularização fundiária e ambiental de propriedades e a consolidação de assentamentos da Reforma Agraria para “promover o desenvolvimento agropecuário do Nordeste, mediante o aumento da competitividade de cadeias e clusters produtivas promissoras com base em ações concentradas nos territórios selecionados”. Segundo o pedido, os recursos seriam destinados também a melhorar as condições sanitárias das atividades agropecuárias, especialmente para a produção de frutas na região. Da dinheirama, 107,5 milhões de dólares seriam utilizados para a regularização dos assentamentos, vista como fundamental pelo governo para conseguir punir os desmates ilegais a partir da dotação dos reais donos das terras.
Nos últimos meses, Tereza Cristina vem repetindo aos quatro cantos que não é necessário desmatar a Amazônia, e convocou seus auxiliares para realizar uma série de campanhas para mostrar a qualidade do agronegócio brasileiro — e o quão longe as produções estão das florestas. O vice-presidente Hamilton Mourão, que apinha o cargo com o de presidente do Conselho Amazônia, recebeu na semana passada os presidentes dos três maiores bancos do país e ouviu dos cabeças de Itaú, Bradesco e Santander a disposição para ajudar no périplo, em busca de uma melhora na imagem. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por sua vez, faz voto de silêncio. Isso tudo depois de os três arquitetarem, como mostrou VEJA, os planos para acalmar os ânimos de investidores estrangeiros com o intermédio do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
A régua que foi urdida para medir as artimanhas da política, têm viés dúbio, por ser suas avaliações aritméticas balizadas nas conveniências momentâneas, nos acertos e conchavos da ocasião. Nessa aferição, é natimorta a certeza de que o apalavrado de ontem serve como o acordo de amanhã. Sem condições administrativas de ler essas escalas métricas, o prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia (MDB), abraçado uma desinteligência de fim de festa, sucumbiu a uma desarticulação amadora neste ultimo dia 27 de julho e o Projeto de Lei que propunha suspender os repasses das contribuições patronais ao PreviPorto, foi fragorosamente reprovado pela esmagadora maioria dos legisladores municipais, com um placar de 8 a 4.
Da Redação
É sabido nos quatro cantos do município portuense que neste último dia 13 de julho Porto Nacional celebrou 282 anos de história e 159 anos de Emancipação Política, o que insere o Legislativo Municipal nessa linha do tempo, conferindo-lhe o selo centenário da respeitabilidade e da gloria como poder institucional. Essa rica história de independência e harmonia desta Casa de Leis foi maculada pela maioria dos componentes dessa legislatura, período em que vereadores de ideologias distintas se postaram de joelhos para o Poder Executivo e fizeram da Câmara Municipal um puxadinho do sisudo prédio do Palácio Tocantins.
Essa maioria formada por legisladores municipais, portadores de interesses diversos, durante os últimos 3 anos e sete meses, beberam no pote das benesses “engordativas” oferecidas pelo Poder Executivo, virando as constas para a coletividade, jogando no lixo os compromissos firmados com o povo durantes suas campanhas do pleito passado rumo a Câmara Municipal, alguns deles até com passagem pelas dependências do presidio local, não como visitante, mas como inquilino. Desses todos, somente os vereadores Tony Márcio (PTB), e Djalma Araújo (PSD), se portaram com dignidade, honradez e ousaram atuar com determinação e respeito aos votos recebidos.
Mas, como em política muitos conseguem escrever longos tratados em águas correntes, eis que um seleto grupo de vereadores, de assertivas constantes com o chefe do executivo municipal portuense, recebendo dele a chancela e as vantagens que somente são conferidas aos aliados, apanharam a régua e passaram a medir os inconvenientes e as conveniências futuras. E então, releram nas escritas do poeta que disse que: “o tempo é o senhor da razão”, e assim, e por isso, inebriados pela certeza dos versos acima, buscaram ouvir as vozes roucas das ruas, que segundo intuíram, serão certamente as vozes das urnas nas eleições municipais desse ano, e decretaram: Joaquim Maia é passado.
Vereadores de Porto Nacional
Ombreados com o prefeito Joaquim Maia e firmes na convicção de que os servidores públicos municipais de Porto Nacional, por ser um grupo formado por homens e mulheres de alto valor técnico e de respeitada dedicação, mereciam castigo, desrespeito e um calote, os vereadores Argemiro Silva (PL), Geylson Neres Gomes (MDB), Chico Silva (PT) e Charles Rodrigues (PT), votaram a favor para que o Poder Executivo Municipal, deixasse de repassar a contribuição patronal para o PreviPorto no período de 1º de março a 31 de dezembro de 2020, desenhando assim um futuro incerto para as aposentadorias desses pais de famílias que dedicaram e ainda dedicam partes de suas vidas para servir bem a coletividade portuense.
Os Vereadores que votaram contra os serivores
Mas porquê, depois de tudo acertado, esse grupo de vereadores votaram contra os interesses do prefeito Joaquim Maia, se eles se lambuzaram durante anos nas vantagens que essa parceria lhes proporcionavam? A resposta é simples e popular: “Em final de mandato é o rabo que balança o cachorro.” Conta os mais atrevidos e conhecedores dos meandros políticos de Porto Nacional, que um certo prefeito, faltando 4 meses para entregar o cargo, e sem perspectivo da voltar ao executivo municipal, seu motorista passou a determinar as ordens nos corredores da prefeitura, concedendo diárias, gratificações e até assinado cheques. Na maioria das vezes é assim no apagar das luzes, ofusca-se a autoridade administrativa, desmancha em pó as assertivas e combinações, e por fim, o abandono político se concretiza em traições.
Ronivonn Maciel e Joaquim Maia
Pela posição desse grupo de vereadores, é certo que eles estão observando as movimentações políticas e lendo os números das várias pesquisas de opinião pública que já foram realizadas no município portuense, contratadas por partidos políticos e instituições para consumo interno. Foi essa mesma leitura que fez o vice-prefeito Ronivon Maciel (PSD), que depois de apoiar, recomendar e aprovar todos os atos e ações da atual administração, abandonou o barco e passou a se apresentar com uma narrativa desacreditada, já que durantes 3 anos de mandato ele também foi o responsável pelo não cumprimento das promessas de uma Porto Nacional mais desenvolvida. Ele próprio levou de casa em casa o discurso enviesado da enganação e apresentou ao eleitorado uma tal de “Mudança”, que se viu depois um total fracasso administrativo.
Essa falácia de “Mudança” deu no que deu. Porto Nacional perdeu os trilhos do futuro, deixou de ser um polo de desenvolvimento, gerador de emprego e renda, e a atual gestão, sorrateiramente vem metendo de goela a baixo da secular sociedade portuense uma “maquiagem” esporádica no centro da cidade, com uma “perfumaria” barata de pinturas de meio-fio, iluminação pública, e vários eventos festivos. Os mais atentos apontam que as duas grandes obras da atual administração foram a remoção da arquibancada do cartódromo, na Avenida Beira-Rio e a construção do portal da entrada sul da cidade. Nesse período, nem as obras que a gestão passada deixou para serem concluídas, os atuais administradores do município não deram conta de concluir. Para se ter uma ideia, o Mercado Central levou 3 anos e 5 meses para ser pintado. Lembram do Distrito de Luzimangues, candidato ao maior polo industrial do Estado do Tocantins? Está totalmente abandonado, escondido pelo mato e alimentando diuturnamente a desesperança em seus moradores.
E aí vem a pergunta que não quer calar: havia recursos para manter Porto Nacional como protagonista do desenvolvimento da Região Sul do Brasil? a resposta: E muito recurso!!! O que nunca faltou a atual administração foi dinheiro. O Projeto de Lei enviado à Câmara Municipal, em que o executivo municipal pedia para não repassar a contribuição patronal ao PreviPorto, alegando encolhimento da economia local devido a Pandemia causada polo Covid-19, não procede, pois segundo o Boletim da Segov – Secretaria do Governo Federal, que monitora transparência na aplicação dos recursos contra essa doença, o município portuense já recebeu dos cofres da União, de março a junho de 2020, quase quatro milhões e meio de reais.
Com relação aos recursos mensais que faz girar a máquina administrativa do executivo municipal de Porto Nacional, são gigantescos os números que a atual gestão comandada pelo prefeito Joaquim Maia, já recebeu nesses 3 anos e seis meses. Trata-se de uma verdadeira fortuna que é traduzida em um montante de: R$ 547.913.497 67 (Quinhentos e quarenta e sete milhões, novecentos e treze mil, quatrocentos e noventa e sete reais e sessenta e sete centavos), tudo isso oriundo de várias fontes, dentre elas tributos municipais, estaduais, e federais; FPM - Fundo de Participação dos Municípios, convênios e emendas parlamentares. Nesse mesmo período, a administração Otoniel Andrade, de 2013 a 2016, teve uma Receita Líquida Corrente para administrar o município de R$ 384. 136.193,88 (Trezentos e oitenta e quatro milhões, cento e trinta e seis mil, cento e noventa e três reais e oitenta e oito centavos).
Para se ter uma ideia do volume de recursos que transitou pelos cofres da Prefeitura de Porto Nacional, entre janeiro de 2017 até junho de 2020, é só observar o que o prefeito Joaquim Maia recebeu nesses 42 meses à frente do executivo portuense, que foram R$ 163.777.303,12 (Cento e sessenta três milhões, setecentos e setenta e sete mil, trezentos e três reais e doze centavos) a mais do que Otoniel Andrade no mesmo período de sua última gestão entre 2013 a 2016. Segundo analistas orçamentários, essa expressiva diferença, para mais, observada entre a atual gestão e a passada, se configura como um orçamento anual de dezenas municípios espalhados por todas as regiões do Estado do Tocantins.
Daí, após as somas de números tão expressivos, abre-se uma leitura reta e contundente sobre uma administração desprovida de sucesso, carente de atos e ações, mesmo calçada por uma base orçamentária volumosa, o que está impactando significativamente no uso da régua política acima citada. Este instrumento imaginário, que está a conferir a diferença métrica entre as duas gestões, já vem causando inquietações e desesperança. As principais lideranças que embarcaram na imprevisível e improvável nau que transportavam a tão propalada “Mudança”, dentre elas 7 deputados estaduais, alguns congressistas, ex-prefeitos, dezenas de expressivas lideranças classistas, e membros da sociedade civil organizada, já desembarcaram, em portos distintos. Um destes, o atual vice-prefeito Ronivon Maciel, escancarou as portas desse grupo político que sinalizam para novas debandadas.
Esses desacertos e desarranjos de conveniências momentâneas, são elos que unem o todo da prática política. Não há nada de novo nessas acomodações destacadas no parágrafo anterior, pois a lei natural que normatiza esse universo da representatividade pública não verga para acolher os fracos nem os carentes e desprovidos de ousadia. Quando o povo, o senhor absoluto do mando e operador da régua política toma conhecimento do que é medido, ele sonora sua voz nas ruas e sinaliza sua aprovação ou desilusão. Aí, abrem se as portas das boas-vindas e o novo é acolhido. E lá pelos fundos, numa janela semiaberta, o velho é descartado. É assim a mecânica da vida política-administrativa, é assim o processo inexorável das urnas.