O Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins confirmou Eduardo Siqueira Campos como o novo prefeito de Palmas, eleito neste domingo, 27 de outubro, em um inédito segundo turno eleitoral na sucessão da Capital, com cerca de 10 mil votos de diferença para sua adversária, Janad Valcari (53,03% contra 46,07%)
Por Luciano Moreira (interino)
Filho do idealizador e criador de Palmas, o saudoso ex-governador José Wilson Siqueira Campos e da também saudosa ex-primeira-dama mais lembrada e amada da história de Palmas, Aureny Siqueira Campos, que dá nome aos maiores bairros da periferia da Capital do Tocantins, e conhecida como “a mãe dos humildes e necessitados”, Eduardo Siqueira Campos conseguiu reverter um quadro em que se apresentou quase como “candidato de si mesmo” no primeiro turno, em que não tinha nenhum parlamentar ou político de peso a lhe apoiar, apenas 30 segundos de Horário Eleitoral Obrigatório de Rádio e TV, meia dúzia de voluntários uma equipe mínima de profissionais, mas seguro dentro de toda a experiência adquirida como ex-prefeito de Palmas, ex-senador e ex-deputado estadual, realizou uma campanha calcada na emoção e no saudosismo em relação aos seus pais e nas suas próprias realizações como primeiro prefeito eleito de Palmas, e conseguiu o percentual de votos suficiente para leva-lo ao segundo turno.
Uma vez garantido na disputa com a candidata Janad Valcari, do PL, que liderou todas as pesquisas no primeiro turno, Eduardo foi articulando com maestria e agregando todas as oposições que discordavam das ideias e da vontade de sua adversária, e reuniu em torno da sua candidatura 90% de todos os políticos que tiveram origem sob os auspícios de seu pai, José Wilson Siqueira Campos como que em uma sinergia perfeita, e numa virada histórica, torna-se, novamente, prefeito da Capital do Tocantins.
Agora, Eduardo Siqueira Campos chega, junto com sua esposa, Pollyana, que se mostrou humana, atuante e decidida, depois de percorrerem juntos e incansavelmente, casa por casa, comércio por comércio, nos quatro cantos de Palmas, ao fim de sua jornada de forma vitoriosa, no endereço mais cobiçado dos últimos tempos, que é a prefeitura de Palmas – que, aliás, ele prometeu, em campanha, devolver ao seu lugar de origem, o Bosque dos Pioneiros – prontos para fazer um governo de coalizão, de entendimento e de retorno às origens, com programas sociais e ações de governo que de3ram certo no passado, adaptados para o atual momento, com a possibilidade de fazer mais um governo inesquecível para os habitantes da Capital do Tocantins.
PÉS NO CHÃO
Demonstrando entendimento assertivo quanto ao momento político atual, Eduardo, que afirmou durante a campanha que não é adversário político do governador Wanderlei Barbosa, já manifestou sua intenção de ter uma audiência com o titular do Executivo Estadual em seu primeiro dia como prefeito, para buscar as parcerias que Palmas necessita junto ao governo estadual, e uma convivência harmônica e positiva junto aos parlamentares estaduais e federais, para manter o nível de investimentos e obras que a Capital do Tocantins precisa, pois sabe que há a possibilidade de fazer em seu governo tudo o que sua adversária afirmou, em campanha, estar acertado e com recursos garantidos tanto junto ao governo federal quanto estadual.
Eduardo também quer dar voz e vez a todos os que estiveram ao seu lado durante a árdua campanha e fazer valer a liberdade de expressão, a liberdade religiosa e a igualdade social, tão buscadas pelos cidadãos.
Que Palmas possa, realmente, viver e esperar por dias melhores!
ANÁLISES
Nosso analista do Observatório Político de O Paralelo 13, Edson Rodrigues, estará, a partir desta segunda-feira, trazendo os efeitos colaterais mais contundentes nos principais colégios eleitorais do Tocantins, desta vitória de Eduardo Siqueira Campos em Palmas, assim como os desdobramentos dentro do Palácio Araguaia e no grupo político liderado pelo governador Wanderlei Barbosa.
Aguardem!
Com segundo turno, no domingo, as duas correntes políticas devem confirmar a ampla vitória que iniciaram na primeira rodada do pleito nas capitais
Por Júlia Portela e Pedro José
O segundo turno das eleições municipais, no próximo domingo, deve consolidar o triunfo de partidos de centro e de direita. Legendas desses dois segmentos conseguiram um amplo leque de vencedores na rodada inicial do pleito, no último dia 6.
O que se vê na maioria das 15 capitais que terão segundo turno é uma corrida indefinida, mas com a direita disparando à frente, seguida por partidos de centro-direita.
Um dos exemplos da disputa ocorre em Goiânia. Levantamento divulgado pela AtlasIntel mostra Sandro Mabel (União Brasil) com 50,7%. O candidato do governador do estado, Ronaldo Caiado (União Brasil), concorre com Fred Rodrigues (PL), que é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aparece com 46,6%.
Já em São Paulo, a esquerda está na disputa, mas com reduzidas chances de vitória, segundo as pesquisas. O prefeito, Ricardo Nunes (MDB), tem 49% das intenções de voto, de acordo com levantamento do Datafolha, divulgado na quinta-feira. Por sua vez, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aparece com 35%. Em relação à pesquisa anterior, de 17 de outubro, Nunes oscilou dois pontos para baixo, e Boulos, dois pontos para cima.
Larga vantagem tem Emília Corrêa (PL) para a Prefeitura de Aracaju. Ela aparece com 52,6% das intenções de voto, segundo a Paraná Pesquisas. Seu adversário, Luiz Roberto (PDT), soma 37%.
A disputa por João Pessoa tem contornos mais bem definidos. Segundo a última pesquisa AtlasIntel, Cícero Lucena (PP) ostenta 61,6% das intenções de voto, contra 38,4% de Marcelo Queiroga (PL).
Em Belém, o candidato Igor Normando (MDB) lidera a corrida eleitoral com 54,5% das intenções de voto, enquanto o Delegado Éder Mauro (PL) registra 41,4%, segundo a AtlasIntel.
Em Porto Velho, o ex-deputado federal Léo Moraes (Podemos) tem 49,3% das intenções de voto, enquanto a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil) aparece com 44,4%, segundo pesquisa Futura Inteligência.
Em Manaus, o cenário é de empate, considerando a margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos da AtlasIntel. O atual prefeito, David Almeida (Avante), aparece com 50,2%, e Capitão Alberto Neto (PL), com 48,7%.
Empate técnico, também, em Palmas, conforme a Real Time Big Data. Janad Valcari (PL) marca 45%, e Eduardo Siqueira Campos (Podemos), 43%.
Campo Grande, por sua vez, apresenta uma disputa equilibrada. A atual prefeita, Adriane Lopes (PP), tem 47,8% das intenções de voto, e Rose Modesto (União Brasil) segue perto, com 42,3%, aponta o levantamento da Paraná Pesquisas.
Na disputa em Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) aparece com 46% das intenções de voto, mantendo vantagem sobre o bolsonarista Bruno Engler (PL), que soma 39%, conforme o Datafolha.
Eduardo Pimentel (PSD) lidera o duelo em Curitiba, com 51,4% das intenções de voto, enquanto Cristina Graeml (PMB) aparece com 43%, na pesquisa da AtlasIntel.
Desafios do PT
Presidente do PT Gleisi Hoffmann
Além do apoio a Boulos, do PSol, o PT tenta eleger candidatos em cinco capitais. O cenário mais desafiador é o de Fortaleza, em que Evandro Leitão (PT) e André Fernandes (PL) estão tecnicamente empatados. O petista tem 44% das intenções de votos, já o representante do PL soma 42%, segundo pesquisa Quaest.
Em Cuiabá, Lúdio Cabral (PT) está em desvantagem em relação a Abílio Brunini (PL). O candidato do PT tem 45,7% das intenções de voto, contra 52,6% do adversário do PL, de acordo com a AtlasIntel.
Já em Natal, o candidato do União Brasil à prefeitura, Paulinho Freire, tem vantagem na disputa do segundo turno contra Natália Bonavides (PT), segundo a AtlasIntel. Freire soma 54,4%, enquanto Bonavides tem 44,3%.
Em Porto Alegre, conforme o mesmo instituto, o atual prefeito, Sebastião Melo (MDB), tem 55,5% das intenções de voto. A deputada federal Maria do Rosário (PT) aparece com 41,3%.
Petição apresentada pela defesa de Jullyene Cristine tem mais de 140 páginas; em 2015, STF absolveu político das acusações
Com Site UOL e Terra
Jullyene Cristine Santos Lins, a ex-esposa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, acusa o político de violência doméstica e violações de direitos humanos na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington. A informação é do colunista Jamil Chade, do Uol.
Segundo a reportagem, o caso foi iniciado pela defesa dela com o objetivo de que o processo seja encaminhado para a Corte Interamericana. O tribunal poderia emitir uma sentença obrigando o Estado brasileiro a atuar no caso.
Lira e Jullyene tiveram um relacionamento por nove anos, de 1997 a 2006. Na denúncia feita pela ex-companheira, ela fala em agressões físicas e psicológicas, ameaças de morte, controle financeiro e psicológico e interferência em processos judiciais. Segundo ela, as agressões ocorreram em 2006 e, após denunciar os crimes, teria sofrido retaliações.
Em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a absolver Lira dessas acusações por falta de provas e por entender que o crime prescreveu.
Petição contra o Estado brasileiro
Com mais de 140 páginas, a petição apresentada pela defesa de Jullyene é contra o Estado brasileiro. O documento pede que as autoridades nacionais protejam a suposta vítima e solicita uma indenização de R$ 1 milhão ao Estado, devido à ação que teria "invisibilizado" a situação da ex-esposa do político. A petição também traz laudos médicos e depoimentos de testemunhas.
Outra parte do documento ainda diz que a ex-mulher de Lira foi chamada para prestar depoimento à Polícia Federal em operações contra a corrupção, como a Taturana (2016) e Lava-Jato (2019). No entanto, o Ministério Público de Alagoas disse que "não poderia protegê-la" no território do estado.
Ainda de acordo com a reportagem, em junho deste ano, Lira pediu ao STF para retirar do ar entrevistas da ex-mulher sobre as acusações. O ministro Alexandre de Moraes chegou a determinar censura, mas depois revisou a decisão e entendeu que algumas matérias foram publicadas há mais tempo e não eram ataques contra o presidente da Câmara.
A assessoria de Lira foi procurada pelo jornalista, e afirmou que não iria se pronunciar sobre o caso.
Dois funcionários de Raul Lima foram detidos acusados de terem executado o crime
Com Site Terra
O ex-deputado federal Raul Lima foi apontado pela Polícia Civil como o mandante do assassinato de Toinho da Aderr, na época candidato à Prefeitura de Amajari, em Roraima. Segundo a investigação, o crime teria sido motivado por uma disputa de terras que já durava 15 anos.
A Polícia Civil representou pela prisão do político, mas o pedido foi indeferido pela Justiça. No entanto, dois funcionários de Lima, de 44 e 32 anos, foram detidos neste sábado, 26, acusados de terem executado o crime.
“Toda investigação aponta aos dois como executores e ao empresário como o mandante. Os três foram indiciados pelos crimes na Delegacia de Pacaraima", explicou o delegado Valdir Tomasi.
De acordo com o responsável pela investigação, relatos de testemunhas e outras provas obtidas foram fundamentais para a emissão dos mandados. Além disso, o próprio Toinho da Aderr identificou Raul Lima como o mandante ao ser socorrido.
Com o desenrolar das diligências, um mandado de busca e apreensão foi cumprido neste sábado, 26, na fazenda de um dos investigados, na região do Amajari. Além dos dois funcionários, o caseiro do local foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo e munições. Ele passará por Audiência de Custódia na manhã de domingo, 27.
Toinho da ADERR foi morto a tiros em sua casa na noite do dia 24 de setembro
“As investigações foram complexas. Desde o início das diligências já tínhamos uma linha de investigação que veio se confirmando ao longo do trabalho. Na medida que as investigações foram se aprofundando, conseguimos identificar todos os envolvidos. Passamos então por uma nova fase que foi comprovar a participação deles e representar por suas prisões. Agora, estamos realizando as diligências para cumprir os mandados judiciais. Para a Polícia Civil não restam dúvidas de que o crime foi motivado por disputa de terra. Foi um crime encomendado”, completou o delegado.
Toinho da ADERR foi morto a tiros em sua casa na noite do dia 24 de setembro. O então candidato à prefeitura de Amajari chegou a ser socorrido pelo Samu e transferido ao HGR (Hospital Geral de Roraima), mas não resistiu e morreu dias depois.
Raul Lima foi deputado federal entre 2011 e 2015. Durante o mandato, foi filiado aos partidos PSD e PP.
Corte afirma que até o momento não foi identificada a participação de magistrados nas supostas irregularidades
Com Correio Braziliensi
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastou uma servidora, de maneira cautelar, por suspeitas de irregularidades nos gabinetes dos magistrados da corte. As investigações apuram um suposto esquema de venda de decisões judiciais. É o segundo integrante do quadro técnico da corte que é afastado em razão deste tipo de suspeitas.
O primeiro funcionário afastado trabalhou nos gabinetes das ministras Nancy Andrighi e Isabel Gallotti e de desembargadores do Mato Grosso do Sul que atuaram na corte. Agora, foi afastada a servidora que atuou no gabinete do ministro Moura Ribeiro.
Em nota, o STJ informou que "até o momento, não há qualquer indício de envolvimento de ministros", e que o processo disciplinar em relação ao servidor "seguirá as fases de instrução, defesa e relatório, garantindo-se, a um só tempo, os esclarecimentos necessários e a possibilidade do contraditório".
O suposto esquema foi descoberto após a apreensão do celular do advogado Bruno Zampierri, assassinado no ano passado. A Polícia Federal investiga o caso.