Medida perdeu validade nesta quinta-feira (8)

 

 

Por Rute Moraes e Lis Cappi

 

 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) considera retomar o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) após a Câmara dos Deputados deixar a MP (Medida Provisória) alternativa ao aumento caducar. Na quarta-feira (7), deputados aprovaram a retirada do texto de pauta.

 

O vencimento da MP afeta os planos do governo, que previa um aumento de arrecadação em R$ 20 bilhões com ampliação de tributos ligados aos investimentos, como juros sobre capital próprio e tributação de apostas esportivas.

A indicação foi confirmada pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), pouco após a decisão de deputados de não votar o texto. “Se a medida é rejeitada ou caducada, então é por natural que o IOF volte à mesa como alternativa” disse.

 

O senador também afirmou que a Fazenda conta com uma série de propostas para tentar mitigar os impactos fiscais e deve trabalhar com o envio de projetos de lei, mas admite que a decisão de parlamentares vai pesar nas contas públicas ainda neste ano.

Para isso, a ala governista pode editar uma outra MP, publicar um decreto ou enviar um projeto de lei ao Congresso. Outra possibilidade aventada também é incluir o valor da medida em uma das formas de compensação da isenção do imposto de renda.

 

Um projeto que amplia a isenção para até R$ 5.000 foi aprovado pela Câmara e agora aguarda o aval do Senado.

Nas últimas semanas, a MP alternativa ao IOF, de autoria do Executivo, foi desidratada na Câmara para que o texto fosse aprovado. As alterações, contudo, não impediram a MP de ser enterrada. O governo avalia que a derrota ocorreu por motivos políticos, e não pelo mérito do texto.

 

Com a rejeição, o Executivo fala em aumento de contingenciamento, incluindo em emendas parlamentares. O cálculo é que o bloqueio das emendas fique entre R$ 5 e R$ 7 bilhões.

Entenda

Na avaliação de aliados governo, a derrota se deveu à antecipação do jogo político das eleições presidenciais de 2026.

 

Uma das evidências seria a atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) — possível candidato na disputa pela presidência da República. Ele fez corpo a corpo para derrubar a medida.

 

Além disso, nos últimos meses, partidos de centro, como o PP e o União, anunciaram o desembarque da Esplanada dos Ministérios.

 

Tentativas em vão

Relatado pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), o texto sofreu modificações na Câmara para tentar agradar à oposição. As mudanças resultariam na queda da arrecadação para 2026: de R$ 20 bi para R$ 17 bi.

 

Dois pontos importantes do texto — linhas de crédito do agronegócio e aumento na taxação das bets — foram retirados, com o objetivo de garantir a conformidade da maioria do Parlamento.

 

Ainda assim, no entanto, bancadas como o PSD, União Brasil, o Republicanos e o PP votaram contra a MP. O União, inclusive, fechou questão, sob risco de penalizar quem votasse de forma favorável. O PL, maior partido da Câmara e de oposição, também orientou voto contra.

 

Temendo a derrota, o governo chegou a exonerar três ministros para que eles pudessem participar da votação, mas não adiantou.

 

 

Posted On Quinta, 09 Outubro 2025 05:22 Escrito por

Diretoria, sob o comando da secretária-geral Kelismene Gomes, fez reunião para avaliar conjunto de ações em tramitação

 

 

Da Assessoria

 

 

Em encontro que contou com boa parte da Diretoria-Executiva do Sisepe-TO (Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins), a entidade debateu as ações judiciais em curso, estratégias para fortalecer a atuação da nova administração e iniciativas para reafirmar o compromisso com os servidores filiados. Além disso, a reunião realizada nesta quarta-feira, 8 de outubro, preparou o terreno para intensificar o apoio jurídico que o sindicato dá de suporte aos funcionários públicos.

 

A reunião foi comandada pela secretária-geral e presidente em exercício do Sisepe-TO, Kelismene Gomes. “O nosso sindicato permanece firme em sua missão de representar e defender os interesses da categoria. O corpo jurídico está preparado para receber as demandas dos servidores e atuar com responsabilidade e eficiência na defesa de seus direitos”, pontuou Kelismene Gomes.

 

Já nos próximos dias, a nova gestão do Sisepe irá anunciar formas de ampliar a aproximação do corpo jurídico do sindicato com os servidores. “O diálogo e a disponibilização de todos os serviços aos nossos filiados, seja no campo jurídico, ou na atuação administrativa, será total”, assegurou a presidente em exercício.

 

 

Posted On Quinta, 09 Outubro 2025 05:20 Escrito por O Paralelo 13

28 mulheres de Formoso do Araguaia participaram da etapa mais recente da campanha

 

 

Por Lorena Lira

 

 

A campanha Outubro Rosa avançou nesta quarta-feira, 8, com a realização de exames gratuitos de mamografia voltados à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de mama. A iniciativa, promovida pelo Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Mulher (SecMulher) e em parceria com o Hospital de Amor de Palmas, garantiu acolhimento, orientações e suporte às participantes.

 

Ao todo, 28 mulheres de Formoso do Araguaia foram atendidas nesta etapa, reforçando o compromisso do Estado com o acesso humanizado à saúde da mulher.

 

A secretária de Estado da Mulher, Larissa Rosenda, ressaltou que a campanha busca assegurar um atendimento qualificado, com acesso universal e humanizado aos serviços de saúde preventiva. “O Outubro Rosa é uma ação estratégica de conscientização que reforça o compromisso do Estado com a saúde integral da mulher. Mais do que um mês de mobilização, trata-se de uma política pública contínua de prevenção e diagnóstico precoce, que valoriza o cuidado, o acesso à informação e a promoção do autocuidado como pilares fundamentais para salvar vidas”, afirmou.

 

Durante esta etapa da campanha, os atendimentos estão concentrados em dois pontos, com estrutura adequada para receber mulheres de diversos municípios, no Hospital de Amor, que realizará exames de mamografia, e no Sesc Palmas, por meio da Carreta Sesc Saúde da Mulher, que oferecerá tanto mamografia quanto exames preventivos (Papanicolau).

 

Cronograma de atendimentos

 

No Hospital de Amor, os atendimentos ocorrerão para mulheres de Rio Sono no dia 10, Novo Alegre no dia 13, Barrolândia no dia 16, Porto Nacional no dia 21, Lajeado no dia 23, e Ipueiras e Cristalândia no dia 27. No Sesc Palmas, os atendimentos da Carreta Sesc Saúde da Mulher estão programados para Formoso do Araguaia nos dias 9 e 28 de outubro, Barrolândia no dia 14, Pugmil no dia 23, Tupirama no dia 30 e Paraíso do Tocantins no dia 31 de outubro.

 

Posted On Quinta, 09 Outubro 2025 05:13 Escrito por O Paralelo 13

A Comissão de Constituição e Justiça adiou a votação da Proposta de Emenda à Constituição que trata da redução da jornada semanal de trabalho sem redução salarial (PEC 148/2015).

 

 

Por Marcela Diniz

 

 

O relatório apresentado nesta quarta-feira (8) pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE) inclui emenda para garantir dois dias de descanso para o trabalhador, o que alinha a PEC à proposta em debate na Câmara que acaba com a escala em que há somente um dia de descanso por semana.

 

A Proposta de Emenda à Constituição número 148 foi apresentada em 2015 pelo senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, com o objetivo de reduzir gradualmente a jornada de trabalho até o máximo de 36 horas por semana e oito, por dia - e sem perda salarial. Hoje, a jornada pode ser de até 44 horas semanais.

O relatório foi apresentado à Comissão de Constituição e Justiça pelo senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe. Ele incluiu uma emenda para garantir dois dias de descanso para o trabalhador - preferencialmente, aos sábados e domingos. Isso alinha o texto do Senado à uma outra proposta, de autoria da deputada Érica Hilton, do Psol de São Paulo, que pede o fim da escala seis por um - aquela em que há somente um dia de descanso por semana. Érica e outras deputadas estiveram com os senadores para apoiar a aprovação, mas a votação acabou sendo adiada por um pedido de audiência pública feito pelo líder da oposição, senador Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte.

O relator, Rogério Carvalho, argumentou que nem todas as categorias têm a possibilidade de negociar com o empregador uma redução de jornada sem redução salarial e, por isso, a mudança na lei é necessária para garantir uma regra ampla para a classe trabalhadora. Ele pontuou, ainda, que a jornada 5 por 2 já é realidade em empregos mais bem pagos:

 

(sen. Rogério Carvalho) "Veja a injustiça os que têm maior escolaridade e os que ganham mais têm jornada menor, e os que ganham menos têm jornada maior. Assim, a redução da jornada máxima representa medida de justiça social. A experiência histórica de redução de jornada demonstra que a intervenção legislativa é fundamental para estabelecer um padrão mínimo civilizatório."

 

Ao citar o bem estar e o aumento da produtividade do trabalhador, o senador Paulo Paim, como autor, argumentou que o fim da escala 6X1 é um debate que se fortalece em tempos de automação e inteligência artificial e que já virou uma demanda da sociedade:

 

(senador Paulo Paim) "E o Senado não vai, não vai, fechar os olhos e dizer 'Não sei, não vi', seria um atraso, uma burrice, uma inconsequência, uma irresponsabilidade. Está em jogo a saúde, a vida, menos acidente de trabalho, menos doenças, as doenças mentais aumentam pelo estresse, pelo cansaço. O povo brasileiro quer redução dos jornada sem redução do salário e vai acontecer."

 

De acordo com o relatório, a redução de jornada para 36 horas beneficiaria cerca de 38,4 milhões de trabalhadores com carteira assinada. O parecer também cita pesquisa do Instituto DataSenado feita a pedido da senadora Soraya Thronicke, do Podemos de Mato Grosso do Sul, segundo a qual 85% dos entrevistados afirmaram que teriam mais qualidade de vida com um dia livre a mais na semana.

 

 

Posted On Quinta, 09 Outubro 2025 05:07 Escrito por O Paralelo 13

Decisão reconhece importância da autonomia universitária e a função social da educação no combate às desigualdades

 

 

Da Página do MST

 

 

Nesta terça-feira (7), foi publicada decisão liminar do desembargador Fernando Braga Damasceno, TRF-5, que derrubou a ordem para suspender o Curso de Medicina da UFPE, Campus Caruaru, no âmbito do PRONERA. A decisão é considerada histórica, pois reafirma a importância do Programa, que já dura 27 anos.

 

Na última semana, o juiz federal Ubiratan de Couto Maurício acatou uma liminar ajuizada pelo vereador do Recife, Tadeu Calheiros (MDB), que pedia a suspensão imediata do edital de seleção do Curso. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) recorreu da decisão e teve seu pedido atendido.

 

Em sua decisão, o desembargador Fernando Damasceno reconheceu o PRONERA como uma ação afirmativa que visa combater desigualdades estruturais. Entre os destaques da decisão, aponta-se o reconhecimento de que o público do PRONERA (beneficiários da Reforma Agrária e quilombolas) são populações historicamente marginalizadas. A decisão também destaca que não há supressão de vagas para a criação desta turma, e defende a autonomia universitária.

 

Segundo Damasceno, a criação de turmas especiais no âmbito do PRONERA, assim como turmas para indígenas e quilombolas, não viola o princípio da isonomia, mas constitui-se como ações afirmativas, que criam vagas complementares. “Tal dispositivo autoriza, expressamente, a criação de vagas além daquelas do processo regular, mediante políticas de ações afirmativas. A hipótese dos presentes autos evidencia uma ação afirmativa educacional voltada a grupo historicamente marginalizado (população do campo beneficiária da Reforma Agrária),” aponta a decisão.

 

Ao ser questionado sobre o modelo seletivo adotado, o magistrado o defende, afirmando que “a população do campo historicamente teve acesso ao ensino básico de menor qualidade, com professores menos qualificados, infraestrutura precária, ausência de cursinho preparatório.” Inclusive, aponta que o ENEM/SISU, ainda que objetivamente isonômicos, na prática acaba por reproduzir desigualdades estruturais. “Exigir que beneficiários da Reforma Agrária, muitos sem acesso à internet, cursinho ou ensino médio de qualidade, compitam em pé de igualdade no ENEM é isonomia apenas formal.”

 

O magistrado também defendeu a autonomia universitária, ao citar decisão do Superior Tribunal de Justiça, em 2010, de relatoria do ministro Herman Benjamin, com relação à Turma Especial em Medicina Veterinária da UFPEL, exclusivamente destinada a assentados do INCRA. Na época, a decisão apontou que “garante-se às universidades públicas a mais ampla liberdade para a criação de cursos, inclusive por meio da celebração de convênios.” Além disso, a decisão defendeu a função social da universidade, ao destacar que “da universidade se espera não só que ofereça a educação escolar convencional, mas também que contribua para o avanço científico-tecnológico do País e seja partícipe do esforço nacional de eliminação ou mitigação, até por políticas afirmativas, das desigualdades que, infelizmente, ainda separam e contrapõem brasileiros.”

 

O juiz também acatou o argumento da universidade de que o curso não gera novas despesas para o Campus, pois os recursos para sua realização serão assegurados pelo INCRA.

 

PRONERA é fruto da luta das famílias camponesas de todo país

O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), criado em 1998, é uma política pública voltada para as áreas de Reforma Agrária e territórios quilombolas. Tem como objetivo promover a Educação do Campo, sendo implementado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

 

O Programa promove a justiça social no campo por meio da democratização do acesso à educação, da alfabetização e da escolarização de jovens e adultos, da formação continuada de educadores do campo, da formação técnica profissional e do ensino superior, incluindo pós-graduação e cursos de residência agrária.

 

Desde sua criação, já formou 192 mil alunos, com a realização de 545 cursos. O Curso de Medicina na UFPE será a primeira turma em todo o país. Uma das intenções com a turma é formar profissionais para atuar nas áreas rurais, especialmente nas pequenas e médias cidades.

 

De acordo com dados do próprio Conselho Federal de Medicina, nas capitais, as taxas chegam a níveis como 7,03 médicos por mil, em média, segundo um dos estudos citados. Em cidades pequenas (menos de 50 mil habitantes), muitas vezes a presença de médicos é crítica; algumas localidades chegam a ter 0,51 médico por mil habitantes ou menos.

 

 

Posted On Quarta, 08 Outubro 2025 15:31 Escrito por O Paralelo 13
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