Anúncio das medidas foi feito nessa terça-feira, 7, em reunião com representantes do setor, no Palácio Araguaia
Da Assessoria
O governador do Tocantins, Laurez Moreira, determinou a realização de um mutirão de regularização ambiental e uma série de ações estratégicas para o setor produtivo do agronegócio no estado. O anúncio das medidas foi feito nessa terça-feira, 7, em reunião com representantes do setor do agronegócio, na sala de reunião do Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos, em Palmas. O governador também ressaltou que irá reforçar o setor de extensão rural para levar assistência técnica aos produtores.
Governador Laurez Moreira anunciou o mutirão de regularização ambiental e ações estratégicas para o setor produtivo do agronegócio
Aos mais de 30 produtores presentes, o governador Laurez Moreira apresentou as ações realizadas nestes primeiros dias de gestão, como a redução dos gastos com custeio para aumentar a capacidade de investimento em obras e a necessidade de promover novos incentivos para pequenos produtores. “Vamos estabelecer um valor de 20% de recursos para custeio para realizar mais obras de infraestrutura. Também vamos reorganizar o Ruraltins para prestar assistência técnica aos médios e pequenos produtores e para isso já determinei a contratação de 100 técnicos para fazer esse trabalho”, afirmou o governador.
Além do mutirão de regularização ambiental para analisar mais de 4,6 mil processos pendentes, o governador Laurez Moreira destacou outras ações estratégicas para atender o setor, como a terceirização da contratação de pessoal para realizar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a revisão do RED+, que será rediscutido com representantes do setor. O governador adiantou ainda que suspendeu a venda de créditos de carbono a partir de 2024, informando que esse projeto será rediscutido com os setores produtivo e ambiental para reavaliação. Também ressaltou que o Tocantins assinará com as Nações Unidas o Projeto Florestas Mais, que visa beneficiar mais de 1 mil pequenos agricultores. “Estamos avaliando novas fontes de recursos para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos, ampliando assim as oportunidades para apoiar novos projetos”, ressaltou.
Secretário da Agricultura e Pecuária, César Halum, ressaltou que os produtores se sentiram valorizados com o encontro e demandas apresentadas ao Estado
Quanto ao Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), o chefe do Poder Executivo explicou que vai retirar o projeto da Assembleia Legislativa e deu 60 dias para que seja revisado juntamente com as entidades para que seja remetido para apreciação dos deputados.
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), César Halum, enfatizou que a reunião foi bastante promissora e em um primeiro momento mostrou a abertura e a transparência que a gestão quer estabelecer com o setor que constrói o Produto Interno Bruto (PIB) do Tocantins. “Os produtores se sentiram valorizados e felizes com as medidas, a exemplo da questão do RED+, que agora foi pacificado. Os produtores aceitaram o acordo e agora vamos vender os créditos de carbono apenas daquilo que passou, até 2024”, frisou.
Secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Divaldo Rezende, frisou que foi possível tratar de temas importantes de maneira transparente com os produtores.
O titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Divaldo Rezende, também destacou a importância da reunião com os representantes do setor produtivo do agronegócio, principalmente porque foi possível tratar de maneira franca e transparente com os representantes do setor, que se sentiram valorizados e confiantes. “As ações anunciadas pelo governador Laurez Moreira são importantes para nortear o trabalho do Governo do Tocantins, que já conta com equipe técnica para essa finalidade”, pontuou o secretário.
O presidente da Associação dos Produtores do Bico (Aprobico), Luciano Vilela, frisou que a reunião foi produtiva e foi uma oportunidade para as lideranças do setor de todo o Tocantins mostrarem as demandas de cada região. “O encontro foi muito positivo porque nós tivemos a oportunidade de ver o que está sendo projetado, mostrar aquilo que é importante e colocar essas demandas diretamente para o governador, que já determinou encaminhamentos”.
Luciano Vilela, presidente da Associação dos Produtores do Bico, frisou que a reunião foi produtiva e foi uma oportunidade para as lideranças do setor de todo o Tocantins mostrarem as demandas de cada região
Também presente na reunião com representantes do setor do agronegócio, o presidente do Sindicato Rural de Araguaína, Wagner Borges, salientou que o governador Laurez Moreira mostrou transparência e boa vontade diante das demandas do setor. “Foi uma reunião extremamente produtiva, onde observamos que os encaminhamentos que o agro necessita para a regularização ambiental e fundiária contam com a sensibilidade do governador para promover essa regularização e a segurança jurídica do Estado”, frisou.
O representante da Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste (Aproest), Paulo Corazzi, ressaltou que mais que uma pauta de demandas, a reunião representou uma aproximação com o Governo do Tocantins. “A gente traz mais que uma pauta, uma oportunidade de mostrar o nosso apoio ao Governo do Estado”, enfatizou.
Da Assessoria
O município de Pequizeiro vai receber investimento federal para melhorar a infraestrutura e a qualidade de vida dos moradores do Projeto de Assentamento Juari. Por indicação do vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, senador Eduardo Gomes, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional empenhou R$ 955 mil para a implantação de pavimentação no P.A. Juari.
O recurso atende uma demanda antiga da comunidade e representa mais uma ação do parlamentar em prol dos pequenos municípios tocantinenses, especialmente nas áreas rurais.
Para o senador Eduardo Gomes, o investimento reforça o compromisso com o desenvolvimento equilibrado entre as cidades e o campo. “A pavimentação no P.A. Juari é mais do que uma obra de infraestrutura, é um símbolo de respeito e atenção com quem produz e vive no interior. Esses investimentos ajudam a garantir mobilidade, escoamento da produção e dignidade para as famílias que constroem o nosso Tocantins”, destacou.
Durante o mandato, Eduardo Gomes tem ampliado o volume de recursos federais destinados ao Tocantins, priorizando obras que geram impacto direto na vida da população e fortalecem as economias locais.
Organização criminosa familiar usava dublês, dispositivos eletrônicos e até cirurgias para burlar provas da PF, Caixa e CNU
Por Marina Verenicz
Uma operação da Polícia Federal (PF) revelou um esquema de fraudes em concursos públicos que funcionava como uma empresa familiar, com sede em Patos (PB), e cobrava até R$ 500 mil por vaga.
O grupo usava tecnologia de ponta para burlar sistemas de segurança, incluindo dublês, pontos eletrônicos implantados cirurgicamente e comunicação em tempo real com candidatos.
A Operação Última Fase, deflagrada na última quinta-feira (2), cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em quatro estados. Segundo a PF, o esquema operava há mais de dez anos e envolvia corrupção de fiscais, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro por meio de imóveis, veículos e até clínicas odontológicas.
O líder e a estrutura familiar
O grupo era liderado por Wanderlan Limeira de Sousa, ex-policial militar expulso da corporação em 2021. Apontado como o articulador central da quadrilha, ele negociava com candidatos, coordenava a logística das provas e distribuía os gabaritos.
Ao lado dele, atuavam irmãos, sobrinhos e cunhados, cada um com funções específicas, que iam desde o recrutamento de interessados até o repasse de respostas.
Entre eles, a sobrinha Larissa de Oliveira Neves, que chegou a ser aprovada no Concurso Nacional Unificado (CNU) e era usada como “vitrine” para atrair novos clientes.
Segundo a PF, Wanderlan chegou a se inscrever no CNU de 2024 apenas para provar a eficácia do método, tendo sido aprovado para o cargo de auditor fiscal do trabalho, com salário inicial de R$ 22,9 mil. Após o resultado, não compareceu ao curso de formação.
Fraudes e pagamentos
As investigações apontam que os pagamentos variavam conforme o cargo e a dificuldade da prova. Além de dinheiro vivo, o grupo aceitava propina em ouro, veículos e até procedimentos odontológicos.
Entre os suspeitos estão Ariosvaldo Lucena de Sousa Júnior, policial militar e dono de uma clínica usada para lavagem de dinheiro, e Thyago José de Andrade, responsável por controlar os repasses e emprestar recursos para cobrir subornos.
A advogada Laís Giselly Nunes de Araújo, de Recife, também figura entre as investigadas. Ela teria fraudado ao menos 14 concursos, incluindo o do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), cujo resultado foi suspenso.
Fraudes no CNU
A PF reuniu provas técnicas contundentes, entre elas gabaritos idênticos de quatro candidatos, entre eles Wanderlan, seus familiares e cúmplices. O laudo pericial da Cesgranrio concluiu que a chance de coincidência casual é equivalente a ganhar a Mega-Sena 18 vezes seguidas.
As fraudes também atingiram concursos da Polícia Federal, Caixa Econômica Federal, Polícias Civil e Militar, UFPB, Banco do Brasil e o próprio CNU.
Em conversas interceptadas, Wanderlan e o filho Wanderson Gabriel discutiam estratégias para aplicar o golpe no CNU, adiado em maio devido às enchentes no Rio Grande do Sul.
“A nossa comissão vai ser lá no CNU. Vou batalhar pra nós, ver se nós consegue na poiva (dinheiro)”, dizia Wanderlan em áudio gravado em 4 de junho de 2024.
Lavagem de dinheiro e prisões
A PF identificou movimentações financeiras incompatíveis com a renda dos investigados. Relatórios do Coaf mostraram que Geórgia de Oliveira Neves, cunhada do líder, depositou R$ 419 mil em espécie, mesmo sem vínculo formal de trabalho desde 1998.
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Parte dos pagamentos era disfarçada em transações imobiliárias e de veículos, com uso de laranjas e contratos fictícios. Em um dos casos, uma motocicleta foi usada como forma de pagamento de propina em um concurso da Caixa.
Até o momento, três pessoas foram presas preventivamente — duas em Recife e uma em Patos. Os principais investigados ainda não haviam tomado posse em cargos públicos.
Próximos passos
A PF e o Ministério Público Federal (MPF) seguem rastreando os fluxos financeiros e possíveis envolvimentos de servidores públicos. O juiz Manuel Maia de Vasconcelos Neto, da Justiça Federal da Paraíba, afirmou em decisão que a quadrilha “atuava com divisão de tarefas e cobrava cerca de R$ 300 mil por vaga”.
Até o momento, não há indícios de participação direta das bancas organizadoras, mas as autoridades investigam vínculos de intermediários e profissionais da saúde no suporte logístico ao esquema.
As defesas dos investigados negam as acusações e afirmam que não há provas que liguem os suspeitos às fraudes apontadas.
Por Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues
Desde que assumiu interinamente o governo do Tocantins em setembro de 2025, após o afastamento judicial de Wanderlei Barbosa por suspeitas de corrupção, Laurez Moreira enfrenta uma missão complexa: reorganizar as finanças do estado, restaurar a confiança da população e garantir a continuidade dos serviços públicos essenciais.
A gestão interina tem se deparado com uma série de compromissos financeiros herdados, incluindo contratos milionários como o aluguel de jatos no valor de R$ 20 milhões e um acordo de R$ 80 milhões com um escritório de advocacia em Brasília, suspenso pela atual administração nesta semana. A equipe técnica liderada por Moreira trabalha para reavaliar gastos e priorizar pagamentos urgentes, sem comprometer áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura.
INSTITUTO SERVIR
Um dos pontos mais sensíveis da gestão é a situação do Instituto Servir, responsável por atendimentos médicos, oftalmológicos, laboratoriais, internações e cirurgias. Profissionais da saúde e segurados enfrentam atrasos nos repasses, apesar dos descontos em folha. A discussão, segundo a equipe do governo, não é sobre culpados, mas sobre soluções imediatas. Técnicos da Secretaria de Planejamento e Fazenda estão mobilizados para quitar os débitos e restabelecer os serviços com urgência.
FOLHA DE PAGAMENTO E OBRAS EM RISCO
Outro desafio é garantir o pagamento dos salários dos servidores públicos referentes aos meses de outubro, novembro, dezembro e o décimo terceiro. Além disso, há compromissos com prestadores de serviços e contrapartidas de obras com recursos federais que não podem sofrer atrasos. Para isso, o governo interino montou uma força-tarefa entre secretarias, com foco em planejamento financeiro rigoroso e cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
PLANEJAMENTO E TRANSPARÊNCIA
Laurez Moreira, que já foi prefeito de Gurupi por dois mandatos e teve todas as contas aprovadas pelos órgãos de controle, tem se destacado como um gestor meticuloso e comprometido com a transparência. Ao assumir o governo, exonerou 51 secretários e nomeou técnicos de sua confiança, com o objetivo de resgatar a credibilidade da administração estadual, além de reconduzir aos respectivos cargos alguns secretários da gestão de Wanderlei Barbosa, que foram considerados essenciais para dar continuidade aos que estava dando certo, como é o caso do secretário da Indústria e comércio, Carlos Humberto Duarte de Lima e Silva, que comanda programas de captação de empresas e investidores, importantes para a manutenção do viés de alta na geração de emprego e renda no Estado.
FECHAR O ANO COM TUDO EM DIA
A meta de Laurez Moreira é clara: encerrar o exercício de 2025 com todos os compromissos cumpridos. “A falta de transparência abre espaço para a corrupção. O que queremos é justamente o contrário, um governo aberto, em que todos tenham acesso às informações e possam acompanhar cada passo da administração”, declarou o governador interino em sua primeira coletiva.
Agora, tanto Laurez Moreira quanto o povo tocantinense precisam que as investigações que levaram ao afastamento de Wanderlei Barbosa sejam concluídas com celeridade, os culpados julgados e os inocentes tenham suas reputações restauradas, para que a dúvida, a incerteza e a insegurança deem lugar ao clima de otimismo que o Tocantins experimentou e que, infelizmente, durou pouco tempo.
POR QUE O STF DEMOROU A JULGAR O PEDIDO DE WANDERLEI BARBOSA?
No fim da noite desta terça-feira, uma fonte em Brasília revelou ao O Paralelo 13 os motivos da demora no julgamento do pedido de habeas corpus do governador afastado Wanderlei Barbosa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a fonte, o processo estava aguardando a conclusão da última operação da Polícia Federal no Tocantins, que envolveu propriedades ligadas ao governador afastado, além de deputados e ex-deputados investigados por desvios de recursos de cestas básicas oriundos de emendas impositivas.
Ainda conforme a apuração, o material apreendido foi anexado ontem à tarde ao processo principal, e a Procuradoria-Geral da República deve se manifestar oficialmente nos próximos dias.
O Tocantins segue em expectativa. Como disse nossa fonte, “pelo sim, pelo não… está nas mãos de Deus”.
POR QUE NENHUM DEPUTADO SAIU EM DEFESA DE WANDERLEI BARBOSA?
A reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo, trouxe uma cobertura requentada, com imagens e informações distorcidas, sugerindo que uma gaveta cheia de dinheiro pertenceria ao governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa, investigado pela Polícia Federal.
O que chama atenção, no entanto, é o silêncio dos deputados estaduais que até pouco tempo formavam a base fiel do governo na Assembleia Legislativa. Nenhum deles veio a público em defesa do governador afastado, nem por nota, nem nas redes sociais.
O motivo? Segundo fontes políticas, a maioria desses parlamentares também são investigados no âmbito da operação Fame-19, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por desvios de recursos destinados à compra de cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade.
Além disso, ordens judiciais proíbem contatos pessoais, ligações telefônicas e até mensagens de WhatsApp entre os investigados, o que explica o afastamento dos antigos aliados.
PROCESSO DE OPERAÇÃO DA PF NA GESTÃO CINTHIA RIBEIRO AVANÇA PARA FASE CONCLUSIVA
O processo referente à Operação da Polícia Federal que investiga fatos ocorridos durante a gestão da ex-prefeita Cinthia Ribeiro teve movimento conclusivo e segue agora para análise da Procuradoria, que deverá emitir seu parecer antes de o caso ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo fonte em Brasília, que preferiu não se identificar, novidades devem surgir até dezembro, antes do recesso do Judiciário.
A definição do caso será fundamental para esclarecer se há caracterização de crime ou absolvição da ex-prefeita. O que se espera é que não haja pré-julgamento, mas sim uma decisão baseada em fatos e provas.
A sociedade palmense e tocantinense aguarda por uma resposta definitiva sobre o caso — e, segundo aliados, a própria Cinthia Ribeiro também deseja ver a verdade esclarecida.
PASTOR ANUNCIA CANDIDATURA AO SENADO
O pastor Amarildo Presidente e líder da Assembleia de Deus Madureira, anunciou que pretende disputar uma vaga ao Senado Federal nas eleições de 2026. Conhecido por seu posicionamento conservador e de direita, Amarildo afirmou que o segmento evangélico ainda não possui um nome definido para a disputa, mas que haverá um trabalho de articulação para que, “no momento certo e oportuno, esse nome apareça”.
A movimentação reforça a tentativa de grupos religiosos de ampliarem sua representatividade política no Tocantins, especialmente nas eleições que prometem ser das mais acirradas dos últimos anos.
MADUREIRA TERÁ CANDIDATO AO SENADO NAS ELEIÇÕES DE 2026
O pastor Amarildo, líder da Assembleia de Deus Madureira, desponta como o principal nome do segmento evangélico para disputar uma vaga ao Senado Federal nas eleições de 2026.
Homem público com relevantes serviços prestados ao Tocantins, Pará e Maranhão, o pastor Amarildo apoia centenas de igrejas ligadas ao ministério da Madureira e reúne todos os pré-requisitos para representar o segmento religioso na disputa.
Em território tocantinense, Amarildo é apontado como o nome com melhores condições políticas e representatividade para levar a voz da Assembleia de Deus Madureira ao Senado, fortalecendo a presença do grupo no cenário político nacional.
INVESTIGAÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL EM CURSO
As investigações da Polícia Federal sobre o suposto desvio de recursos públicos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia da Covid-19 continuam em andamento e se aproximam de uma nova fase decisiva.
De acordo com informações obtidas pelo Observatório Político de O Paralelo 13, por meio de fontes em Brasília, as análises dos aparelhos telefônicos apreendidos, pertencentes a deputados estaduais investigados, familiares e até ex-parlamentares estão praticamente concluídas.
As apurações envolvem denúncias de desvios milionários de verbas que deveriam atender famílias em situação de vulnerabilidade. Segundo as investigações, a má gestão e o uso indevido dos recursos públicos teriam contribuído para agravar a crise sanitária, com mais de 400 mortes registradas no período.
Ainda conforme a fonte consultada pelo O Paralelo 13, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o caso deve ser anunciada nos próximos 40 dias, podendo alterar o cenário político do Tocantins às vésperas das eleições de 2026.
DORINHA COBRA MAIS HABITAÇÃO PARA O TOCANTINS
Em audiência com o ministro das Cidades, Jader Filho, a senadora Professora Dorinha (União/TO) defendeu a ampliação dos programas habitacionais e a integração com os municípios tocantinenses. Dorinha pediu prioridade a projetos em regiões como o Jalapão e reforçou que a falta de informação e apoio técnico ainda limita o acesso das prefeituras aos recursos federais.
EDUARDO GOMES EXALTA FÉ, UNIÃO E SOBERANIA NO ANIVERSÁRIO DO TOCANTINS
Em mensagem pelo aniversário de 37 anos do Tocantins, comemorado neste domingo (5), o senador Eduardo Gomes (PL/TO) exaltou o povo tocantinense e destacou a importância da união, da fé e da soberania popular.
Vice-presidente do Senado e presidente estadual do PL, Gomes lembrou a criação do estado e afirmou que o Tocantins nasceu “para ser livre e escolher o próprio destino”. O senador ressaltou o potencial do estado no agronegócio, na logística e na força do seu povo trabalhador, e reafirmou o compromisso com o desenvolvimento regional.
Gomes lembrou que já destinou mais de R$ 2 bilhões em investimentos para os 139 municípios tocantinenses e citou ações em áreas como educação, saúde e infraestrutura. Em tom de fé e esperança, finalizou: “O Tocantins e o seu povo são muito maiores do que qualquer grupo político. O maior poder que temos é a fé em Deus e a nossa cidadania tocantinense”.
CONGRESSO DEVE VOTAR HOJE, MP QUE AUMENTA TRIBUTOS PARA EQUILIBRAR CONTAS PÚBLICAS
O Congresso Nacional deve votar nesta quarta-feira (8) a medida provisória que substitui o aumento original do IOF e eleva alíquotas de outros tributos, com o objetivo de garantir equilíbrio nas contas públicas. A proposta precisa ser aprovada até as 23h59, caso contrário perderá validade.
A MP passou por comissão mista com aprovação apertada de 13 votos a 12, mas ainda enfrenta resistências, especialmente do Centrão e da bancada ruralista. Editada em junho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e negociada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo relator Carlos Zarattini, a medida eleva impostos e prevê arrecadação de cerca de R$ 17 bilhões em 2026, abaixo dos R$ 20 bilhões previstos originalmente.
Entre as mudanças, estão o aumento do Imposto de Renda sobre aplicações financeiras para 18%, elevação da CSLL de fintechs e seguradoras de 9% para 15% e reajuste do IR sobre Juros sobre Capital Próprio de 15% para 18%. Foram mantidas isenções de LCI e LCA e descartado aumento da tributação de apostas.
A MP também cria programas de regularização de criptoativos e apostas, fortalece o combate a bets ilegais e inclui medidas de controle de fraudes previdenciárias e ajustes em benefícios sociais. Para o governo, a aprovação é fundamental para fechar o Orçamento de 2026; para a oposição, outras alternativas deveriam ser buscadas sem aumento de impostos.
BELÉM SERÁ A CAPITAL DO BRASIL DURANTE A COP30
O Senado aprovou nesta terça-feira (7) projeto que transfere simbolicamente, por dez dias, a capital do país de Brasília para Belém (PA), durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá entre 11 e 21 de novembro. Atos e despachos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros passarão a fazer referência a Belém nesse período.
O projeto, que ainda precisa ser sancionado pelo presidente, autoriza que os Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo se instalem na cidade para conduzir suas atividades institucionais e governamentais. A proposta, de autoria da deputada Duda Salabert (PDT-MG), visa fortalecer a COP30 e destacar a importância da Amazônia na agenda ambiental internacional.
Segundo o relator no Senado, Jader Barbalho (MDB-PA), o evento permitirá ao Brasil reafirmar sua liderança em negociações sobre mudanças climáticas, apresentando iniciativas em energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono, além de reforçar sua atuação histórica em processos multilaterais, como a Eco-92 e a Rio+20.
MÁFIA DOS CONCURSOS: PF DESMONTA ESQUEMA FAMILIAR QUE COBRAVA ATÉ R$ 500 MIL POR VAGA
A Polícia Federal desarticulou uma quadrilha familiar que fraudava concursos públicos há mais de uma década, cobrando até R$ 500 mil por vaga e utilizando tecnologia avançada para burlar provas. Liderado pelo ex-policial Wanderlan Limeira de Sousa, o grupo atuava com apoio de familiares e intermediários, aceitando dinheiro, veículos e até procedimentos odontológicos como pagamento. Os crimes envolveram concursos da Polícia Federal, Caixa, Polícias Civil e Militar, Banco do Brasil e CNU. A operação Última Fase cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em PB e PE, e investiga movimentações financeiras suspeitas e uso de “laranjas”. O caso reforça a necessidade de medidas de segurança mais rígidas nos certames públicos.