Primeira mulher a assumir a AL-TO, Luana quer mais dinamismo e celeridade na Casa de Leis
Da Assessoria
A deputada Luana Ribeiro (PDT) é a nova presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins. Primeira mulher à frente da Casa de Leis, a deputada assume interinamente a AL no lugar de Mauro Carlesse (PHS), que foi empossado governador interino do Estado. A solenidade de transmissão de cargo aconteceu no início da noite desta terça-feira, 27, no plenário da Casa.
Luana dedicou o cargo às mulheres tocantinenses, ao pai, senador João Ribeiro (in memoriam) e sua família, e aos colegas parlamentares, em especial aos que estão enfermos, deputados Eduardo Siqueira Campos (DEM) e Amália Santana (PT).
A deputada afirmou que seu trabalho será marcado pelo dinamismo e celeridade. “A população tocantinense pode se sentir verdadeiramente representada. Quero trabalhar com celeridade e dinamismo que o Tocantins espera de uma parlamentar, em total parceria com o nosso governador Mauro Carlesse”, disse.
Ainda em seu discurso, Luana desejou contar com o apoio de todos da Casa. “Meus pares, vocês terão uma grande amiga e parceira. Se estou aqui, é porque tive o apoio e ajuda de vocês. Mesmo que interinamente, quero dar o meu melhor e ter humildade para ouvir a todos”, completou.
Em cumprimento à ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cassou os mandatos do governador Marcelo Miranda (MDB) e de sua vice, Claudia Lelis (PV), Carlesse e Luana assumem os cargos provisoriamente, já que uma eleição direta para um “mandato-tampão” deve ser convocada em até 40 dias.
Perfil da presidente
Luana Ribeiro é formada em Turismo, filha do senador João Ribeiro (in memoriam) e Belisa Ribeiro, e mãe dos pequenos João Frederico e Pedro. Foi eleita com 20.906 votos para o terceiro mandato como deputada estadual. Na Assembleia Legislativa ocupou, por duas vezes consecutivas, a vice-presidência da Casa.
Iniciou sua vida pública em 2006, concorrendo pela primeira vez a uma vaga na Assembleia Legislativa. Em 2010, foi a segunda deputada mais bem votada e a primeira da sua coligação.
Luana tem defendido como principais bandeiras a saúde, segurança pública, educação e direitos da mulher.
Primeira sessão
Já empossada como presidente, Luana abriu a sessão ordinária da Casa na manhã desta quarta-feira, 28.
Governador anunciou quatro secretários titulares, dois subsecretários, três presidentes de autarquias, o comandante da Polícia Militar e o controlador-geral do Estado
Da Assessoria
Após a sessão de posse na Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse dirigiu-se a pé ao Palácio Araguaia, acompanhado de deputados, lideranças e populares. Mauro Carlesse ocupou a cadeira de governador interino do Tocantins e logo em seguida deu posse aos novos auxiliares de Governo. Antes, porém, o deputado estadual pastor Eli Borges deu as bênçãos ao novo governo e desejou sucesso aos novos gestores.
O governador interino Mauro Carlesse anunciou quatro secretários titulares, dois subsecretários, três presidentes de autarquias, o comandante-geral da Polícia Militar e o controlador-geral do Estado. Alguns secretários anunciados irão acumular algumas pastas do Governo. “Estou anunciando hoje alguns auxiliares. Nos próximos dias irei anunciar os demais, observando o critério técnico e a afinidade com o nosso projeto de governo”, disse o governador.
Secretariado
Rolf Costa Vidal assumiu a Casa Civil e cumulativamente a Secretaria Geral de Governo e Articulação Política; Sandro Henrique Armando, na Secretária de Estado da Fazenda e cumulativamente as secretarias de Estado da Administração e a do Planejamento e Orçamento; João Francisco de Aguiar, como secretário de Estado da Comunicação Social; e Jaison Veras Barbosa é o novo comandante-geral da Polícia Militar.
Deusiano Pereira de Amorim é o gestor da Secretaria de Estado da Segurança Pública e cumulativamente da Cidadania e Justiça; Senivan Almeida de Arruda assumiu a Controladoria Geral do Estado; Colemar Natal Câmara, a presidência da Junta Comercial do Tocantins (Jucetins); Divino José Ribeiro, no Instituto de Terras do Tocantins (Itertins); e Jorge Cleber Neiva Brito, no Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).
Também foram nomeadas a subsecretária de Estado da Fazenda, Dilma Caldeira de Moura e a subsecretária da Administração, Vagleia Inacio Montelo Camarco.
“Esse é o novo governo do Tocantins. Interino, mas que tem a obrigação de fazer a diferença. A partir de hoje sou governador junto com vocês. Temos o compromisso de aproximar os municípios o máximo possível. Vamos caminhar juntos com as portas do Palácio abertas”, finalizou Mauro Carlesse.
Senador mineiro é acusado de corrupção passiva e tentativa de obstruir Lava Jato
Com Agência Brasil
Procuradora-geral disse que Aécio empenhou 'todos os seus esforços' para atrapalhar a Lava Jato. Para defesa, PGR tenta criminalizar 'lícita atividade parlamentar exercida pelo senador'.
Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, acusou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) de usar o cargo para atingir objetivos espúrios e reiterou o pedido para que a Corte receba a denúncia apresentada contra o tucano pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça no âmbito da delação feita por executivos da J&F.
Aécio foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista e é acusado de tentar atrapalhar o andamento das investigações da Operação Lava-Jato. Além de Aécio Neves, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou no ano passado Andrea Neves da Cunha, irmã de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador conhecido como Fred, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (MDB-MG).
"O teor das articulações de Aécio Neves, obtidas por meio das interceptações telefônicas, ilustra de forma indubitável que a conduta do acusado, que procurou de todas as formas que estavam ao seu alcance livrar a si mesmo e a seus colegas das investigações, não se cuidou de legítimo exercício da atividade parlamentar", observou a procuradora-geral da República.
"Ao contrário, o senador vilipendiou de forma decisiva o escopo de um mandato eletivo e não poupou esforços para, valendo-se do cargo público, atingir seus objetivos espúrios", prosseguiu Raquel.
Os acusados alegam haver indícios de que o então procurador Marcelo Miller atuou na elaboração da colaboração premiada, o que levaria à anulação do acordo e as provas dele obtidas. Também argumentam que a gravação do diálogo mantido entre o senador tucano e o empresário Joesley Batista seria resultado de uma indução e provocação da própria PGR, o que poderia ser caracterizada como ação controlada sem prévia autorização judicial.
"A circunstância de Marcello Miller, entre o final de fevereiro e abril de 2017, quando ainda era Procurador da República, ter prestado 'assessoria informal' aos executivos da J&F, orientando-os acerca das colaborações premiadas que viriam a celebradas com a PGR em maio do mesmo ano, não retira de tais colaborações a condição de serem manifestações livres e conscientes de vontade dos colaboradores", ponderou Raquel Dodge.
"O acordo é válido, mas por ter sido descumprida cláusula pactuada, foi rescindido. A defesa utiliza argumentos sofistas para apontar conclusão logicamente inconsistente, mas que lhe beneficia", rebateu a procuradora-geral da República.
Raquel ressaltou que a gravação clandestina de Joesley foi feita inteira e espontaneamente pelo colaborador e entregue à PGR, "sem qualquer participação do Ministério Público Federal ou da Polícia Federal".
Defesa
O advogado Alberto Zacharias Toron, defensor de Aécio, disse em nota que a manifestação de Raquel Dodge "foge dos argumentos centrais da defesa e se limita a repetir termos genéricos da denúncia, revelando a fragilidade da acusação".
"O senador Aécio Neves está convicto de que o STF promoverá a análise justa do caso, que demonstrará que ele e seus familiares não cometeram atos ilícitos", informou a defesa.
Ministro deve anunciar na semana que vem se vai disputar a eleição
Com Estadão Conteúdo
Pelo Twitter, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) confirmou, na noite desta terça-feira, 27, que decidiu se filiar ao MDB. Como previsto, ele disse que só vai decidir se deixará o cargo para disputar a eleição na próxima semana. Nos bastidores, contudo, Meirelles já indicou o nome do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, como seu substituto.
"Tomei a decisão de me filiar ao MDB. É nosso desafio aprofundar as mudanças que tiraram o Brasil da pior crise de nossa história. Na próxima semana tomarei a decisão se irei ou não me candidatar nas eleições de outubro. Enquanto isso, sigo focado no Ministério da Fazenda. Continuarei comprometido a trabalhar pelo Brasil", escreveu na rede de microblog.
Mais cedo, o MDB se antecipou e, também pelo Twitter, anunciou que o ato de filiação de Meirelles ocorrerá na próxima terça-feira, 3, na sede do partido, em Brasília. Segundo a nota, o presidente da República Michel Temer e o presidente da legenda, senador Romero Jucá (MDB-RR), assinarão o documento de filiação de Meirelles. O anúncio pegou Meirelles de surpresa.
Mesmo sem garantia de que será cabeça de chapa nas eleições para o Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda decidiu se arriscar e vai deixar o cargo, se filiar ao MDB e tentar se candidatar nas eleições de outubro. A costura do acordo para a sua ida para partido foi confirmada ontem pelo presidente Michel Temer ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. "Já era a intenção dele. Acertamos nesses últimos dias", afirmou o presidente.
A ideia é que o ministro fique como "plano B", caso Temer não consiga viabilizar sua candidatura e desista de entrar no páreo. Se Temer não recuar, o MDB quer que Meirelles seja candidato a vice-presidente na chapa do emedebista.
A declaração de Temer precipitou a movimentação em torno da sucessão no Ministério da Fazenda. Embora Eduardo Guardia, indicado por Meirelles, enfrente resistências dentro do MDB, a expectativa é que o presidente Michel Temer aceite a sugestão. O presidente foi alertado de que há risco elevado de outros integrantes do chamado "dream team" deixarem a equipe econômica, caso o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, seja indicado para o cargo.
Na manhã desta terça-feira, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo tentará manter a atual equipe da pasta. "Teremos que manter o rumo e, na medida do possível, preservar as pessoas que fazem com que esse rumo seja mantido", disse.
Relator da Lava Jato diz que pediu providências à presidente do STF, Cármen Lúcia, e à Polícia Federal. GloboNews exibirá entrevista às 21h30. O ministro não especificou de quem ou de onde vêm as ameaças, nem as relacionou a um fato concreto
Com Agências
A Secretaria de Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal (STF) informou, por meio de nota, na noite desta terça-feira, 27, que autorizou o aumento do número de agentes para escolta permanente do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte.
A presidência do STF reforçou um pedido para que a Diretoria Geral da Corte examine e tome providências para aumento de número de seguranças para a família do ministro em Curitiba, conforme por ele solicitado.
Na nota, a Secretaria de Comunicação Social da Corte informa que também autorizou que o uso de segurança do ministro em Curitiba possa deslocar-se também para acompanhamento de familiares por ele indicados.
Em entrevista ao jornalista Roberto DÁvila que será exibida esta noite, Fachin relatou estar sofrendo ameaças, dirigidas a ele e a sua família.
A presidência ainda solicitou à Polícia Federal que duas delegadas especializadas em segurança sejam deslocadas para Curitiba. A medida busca verificar quais as melhores e mais eficazes providências deveriam ser tomadas para casos de magistrados ameaçados no País.
Também foi encaminhado um ofício indagando a todos os ministros do STF sobre a necessidade de alteração ou aumento do número de agentes de segurança "para, se for o caso, a tomada das providências cabíveis". Até a conclusão desta matéria, nenhum ministro havia feito esta solicitação, de acordo com a assessoria do Supremo.