Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump defendeu o ex-presidente Bolsonaro e fez acusação sobre o Brasil ser um péssimo país; veja detalhes

 

 

Por: Alessandra Oliveira

 

Na quinta-feira (14/08), o presidente Donald Trump participou de uma conversa com alguns jornalistas na Casa Branca e abriu o jogo sobre o que pensa de Jair Bolsonaro e do Brasil. De acordo com informações, o político detonou o território nacional além de ter feito declarações apoiando o ex-presidente. Confira!

 

Detonou o Brasil?

Trump, foi questionado sobre as tarifas que estão sendo aplicadas aos países da América Latina e à aproximação deles com a China. Como resposta, o presidente dos EUA não perdeu tempo e disse: "O Brasil tem sido um péssimo parceiro comercial em termos de tarifas — como você sabe, eles nos cobram tarifas enormes, muito, muito maiores do que as que nós cobramos, e, basicamente, nós nem estávamos cobrando nada. (...) Eles cobram tarifas enormes e tornaram tudo muito difícil de fazer. Então, agora estão sendo cobrados 50% de tarifas, e não estão felizes, mas é assim que funciona".

Na sequência, o presidente dos EUA aproveitou para defender Jair Bolsonaro sobre situações vividas no Brasil. "O Brasil tem algumas leis muito ruins acontecendo... Quando eles pegam um presidente e eles o colocam na prisão ou estão tentando prendê-lo. Eu conheço esse homem e vou lhe dizer — eu sou bom em avaliar pessoas: acho que ele é um homem honesto. Acho que o que fizeram é uma coisa… Isso é realmente uma execução política que estão tentando fazer com o Bolsonaro", disse.

 

Desde julho, Trump volta e meia cita Bolsonaro quando fala do Brasil, dizendo que o Judiciário está fazendo uma "caça às bruxas" contra o ex-presidente. Já na quarta-feira (13/08), Lula disse que o governo vai seguir tentando negociar com os Estados Unidos para derrubar a taxação sobre produtos brasileiros. 

 

"A gente vai continuar teimando em negociação porque nós gostamos de negociar. Nós não queremos conflito. Não quero conflito nem com Uruguai, nem com a Venezuela, quanto mais com os EUA. Agora a única coisa que precisamos exigir é que a soberania nossa é intocável, ninguém dê palpite nas coisas que nós temos que fazer", disse o atual presidente do Brasil.

 

 

 

Posted On Sábado, 16 Agosto 2025 06:55 Escrito por

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em anúncio a expansão do programa Mais Médicos com a oferta de novas vagas no primeiro edital de 2025Crédito,Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

 

Por Author, Giulia Granchi e Mariana Schreiber

 

 

 

O governo de Donald Trump revogou o visto de entrada nos Estados Unidos da esposa e da filha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em mais uma ação contra autoridades brasileiras.

 

Padilha não foi afetado diretamente porque seu visto americano venceu em 2024. Ele, porém, fica impedido de obter um novo visto.

 

A informação foi divulgada pelo portal G1 e confirmada pela BBC News Brasil.

 

A divulgação da medida ocorre dois dias após a gestão Trump anunciar, na quarta-feira (13/08), a revogação de vistos de brasileiros envolvidos na criação do programa Mais Médicos, quando cubanos atuaram no Brasil para suprir a falta de atendimento em áreas remotas ou periféricas do país.

 

Padilha também era ministro da Saúde quando o programa foi implementado, em 2013, durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

 

"Estou absolutamente indignado. É um ato covarde que atinge uma criança de dez anos de idade, que atinge a minha esposa", disse Padilha, ao canal Globo News.

 

"E as pessoas que fazem isso, o clã Bolsonaro, que orquestra isso, têm que explicar, não para mim, para o mundo todo, qual o risco que uma criança de dez anos de idade pode ter para o governo americano", continuou.

 

A fala do ministro faz referência à atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro está naquele país desde fevereiro, articulando com o governo Trump retaliações contra o Brasil, em resposta ao processo criminal que seu pai enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Padilha disse ainda que a criação do programa em 2013 ocorreu após visitar diversos países para buscar soluções para a falta de médicos no Brasil.

 

"Naquele momento, [médicos cubanos] estavam em mais de 60 países. E hoje ainda tem em dezenas de países, inclusive na Itália", disse Padilha, citando um país cujo governo tem boa relação com a gestão Trump.

 

O ministro ressaltou que hoje o Mais Médicos opera principalmente com profissionais brasileiros e que já não há pareceria com Cuba. A mudança foi adotada após parte da classe médica brasileira criticar fortemente a vinda dos cubanos.

 

Segundo ele, trata-se do "maior programa de provimento médico do mundo", com 28 mil médicos alocados em áreas remotas do país.

 

"Qual que é a explicação que não tem qualquer tipo de sanção, qualquer crítica a esses outros países [que ainda empregam cubanos], e vêm fazer uma sanção aqui no Brasil contra servidores brasileiros e contra a família do ministro da Saúde, se nós não temos mais parcerias com médicos e médicas cubanas?", continuou.

 

Na quarta-feira (13/08), o governo americano divulgou o nome de outros dois brasileiros atingidos por seu envolvimento com o Mais Médicos.

 

Mozart Julio Tabosa Sales é o atual secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde. Já Alberto Kleiman é, segundo seu perfil no LinkedIn, coordenador-geral para a COP30 da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

 

A medida foi divulgada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, como parte da retomada da "política de restrição de vistos relacionada a Cuba".

 

O texto afirma que os dois teriam atuado no "esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano", em referência à participação de médicos cubanos no programa entre 2013 e 2018. Rubio também destacou que a medida se baseia na suposta cumplicidade de Sales e Kleiman com o trabalho forçado do governo cubano por meio do Mais Médicos.

 

O Departamento de Estado dos EUA acusa os envolvidos de enriquecer o "corrupto regime cubano" e de privar o povo da ilha de atendimento médico.

 

Além disso, o comunicado aponta que a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) teria atuado como intermediária para implementar o programa sem seguir os requisitos constitucionais brasileiros, driblando sanções dos EUA a Cuba. A Opas, vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda não se manifestou sobre o caso.

 

No atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Mais Médicos passou a priorizar profissionais brasileiros. Segundo dados divulgados na segunda-feira (11/08), 92,25% dos 24,9 mil médicos ativos no programa são nacionais.

 

A medida contra Sales e Kleiman foi elogiada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vive nos EUA e tem pressionado o governo americano por sanções a autoridades brasileiras, especialmente ministros do STF.

 

O episódio ocorre em meio a uma escalada de retaliações de Trump ao Brasil. Em julho, Washington impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e sancionou o ministro Alexandre de Moraes, acusando o país de perseguição política contra Jair Bolsonaro, réu em uma ação penal sobre suposta tentativa de golpe após a derrota nas eleições de 2022.

 

Mozart Sales, em sua conta do Instagram, publicou um texto afirmando que a penalidade é uma "sanção injusta" e defendeu o Mais Médicos.

 

"Essa sanção injusta não tira minha certeza de que o Mais Médicos é um programa que defende a vida e representa a essência do SUS, o maior sistema público de saúde do mundo - universal, integral e gratuito".

 

 

Posted On Sábado, 16 Agosto 2025 06:52 Escrito por

Liderança empresarial apresentou atuação da empresa e convidou a Sics para palestra em evento voltado a produtores rurais e agroindústria

 

 

Por Guilherme Gandara

 

 

A CEO da Solve Gestão e Negócios, Francieli Bernardi, esteve na última quinta-feira, 14, na Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (Sics) para conhecer as políticas públicas do Governo do Tocantins e apresentar o trabalho da empresa — uma das que mais contribuem para a concessão de crédito no Estado. Durante o encontro com o secretário Carlos Humberto Lima, ela também convidou a pasta para ministrar palestra em um evento previsto para ocorrer entre outubro e novembro, em Paraíso do Tocantins, voltado a produtores rurais de grãos e à agroindústria.

 

A reunião teve como foco a contextualização das ações do governo do Estado através do PICS - Programa de Impulsionamento da Indústria, Comércio e Serviços, que estimulam o acesso e a oferta ao crédito, potecializando o desenvolvimento econômico do Tocantins. Oportunamente, Francieli apresentou as ações da Solve em todo o Estado, destacando o trabalho em planejamento, inovação e oportunidades de financiamento para empresas de diferentes portes.

 

O evento para o qual a Sics foi convidada é organizado em parceria com o Banco da Amazônia e a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins (Aprosoja-TO). O objetivo do evento é divulgar linhas de crédito para construção de armazéns de grãos, com condições atrativas do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), como prazos mais longos, carência e taxas reduzidas.

 

Para o secretário Carlos Humberto Lima, a aproximação com empresas do setor é estratégica para ampliar resultados.

 

“Ampliar o acesso ao crédito é criar oportunidades para que o produtor e o empresário invistam, aumentem sua capacidade produtiva e gerem mais empregos e renda. A parceria com o setor privado, através das suas entidades representativas, potencializa o alcance dessas ações e fortalece o nosso desenvolvimento econômico”, destacou.

 

Francieli Bernardi ressaltou a intenção de somar forças com o Estado para viabilizar investimentos e ampliar oportunidades.

 

“Conversamos sobre os trabalhos que a Solve já vem realizando no Tocantins, principalmente na área de planejamento, inovação e oportunização de crédito às empresas, fomentando crescimento e investimento. Nossa intenção é participar do fluxo de desenvolvimento que o Estado vem alcançando, oferecendo condições de financiamento mais acessíveis, por meio do FNO do Banco da Amazônia, com taxas atrativas, prazos mais longos e carência, beneficiando desde micro e pequenas até médias e grandes empresas”, afirmou.

 

 

 

Posted On Sábado, 16 Agosto 2025 06:49 Escrito por

Missa campal e peregrinação a pé reforçam a tradição secular e o valor cultural do Dia do Senhor do Bonfim, celebrado pela primeira vez como feriado estadual após a instituição da lei

 

 

 

Por Rafael de Oliveira

 

 

Em ato de valorização das tradições religiosas e culturais, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, acompanhado da primeira-dama e secretária extraordinária de Participações Sociais, Karynne Sotero, participou, na manhã desta sexta-feira, 15, da Missa Campal no Santuário do Senhor do Bonfim, localizado no povoado Bonfim, a 24 km de Natividade. Com o tema Romeiros: Peregrinos de Esperança, a celebração, realizada anualmente, ocorre este ano pela primeira vez após a instituição, por lei, do feriado estadual do Dia do Senhor do Bonfim, que reconhece o valor histórico secular da programação litúrgica, considerada o maior evento religioso do Estado.

 

Ao lado de milhares de romeiros, o governador Wanderlei Barbosa celebrou a festividade, reforçando a importância da valorização cultural. “Cumprimento todos os romeiros, líderes da Igreja e os tocantinenses, e expresso minha alegria por estar presente neste momento. Faço questão de vir todos os anos para prestigiar o Senhor do Bonfim. Fico feliz que, neste ano, a participação tenha aumentado bastante, especialmente por conta do feriado, que permitiu a todos a liberdade de manifestar sua fé. Estou à disposição da Igreja para ajudar no que for necessário durante a romaria. Agradeço a Deus por estar ao lado de todos vocês, fiéis que vieram com gratidão e confiança”, ressaltou o chefe do Executivo.

 

Ao lado de milhares de romeiros e da primeira-dama, o governador Wanderlei Barbosa celebrou a festividade, reforçando a importância da valorização cultural

 

A missa campal foi presidida pelo bispo Dom José Moreira da Silva, da Diocese de Porto Nacional, marcando o ponto alto das celebrações da Romaria do Senhor do Bonfim e reunindo fiéis em um momento de fé e devoção. O local também abriga um santuário erguido em homenagem à imagem sagrada, tornando-se um destino de peregrinação que atrai visitantes de todas as regiões do país, encantados pela tradição, história e espiritualidade que marcam a festividade. Tradicionalmente, após a missa, a estátua de Jesus na cruz é carregada pelos fiéis até a Igreja do Bonfim, encerrando a celebração.

 

“É uma grande alegria presidir esta missa da romaria, um momento de fé e devoção que une milhares de romeiros em gratidão a Deus e ao Senhor do Bonfim. Somos todos iguais perante Deus e que Ele nos dê forças para permanecermos aqui praticando a fé”, declarou o bispo José Moreira.

 

A missa campal foi presidida pelo bispo Dom José Moreira, ponto alto de fé e devoção na Romaria do Senhor do Bonfim

 

O reitor do Santuário do Senhor do Bonfim, padre Leomar Sousa, emocionado, destacou a dedicação de todos que tornam o evento possível e agradeceu ao Governo do Tocantins pelo apoio. “Dou graças a Deus por este momento tão especial da nossa romaria. Cada passo que realizamos aqui é feito com o coração e guiado pela fé. Dirijo minha sincera gratidão ao bispo Dom José Moreira, a todos os queridos romeiros presentes e ao governador Wanderlei Barbosa, nosso amigo e parceiro desta romaria. Nada disso teria sentido sem a dedicação conjunta que torna possível este encontro, um verdadeiro ato de fé”, afirmou o sacerdote.

 

O Festejo do Nosso Senhor do Bonfim inclui missas, novenas, procissões, caminhadas, recitação do terço e outras manifestações de fé e devoção

 

O Festejo do Senhor do Bonfim, que ocorre nos municípios de Natividade, Tabocão e Araguacema do dia 6 até o dia 17 de agosto, inclui missas, novenas, procissões, caminhadas, recitação do terço e outras manifestações de fé e devoção. Entre as tradições mais marcantes está a peregrinação a pé de fiéis, que percorrem cerca de 23 km, do município até o povoado Bonfim, expressando fé e gratidão pelas graças alcançadas.

 

Fiéis

 

Por tradição secular, romeiros percorrem do município de Natividade até o Santuário do Senhor do Bonfim, demonstrando fé e gratidão pelas bênçãos e promessas alcançadas

 

Moradora de Gurupi, Kilsa Nathália Pereira Gonçalves é uma das peregrinas que percorreu, a pé, o trajeto de Natividade até o Santuário do Senhor do Bonfim. “Já vim várias outras vezes para a romaria, mas é a primeira que faço o trajeto a pé para pagar promessa que fiz há dois anos. É um sentimento gratificante pela bênção, por isso fiz questão de fazer o percurso. Me sinto muito emocionada por ter conseguido chegar até aqui”, expressou.

 

Devoto do Senhor do Bonfim, Advan Dias, de Porto Nacional, carrega décadas de fé e tradição com o santuário. “Já tem mais de 40 anos que frequento as festividades do Senhor do Bonfim. É um sentimento de muita alegria porque, sempre quando venho, me sinto uma pessoa realizada e muito feliz de estar aqui. Inclusive, faço aniversário hoje, dia 15 de agosto, no Dia do Senhor do Bonfim”, contou Advan.

 

Apoio

 

No trajeto da romaria, os fiéis contaram com ponto de apoio instalado pelo Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), no km 12 entre o município de Natividade e o povoado Bonfim. O espaço ofereceu área para descanso e atendimento básico de saúde, como aferição de pressão arterial e pequenos curativos, além de distribuição de água e refeições para auxiliar na recuperação da caminhada.

 

A missa campal marca o ponto alto das celebrações da Romaria do Senhor do Bonfim e reune fiéis em um momento de fé e devoção

 

Além disso, o Governo do Tocantins reforçou a segurança por meio da Polícia Militar do Tocantins (PMTO) para acolher os devotos participantes da peregrinação, bem como ofereceu suporte e infraestrutura por meio das secretarias de Estado do Turismo (Setur) e da Cultura (Secult).

 

Dia do Senhor do Bonfim

 

Com o objetivo de valorizar as tradições e fomentar o turismo religioso, o Tocantins celebra, neste ano, pela primeira vez, o Dia do Senhor do Bonfim como feriado estadual, conforme a Lei nº 4.509, que estabelece o dia 15 de agosto como feriado em todo o estado. A data busca preservar as tradições e a cultura tocantinense; promover a integração sociocultural entre as comunidades locais; fortalecer o patrimônio cultural; e incentivar o turismo religioso.

 

Tradição

 

A tradição cultural da Romaria do Senhor do Bonfim teve início em 1750, quando um vaqueiro encontrou uma imagem de Cristo crucificado em um tronco, na região do povoado Bonfim. Segundo a história local, ele levou a imagem para casa, mas ela desapareceu misteriosamente e reapareceu no mesmo lugar onde havia sido encontrada. Esse episódio marcou o início da devoção que, ao longo dos anos, se expandiu pelos municípios de Natividade, Tabocão e Araguacema, consolidando-se como a maior festa religiosa do Tocantins.

 

 

 

Posted On Sexta, 15 Agosto 2025 15:15 Escrito por

Ministros da Primeira Turma decidirão pela condenação ou absolvição do ex-presidente e mais sete réus por suposta tentativa de golpe de Estado

 

 

Por Gabriela Boechat e Davi Vittorazzi

 

 

O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), marcou para dia 2 de setembro o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus do núcleo 1 no processo que apura suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. A Primeira Turma terá sessões extraordinárias nos 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro para análise do caso.

 

Um dia após a entrega das alegações finais de todos os réus na quarta-feira (13), o ministro relator Alexandre de Moraes liberou o caso para julgamento e pediu que Zanin marcasse uma data.

 

No julgamento, os ministros da Primeira Turma votarão pela condenação ou absolvição dos réus e definirão uma pena. Moraes começará a sessão com a leitura de seu relatório, no qual deve retomar todas as provas colhidas e produzidas durante o processo.

Depois disso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ou algum representante da acusação, fará a sustentação oral. Os advogados dos réus, então, farão o mesmo, começando pelo tenente-coronel Mauro Cid, que é delator, e seguindo por ordem alfabética.

 

Somente depois das sustentações orais, o ministro Alexandre de Moraes apresenta seu voto e pede a condenação ou a absolvição dos réus, de forma individual. O ministro deve propor uma pena para cada um deles.

 

Se condenado, Bolsonaro pode pegar mais de 40 anos de prisão. Ela não deve ser, porém, imediata. Um réu só começa a cumprir a pena depois que o caso transita em julgado, ou seja, depois que acabam as possibilidades de recorrer da decisão.

Nas alegações finais, a maioria dos réus alegou violações processuais e cerceamento de defesa.

 

Eles citam, por exemplo, a impossibilidade de análise de todo o material disponibilizado, questionam a delação premiada de Cid, e apontam fatos que teriam sido apresentados tardiamente.

 

Outros argumentos que se repetem são sobre a suposta parcialidade do relator, Alexandre de Moraes, e alegações de que as provas apresentadas pela PGR não seguem o padrão exigido para uma eventual condenação.

 

Já a PGR, nas suas alegações finais, pediu a condenação de todos os réus e reforçou o papel central exercido por Bolsonaro na tentativa de ruptura democrática. Segundo o procurador-geral, desde o recebimento da denúncia pela Primeira Turma do STF e, consequentemente, da abertura da ação penal, foram colhidas uma série de provas que justificam a condenação.

 

 

 

 

Posted On Sexta, 15 Agosto 2025 15:13 Escrito por
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