A expansão da IA no país tem impactado praticamente todos os segmentos da indústria
Da Assessoria
O SENAI Tocantins está com matrículas abertas para cursos na área de Inteligência Artificial (IA), uma das mais promissoras e bem remuneradas do setor de tecnologia. A formação de novos profissionais qualificados é uma resposta à alta demanda do mercado: segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES), o número de vagas ligadas à IA cresceu 97% nos últimos três anos e deve aumentar mais 150%.
A expansão da Inteligência Artificial no país tem impactado praticamente todos os segmentos da indústria e exige profissionais com domínio de tecnologias como machine learning, ciência de dados, automação e governança ética de sistemas inteligentes.
Cursos gratuitos
O SENAI Tocantins está oferecendo cinco formações gratuitas, com carga horária flexível e acesso 100% online, voltadas para quem deseja dar os primeiros passos na área ou se atualizar profissionalmente:
Inteligência Artificial na Prática – 60 horas
Generative Design, IA e BIM na Construção Civil – 40 horas
Inteligência Artificial para a Indústria – 10 horas
Conceitos de Inteligência Artificial – 10 horas
Introdução à Representação do Conhecimento na IA – 16 horas
Cursos pagos
Para quem busca um aprofundamento técnico, o SENAI também oferece cursos avançados, com foco em análise de dados, aprendizado de máquina e aplicações industriais:
Introdução à Manutenção Baseada em Dados – 30 horas
Web Data Science com Python – 80 horas
Concepção e Design de Machine Learning – 136 horas
Análise Exploratória de Dados e IA Aplicada – 96 horas
Como se matricular
As inscrições podem ser feitas diretamente na plataforma futuro.digital, onde estão disponíveis todas as informações sobre conteúdo programático, valores e formas de pagamento.
Os cursos são 100% online, com acesso disponível 24 horas por dia e certificação emitida pelo SENAI, garantindo flexibilidade e qualidade para quem deseja se destacar em um dos setores mais dinâmicos da economia digital.
Para mais informações entre em contato pelo WhatsApp (63) 3229-5770.
Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi dividirão medalha de ouro e 11 milhões de coroas suecas
Por Camila Stucaluc
O Prêmio Nobel de Medicina de 2025 foi concedido, nesta segunda-feira (6), a Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi, responsáveis pelas descobertas sobre a tolerância imune periférica. Além da medalha de ouro, o trio dividirá 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a R$ 6,2 milhões.
Segundo o Comitê, os cientistas descobriram como o sistema imunológico se mantém sob controle e por que ele não destrói o próprio organismo. Os estudos identificaram as chamadas células T reguladoras, que funcionam como “seguranças” do sistema imune, impedindo que linfócitos ataquem o próprio corpo.
"Suas descobertas foram decisivas para nossa compreensão de como o sistema imunológico funciona e por que nem todos desenvolvemos doenças autoimunes graves", disse Olle Kämpe, presidente do Comitê Nobel.
O trabalho de Shimon Sakaguchi, publicado em 1995, mostrou que a tolerância imunológica não ocorre apenas devido à eliminação de células potencialmente prejudiciais no timo (processo conhecido como tolerância central), como defendido por cientistas na época. O japonês descobriu uma classe até então desconhecida de células imunológicas, as T regulares, que protegem o corpo de doenças autoimunes.
Em 2001, os norte-americanos Mary Brunkow e Fred Ramsdell fizeram outra descoberta importante. A dupla identificou uma mutação no gene FOXP3, que estava por trás de uma síndrome autoimune grave, o IPEX. A partir de estudos com camundongos, mostraram que o gene é essencial para o desenvolvimento dessas mesmas células T reguladoras.
Dois anos depois, Sakaguchi foi capaz de vincular essas descobertas. Ele provou que o gene Foxp3 governa o desenvolvimento das células que ele identificou em 1995. Essas células, agora conhecidas como células T reguladoras, monitoram outras células imunológicas e garantem que o sistema imunológico tolere os próprios tecidos.
“As descobertas dos laureados lançaram o campo da tolerância periférica, estimulando o desenvolvimento de tratamentos médicos para câncer e doenças autoimunes. Isso também pode levar a transplantes mais bem-sucedidos. Vários desses tratamentos estão passando por testes clínicos”, explicou o Comitê.
Quem são os ganhadores?
Mary E. Brunkow: nascida em 1961, tem doutorado pela Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e atua como gerente de programas sênior no Institute for Systems Biology, em Seattle.
Fred Ramsdell: nascido em 1960, doutorou-se em 1987 pela Universidade da Califórnia (UCLA) e hoje é consultor científico da Sonoma Biotherapeutics, em San Francisco, especializada em terapias celulares para doenças autoimunes.
Shimon Sakaguchi: nascido em 1951, formou-se em Medicina e fez doutorado na Universidade de Kyoto, no Japão. Atualmente, é professor emérito do Centro de Pesquisa de Fronteira de Imunologia, da Universidade de Osaka.
O que é o Prêmio Nobel? O prêmio Nobel é uma das principais premiações do mundo para o reconhecimento de pessoas que desenvolvem trabalhos e pesquisas em benefício da humanidade. A cerimônia de entrega do título é feita anualmente, em Estocolmo, na Suécia.
O prêmio leva o nome do inventor, empresário e cientista Alfred Nobel, que, em seu testamento de 1895, destinou mais de 90% de sua fortuna a uma série de prêmios em física, química, fisiologia ou medicina, literatura e paz. A Fundação Nobel só surgiu em 1900, com sua primeira edição da premiação em 1901.
Entre os laureados Albert Einstein (1921), pelos estudos sobre o efeito fotoelétrico, Roberto Koch (1905), pela descoberta da causa da tuberculose, e Martin Luther King (1964), por seu ativismo em diferentes áreas dos movimentos civis. Malala Yousafzai também já recebeu o prêmio, em 2014, pela luta contra a repressão de crianças e jovens.
Os anúncios dos ganhadores do Prêmio Nobel de 2025 continuarão ao longo desta semana. Na terça-feira (7), será revelado o vencedor do Nobel de Física e, na quarta-feira (8), de Química. Em seguida, serão anunciados os ganhadores em Literatura (9) e da Paz (10). Já na próxima semana, na segunda-feira (13), será a vez do prêmio de Economia.
No dia em que o Tocantins completou 37 anos de criação, o programa Fantástico, da TV Globo, levou ao ar uma reportagem que expôs mais uma vez o velho problema que cerca o nosso Estado, trazendo à tona os sucessivos escândalos de corrupção que atingem o poder público e mancham a imagem de um povo honesto, trabalhador e ordeiro.
Por Edson Rodrigues_e Edivaldo Rodrigues
O que o país assistiu no domingo não foi exatamente uma revelação inédita, mas sim uma marmitex requentada com denúncias já conhecidas pela população tocantinense, agora servidas em rede nacional, com o poder de reacender feridas e de ferir o orgulho de quem acredita que o Tocantins merece mais respeito.
O Paralelo 13 e seu Observatório Político sempre mantiveram uma postura ética e coerente. Mas contra fatos, não há argumentos. Diante das denúncias que pesam sobre o governador afastado, não há como justificar ou culpar a imprensa nacional, Brasília ou supostas perseguições políticas. A decepção é real e compartilhada por milhares de tocantinenses que confiaram, acreditaram e esperavam uma conduta honesta de quem ocupava o mais alto cargo do Estado.
Delegado da polícia Federal em entrevista ao Programa Fantástico
O conteúdo exibido pelo Fantástico apenas reforça o que já era de conhecimento público em terras tocantinenses. A diferença é que agora o Brasil inteiro viu. E isso dói, dói em quem trabalha de forma honesta, dói em quem sonha com um Estado livre da corrupção, dói em quem perdeu familiares na pandemia e descobriu que recursos destinados à compra de cestas básicas podem ter sido desviados enquanto tantos passavam fome.
Trata-se, antes de tudo, de um ato de desumanidade.
Voto do Ministro do STJ Mauro Campbell
Na matéria veiculada pelo Fantástico o que mais pesou e o que deu à reportagem uma dimensão nacional e jurídica muito mais grave foi o pronunciamento do ministro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A manifestação do ministro sobre os crimes investigados carrega um peso institucional inédito, pois em nenhum dos afastamentos anteriores de governadores tocantinenses, nem no caso de Marcelo Miranda, nem no de Mauro Carlesse, houve manifestação pública de membro da Corte Superior nesse tom e com essa contundência.
Esse detalhe não é menor. A fala do ministro deve repercutir fortemente no julgamento, tanto na esfera jurídica quanto na percepção pública. É improvável que passe despercebida ou que não influencie o desfecho do processo.
Marcelo Miranda e Mauro Carlesse também afastados do governo do Tocantins
Não é a primeira vez que o Tocantins vive esse tipo de vergonha. Miranda e Carlesse também foram afastados, presos e posteriormente liberados, sem condenação definitiva. Ambos. Neste último caso o tocantinense espera que a Justiça aja com rigor, mas sem espetáculo.
O Paralelo 13 reconhece que as denúncias, se comprovadas, revelam um ato cruel contra a dignidade humana. Que os culpados sejam punidos, o erário ressarcido e o nome do Tocantins, finalmente, limpo.
Que o episódio sirva de reflexão. Que em 2026, o eleitor tocantinense vote com consciência e fé, não no “menos ruim”, mas em quem demonstre respeito pelo povo e pela coisa pública.
Que a Justiça se cumpra, e que nosso Senhor Jesus Cristo tenha compaixão de nós, tocantinenses.
Que possamos, enfim, escolher com luz e sabedoria os destinos do nosso Estado.
Amém
Vídeo exibido no programa Fantástico
Por Edson Rodrigues
Com o afastamento do governador eleito Wanderlei Barbosa por denúncias de corrupção e uso indevido da máquina pública, o Tocantins mergulha em um cenário de insegurança política e jurídica que impacta diretamente o quadro sucessório para as eleições de 2026. A polarização entre direita e esquerda, que já se desenhava, agora encontra uma pausa estratégica diante da indefinição sobre o retorno ou não do titular ao cargo.
GOVERNO INTERINO E ARTICULAÇÕES NACIONAIS
Kátia Abreu e o Governador interino Laurez Moreira
O atual governador interino, Laurez Moreira, ligado à família Abreu Silvestre — que tem como figura central a ex-senadora Kátia Abreu, aliada do presidente Lula — aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre sua permanência no cargo pelos próximos 180 dias. Caso o STF mantenha o afastamento de Wanderlei, Laurez poderá consolidar sua posição como candidato à reeleição, com apoio direto do grupo político que constrói palanque para Lula no estado.
DISPUTA MAJORITÁRIA E AUSÊNCIA DE TERCEIRA VIA
Senadores Eduardo Gomes e Dorinha Seabra
Do outro lado, a senadora Professora Dorinha Seabra (União Brasil/PP) desponta como pré-candidata ao governo, com apoio do senador Eduardo Gomes (PL), vice-presidente do Senado e presidente estadual do partido. A chapa majoritária formada por Dorinha e Gomes representa o campo da direita, e até o momento não há movimentações concretas para a construção de uma terceira via de centro.
O cenário aponta para uma eleição plebiscitária, com duas chapas principais disputando não apenas o governo estadual, mas também as duas vagas ao Senado. A indefinição sobre o futuro de Wanderlei Barbosa impede prognósticos mais precisos, mas o Observatório Político de O Paralelo13 alerta que qualquer decisão do STF poderá redesenhar completamente o tabuleiro sucessório.
EXPECTATIVAS E PRÓXIMOS CAPÍTULOS
A disputa pelo Palácio Araguaia ganhará novos contornos a partir de abril de 2026, prazo final para definições partidárias. Até lá, especulações, articulações e decisões judiciais continuarão moldando o futuro político do Tocantins — um estado que, mais uma vez, se vê no centro de uma batalha entre forças nacionais e locais pelo controle do poder.
Por Edson Rodrigues
A corrida presidencial de 2026 já começou — não oficialmente, mas nos bastidores. Enquanto partidos da direita e do Centrão se movimentam em busca de um nome viável para enfrentar o presidente Lula, a maior força eleitoral do país permanece silenciosa: os brasileiros que não se enquadram na polarização entre lulismo e bolsonarismo.
De um lado, líderes como Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior, Romeu Zema e Ronaldo Caiado são cogitados como alternativas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, cuja inelegibilidade e condenações judiciais criam um impasse para o Partido Liberal. A demora em definir um nome preocupa o Centrão, que teme repetir o erro do PT em 2018, quando lançou Fernando Haddad tardiamente. A disputa interna entre os partidos da direita revela um dilema: manter o capital político de Bolsonaro ou abrir espaço para novas lideranças menos radicais e mais palatáveis ao eleitorado moderado.
Do outro lado, uma pesquisa da ONG More in Common, em parceria com a Quaest, revela que 54% da população brasileira não se identifica com os extremos políticos. São os chamados “invisíveis” — desengajados e cautelosos — que, embora conservadores em costumes, rejeitam radicalismos e têm baixa adesão a partidos e manifestações. Esse grupo, mais preocupado com segurança econômica, saúde pública e combate à pobreza, pode ser decisivo na eleição, justamente por não estar preso a identidades partidárias.
Essa maioria silenciosa, descrita como moralmente conservadora e socialmente vulnerável, desafia os candidatos a abandonarem o discurso polarizado e a oferecerem propostas concretas. A rejeição ao extremismo, à doutrinação ideológica e à violência verbal nos debates políticos mostra que há espaço para uma candidatura que dialogue com o centro — sem abrir mão de pautas sociais, mas também sem ignorar valores tradicionais.
A eleição de 2026, portanto, não será decidida apenas nos palanques ou nas redes sociais. Será definida por quem conseguir enxergar e conquistar os invisíveis. E, nesse cenário, o maior erro dos partidos pode ser continuar falando apenas para os convertidos, enquanto o Brasil real — cansado, cauteloso e carente de soluções — espera por alguém que o represente de verdade.