A Operação Carta Marcada, por enquanto, é apenas “ponta do iceberg” em território tocantinense
Por Edson Rodrigues
Se as informações de uma de nossas fontes em Brasília forem confirmadas, a atuação de contraventores em território tocantinense ainda vai gerar outras operações e outras prisões, por parte da Polícia Federal, a qualquer momento.
Só para termos uma ideia, desde abril o Poder Judiciário já havia concedido as autorizações para as prisões ocorridas na última terça-feira, e as informações adquiridas com a quebra dos sigilos bancários e telefônicos já estavam em mão dos investigadores desde então. A operação e as prisões só foram realizadas, segundo nossa fonte, após as provas serem robustas.
Se os empresários foram extorquidos ou não a “doar” parte dos recursos obtidos nas transações das licitações e transações contratuais, os movimentos bancários com saques e transferências serão confrontados com os envolvidos e seus depoimentos, para fornecer essas respostas.
AMASTHA NAS REDES SOCIAIS
O ex-prefeito Carlos Amastha foi ás redes sociais, após a Operação, para se dizer perseguido, como sempre fez em época de eleições. A população palmense já conhece esse artifício e não pode ter a sua inteligência subestimada.
As atenções da população devem se voltar, sim, para o cuidado que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal vêm tendo com os recursos destinados ao Tocantins, com o intuito de preservar os valores e restituí-los ás suas destinações, que são obras e benfeitorias, por meio do bloqueio de bens e indiciamento dos envolvidos, para que não possam mais voltar a atentar contra a saúde dos cofres públicos.
São dezenas de Operações perpetradas no Tocantins no combate à corrupção e seus desdobramentos, graças á independência funcional e constitucional que são auferidas ao Ministério Público, que tem sido implacável, o que, infeliz e vergonhosamente, tem colocado o Tocantins em evidência negativa na mídia nacional como recordista em operações da PF.
Talvez Amastha devesse tentar explicar o porquê desse protagonismo negativo do Tocantins em suas redes sociais, e revelar por que seu nome aparece ligado a pelo menos duas Operações de combate à corrupção.
OPERAÇÃO CARTA MARCADA
Só as revelações das investigações e o resultado das escutas telefônicas autorizadas pela Justiça Federal, as informações contidas nos aparelhos celulares e outros dispositivos apreendidos, poderão dizer se Carlos Amastha está ou não fazendo o povo de Palmas – e do Tocantins – de bobo, subestimando suas inteligências.
Apesar de se dizer perseguido, por enquanto o Ministério Público e a Polícia Federal estão apenas seguindo e apurando o caminho que as pistas e provas apontam e, no momento, elas apontam para Amastha.
Apesar de tudo isso, O Paraleo 13 salienta que Carlos Amastha não é réu em nenhum processo, encontrando-se investigado, no momento, apenas pela Operação Carta Marcada.
MUITO POR VIR
Nossas fontes em Brasília já deixaram claro que muita coisa ainda está por vir em relação a investigações federais em território tocantinense, desbaratando outros crimes em outras frentes de investigação, inclusive a que envolve a aplicação dos recursos emergenciais contra a pandemia de Covid-19.
As suspeitas são grandes e as autoridades já monitoram, no Tocantins, pessoas, gestores e empresas e fazem análises no rastro desse dinheiro para saber onde ele vai parar. Infelizmente, a equação só se fechará quando 100% das UTIs sejam ocupadas por pacientes de Covid-19 e as dependências das celas da Polícia Federal estiveram lotadas de patifes, ladrões, corruptos e malversadores de recursos públicos do estado e dos municípios.
A única certeza é que O Paralelo 13 manterá os leitores informados sobre quantias desviadas, qual o município lesado, quantas mortes esse desvio causou e, principalmente, sobre os nomes dos causadores dessa tragédia anunciada, antes das eleições de 15 de novembro.
Tudo para auxiliar os eleitores a formularem seus votos e iniciar, de vez, a faxina política que o Tocantins e o Brasil tanto precisam, pois caberá a eles decidir que tipo de futuro querem para palmas e os demais 138 municípios tocantinenses.
Estamos de olho!
OTONIEL EM CÉU DE BRIGADEIRO
De posse de todas as certidões positivas da CGU, do TCU, do TCE, do TJ e do TER, além dos demais órgãos fiscalizadores, o ex-prefeito de Porto Nacional, Otoniel Andrade voa em “céu de brigadeiro” em meio à Operação Carta Marcada, que atingiu em cheio o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha.
O “baixinho”, como é carinhasamente conhecido na cidade, revelou que a Polícia Federal esteve em sua casa apenas para colher uma declaração sobre a investigação, já que as irregularidades investigadas ocorreram após o ex-prefeito de Palmas aderir a uma licitação feita pela prefeitura de Porto Nacional.
Otoniel não é investigado pela operação, nem réu em nenhuma outra, e continua pré-candidato á prefeitura de Porto Nacional, liderando todas as pesquisas de intenção de voto, encomendadas para consumo interno por alguns partidos.
CINTHIA E BANCADA DO MDB NA ASSEMBLEIA COM EDUARDO GOMES
A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, se encontra em Brasília em audiência com várias autoridades federais, juntamente com o senador Eduardo Gomes, seu grande parceiro.
Gomes também está ciceroneando os cinco deputados estaduais da bancada emedebista na Assembleia Legislativa, dentre eles o deputado Valdemar Jr., que teve uma longa conversa com o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, em que foi discutido o entendimento entre as alas que compõem a sigla no Tocantins.
A cúpula nacional fez sugestões e, segundo fontes, se depender do senador Eduardo Gomes, o MDB tocantinense estará unido, com Nilton Franco e Valdemar Jr. responsáveis pela sucessão nos municípios do interior e em Palmas, respectivamente, com o objetivo de eleger o maior número possível de prefeitos e vereadores.
Vale lembrar que o MDB começará, nos próximos dias, a discutir internamente a sucessão nos 139 municípios.
Que assim seja.
MARCELO MIRANDA EM BRASILIA
O presidente estadual afastado do MDB do Tocantins, ex-governador Marcelo Miranda, segundo nossas fontes, também estará em Brasília, nos próximos dias, tentando articular um entendimento que mantenha a união da legenda, hoje comandada interinamente pelo deputado estadual Nilton Franco.
INVESTIGAÇÕES COMPROMETEM PRÉ-CANDIDATURA
Dentre tantos ex-auxiliares do ex-prefeito Carlos Amastha envolvidos na Operação Carta Marcada, um deles sofrerá consequências, mesmo ainda sem nada contra si. Estamos falando do vereador Thiago Andrino, que não foi vinculado a nenhum ato não republicano nesta operação, mas que fica com sua pré-candidatura a prefeito comprometida.
Andrino tem sido um parlamentar atuante e competente membro da oposição ao Paço Municipal, atuando com equilíbrio e responsabilidade e merece respeito por sua postura, até aqui democrática e séria, mas o envolvimento dos seus ex-colegas da gestão de Amastha, denunciados pelo Ministério Público Federal, criam uma situação clássica do “diga-me com quem andas, que te direi quem és”.
Tendo Amastha como “padrinho” de sua pré-candidatura, Andrino, agora, precisará se posicionar claramente se quiser ter alguma chance.
INESTIGAÇÕES NO TOCANTINS SOBRE OS RECURSOS DA COVID-19
Qualquer operação da Polícia Federal ou do Ministério Público Federal em qualquer administração municipal, referente à aplicação dos recursos para o enfrtentamento da pandemia de Covid-19, significa “caixão e vela preta” para quem esteja disputando a reeleição.
Se houver prisão, então, será um adeus á vida pública.
O governo federal e os membros da bancada estadual no Senado e Câmara Federal, além dos nobres deputados estaduais, colocaram milhões de reais, sem distinção partidária, nas mãos das prefeitura para esse fim.
Os senhores prefeitos precisarão prestar conta pormenorizadamente dos gastos feitos com esses recursos. Mesmo assim, já há, em Brasília, denúncias junto aos órgãos fiscalizadores, de superfaturamentos e outras falcatruas.
Em território tocantinense, há, pelo menos, uma denúncia envolvendo um congressista.
COM O MAPA DO CRIME
Bobo é quem pensa que a Polícia Federal e a Justiça Federal já não têm em mão o “mapa do crime”. Antes mesmo da liberação dos recursos, toda e qualquer tipo de irregularidade capaz de ser feita com esse dinheiro já havia sido mapeada, deixando as armadilhas de “boca aberta”, só esperando os “ratos” aparecerem.
Portanto, senhores ordenadores de contas públicas da Saúde e senhores membros dos Executivos Municipais, todo cuidado é pouco, pois não estão, de forma alguma, descartadas novas operações de autoridades federais em território tocantinense, a qualquer momento.
NO RJ, JÁ COMEÇOU
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil prenderam hoje (23) cinco acusados de fraudes na saúde fluminense. Segundo o MPRJ, eles integram uma organização criminosa que atua na organização social (OS) Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), que tem contratos para gestão de unidades de saúde no estado.
Entre os presos está o empresário Luis Eduardo da Cruz, acusado de ser administrador oculto da Iabas, sua esposa, Simone Amaral da Silva Cruz, e o meio-irmão dele, Marcos Duarte da Cruz, além de Adriane Pereira Reis e o empresário Francesco Favorito Sciammarella Neto.
Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados e de outros fornecedores da OS.
De acordo com o MPRJ, o Iabas foi estabelecido com o “falso argumento de prestar serviços públicos de saúde”, mas, na verdade, era utilizado “para o cometimento de centenas de delitos de peculato e lavagem de dinheiro”.
MANDETTA CANDIDATO A PRESIDENTE
O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), afirmou que pretende concorrer ao Planalto em 2022, como candidato a presidente ou a vice. A declaração foi dada nesta quarta-feira, 22, no programa Ponto a Ponto, da Band News TV.
Durante a entrevista, Mandetta disse que pretende concorrer em uma chapa à presidência e garantiu que vai estar "em praça pública" para lutar por seus ideais. O ex-deputado federal também afirmou que não vai abrir mão de sua participação nas próximas eleições gerais por discordância de seu partido.
"Em 2022 eu vou estar na praça pública, lutando por algo que eu acredito. Se o Democratas acreditar na mesma coisa, eu vou. Se o Democratas achar que ele quer outra coisa, eu vou procurar o meu caminho. Eu vou achar o caminho. Como candidato, ou carregando o porta-estandarte do candidato em que eu acreditar. Mas que eu vou participar das eleições, eu vou", disse.
Apesar do desejo de concorrer à presidência, o ex-ministro afirmou que não descarta a possibilidade de concorrer a algum cargo no Mato Grosso do Sul, seu Estado de origem, seja ao governo ou ao Senado. No entanto, Mandetta afirmou que não pretende voltar a concorrer ao cargo de deputado federal, em que já cumpriu dois mandatos.
CAIXA VAI ANTECIPAR R$ 5 MILHÕES EM CRÉDITO
A Caixa Econômica Federal espera liberar R$ 5 bilhões em crédito de antecipação do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Desde o último dia 26, todos os bancos estão autorizados a operar essa nova linha de crédito, que tem como garantia essa modalidade de saque do FGTS. A Caixa foi o primeiro banco a anunciar o lançamento da linha.
Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em pronunciamento transmitido por redes sociais, 6,1 milhões de pessoas aderiram o saque-aniversário, número que corresponde a 10% dos trabalhadores com FGTS.
Entre esses que aderiram à modalidade de saque, 3,9 milhões são clientes da Caixa (63%). Segundo Guimarães, a expectativa do banco é que mais de 1 milhão de clientes solicitem o crédito.
A taxa de juros será de 0,99% ao mês. “É muito inferior às taxas de CDC [crédito direto ao consumidor] normais e à grande maioria de taxas de crédito consignado”, afirmou Guimarães.
Em reunião a portas fechadas no fim de maio, já sob a gestão interina do general Eduardo Pazuello, técnicos do Ministério da Saúde que integram um comitê sobre o novo coronavírus alertaram que, sem medidas de isolamento social, os impactos da doença serão sentidos por até dois anos. Segundo a equipe de Pazuello, “todas as pesquisas” levam a crer que o distanciamento é “favorável” até mesmo para o retorno da economia mais rápido.
Do Site UOL
“Sem intervenção, esgotamos UTIs, os picos vão aumentar descontroladamente, levando insegurança à população que vai se recolher mesmo com tudo funcionando, o que geraria um desgaste maior ou igual ao isolamento na economia”, afirmam técnicos da pasta. A discussão está registrada em ata de reunião do Comitê de Operações de Emergência (COE) do ministério, obtida pelo Estadão. “Sem isolamento, um tempo muito grande de 1 a 2 anos para controlarmos a situação”, informa a ata de reunião ocorrida em 25 de maio no 3.º andar do Ministério da Saúde.
No mesmo documento, o comitê discute a criação de um aplicativo para monitorar pacientes da covid-19 e até dez pessoas que tiveram contato com a pessoa infectada, o que nunca saiu do papel. Como encaminhamento da reunião, outra ideia que não prosperou: criar protocolo que “atenda nossas necessidades específicas”.
Para Paulo Lotufo, professor de epidemiologia da USP, o distanciamento social se mostrou eficaz em diversos países, incluindo o Brasil. “Veja na cidade de São Paulo. Conseguimos ter um número de mortos bem abaixo de outros locais. Em Manaus foi uma catástrofe.”
O presidente Jair Bolsonaro entrou em conflito com dois ministros da Saúde durante a pandemia por divergências, entre outros pontos, sobre a adoção de quarentenas. Em 16 de abril, Luiz Henrique Mandetta (DEM) foi demitido. Em 15 de maio, Nelson Teich pediu para sair da pasta. “Vamos enfrentar o vírus. Vai chegar, vai passar. Infelizmente algumas mortes terão. Paciência, acontece, e vamos tocar o barco. As consequências, depois dessas medidas equivocadas, vão ser muito mais danosas do que o próprio vírus”, disse Bolsonaro à TV Band em 27 de março.
Depois, o ministério foi interinamente para Pazuello. Sob a gestão do militar, técnicos do ministério deixaram de ressaltar o benefício do distanciamento social. Questionado em 1.º de julho se a aceleração de casos no País tem relação com a flexibilização de quarentenas, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia, esquivou-se. “Não posso afirmar que este aumento tem relação direta com a decisão do gestor local.”
Para Lotufo, criou-se uma corrente de negacionismo sobre a pandemia no Brasil. “Tenho a impressão de que a coisa no Ministério da Saúde é totalmente no estilo militar. Esse tipo de conselho (o COE), não dão a mínima importância.”
Criado no começo de fevereiro, o COE serve para “planejar, organizar, coordenar e controlar” a resposta à covid-19 no Brasil. Além disso, deve encaminhar ao Ministério da Saúde relatórios técnicos sobre a pandemia e ações que estão sendo tomadas. As reuniões são feitas entre secretários do Ministério da Saúde, representantes de Estados e municípios e gestores de órgãos que lidam com a pandemia, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A composição de cada encontro varia. Membros de conselhos de secretários de Estados e municípios chegaram a ficar de fora dos encontros por divergências com o ministério.
Portaria
Procurado, o Ministério da Saúde disse que o resultado da reunião do COE foi a publicação de portaria, em 19 de junho, que estabelece “orientações gerais” para a prevenção, controle e mitigação da covid-19. O texto traz recomendações gerais sobre distanciamento social, etiqueta respiratória, higienização de ambientes e uso de equipamentos de proteção individual. Também orienta a elaboração de “plano de ação para a retomada” por todos os setores da economia. Outra recomendação é para triagem e monitoramento de pessoas que podem estar doentes. Na portaria, o ministério recomenda distanciamento social de 1 metro e uso de máscara em locais públicos e de “convívio social”.
O Ministério da Saúde não informou a relação completa dos participantes da reunião do COE nem explicou os pontos levantados na ata. No dia da reunião, a agenda de Pazuello informava outros compromissos.
Suspeita é que, como ministro da Saúde, tucano implantou o princípio em que a ANS favorece as operadoras
Com Assessoria
Suspeita é que, como ministro da Saúde, tucano implantou o princípio em que a ANS favorece as operadoras em detrimento do cidadão
A criação da ANS, agência reguladora dos planos de saúde, está sendo esmiuçada, em uma “linha do tempo”, na investigação das relações do senador José Serra (PSDB-SP) com o empresário José Seripieri Júnior, fundador da Qualicorp. A suspeita é que, como ministro da Saúde, Serra implantou o princípio em que a ANS, agência reguladora dos planos de saúde, favorece as empresas em detrimento do cidadão. Disso se aproveitou Seripieri para virar próspero empresário do ramo, no País. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O negócio de Qualicorp, que vende planos de saúde coletivos, teria sido viabilizado pela decisão da ANS de permitir o fim dos planos individuais.
Seripieri usou as brechas para vender planos coletivos, mais em conta, por meio da criação de associações, muitas delas meramente cartoriais.
A ANS impôs “controle de preços” dos planos individuais, liberando as empresas a abandoná-los, como queria a Qualicorp, pelos coletivos.
São várias pré-candidaturas à prefeitura da Capital. Algumas legítimas, outras, apenas de olho no gordo Fundo Eleitoral e outras para manter o controle do partido no Tocantins
Por Edson Rodrigues
Mesmo sabendo que terminarão a eleição entre os últimos colocados ou entre os menos conhecidos do eleitorado palmense, algumas pré-candidaturas têm como objetivo eleger um parente como vereador e, se possível, mais um ou dois, para, em 2022, ter uma base representativa no maior colégio eleitoral do Tocantins, com cerca de 170 mil eleitores entre 200 mil habitantes.
A conta é simples. Com cerca de 170 mil eleitores, para eleger um vereador em Palmas serão precisos cerca de sete mil votos para se eleger. A “sobra”, pode valer mais uma ou duas cadeiras, dependendo da quantidade de votos.
Dentro desse cenário, por ser a Capital, Palmas torna-se a “cereja do bolo” na sucessão majoritária em 2022, concentrando a imensa maioria das emissoras de Rádio e TV e os principais veículos de comunicação, incluindo blogs, portais e impressos.
Ou seja, palmas será o “espelho” para o restante dos municípios, com seus reflexos influenciando todo o território tocantinense, com debates com a imprensa, entidades classistas, tudo acaba influenciado pelo resultado das eleições municipais em Palmas.
RESPONSABILIDADE DOBRADA
É por esses “reflexos” que a responsabilidade de cada eleitor palmense é dobrada, em relação ao resultado das eleições deste ano, pois seu voto estará contando, praticamente, para todos os municípios do Estado, e a escolha errada, a eleição dos “falsos profetas”, pode custar caro pelos próximos oito anos, não apenas pelos quatro tradicionais.
Será preciso o eleitor se atentar para as entrelinhas de cada candidatura, para saber separar a mentira da verdade, a preocupação com o povo da intenção do poder pelo poder, que estarão contidos desde o semblante do candidato até o seu discurso, passando por sua postura e pelos seus apoiadores.
O candidato tem que se demonstrar sabedor, primeiro, das funções que lhe cabem, depois, da situação que a população está passando, com chefes de família desempregados, sem condições mínimas de alimentação, os feirantes, os microempresários, os comerciantes, os profissionais liberais, todos no arrocho por causa da pandemia.
O eleitor precisará ter paciência e consciência na escolha dos candidatos, como jamais teve, pois a grande maioria dos postulantes que se dizem “a pessoa certa”, na verdade não tem a mínima noção do que é ser vereador, muito menos a capacidade para lutar pelas verdadeiras demandas do povo palmense, que são o emprego, a moradia, a saúde, a educação e o bem-estar de todos, a qualidade de vida.
ATAÍDES OLIVEIRA
Hoje, vamos buscar um dos pré-candidatos à prefeitura de Palmas, o senador Ataídes Oliveira, filiado ao PP, da também senadora Kátia Abreu.
Antes de iniciar sua campanha, Ataídes precisa, primeiro, explicar aos palmenses o que fez pela Capital do Tocantins nesses quase seis anos como senador da República. Outra explicação que ele deve ao Tocantins, é porque acusa de corrupção e tenta denegrir a imagem do “Sistema S” , composto por Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Serviço Social do Comércio (Sesc); Serviço Social da Indústria (Sesi); e Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac). Existem ainda os seguintes: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop); e Serviço Social de Transporte (Sest). Essa entidades, como dizem em seus nomes, existem para qualificar mão de obra em todos os setores econômicos e sempre foram muito requisitadas a abrir sede no Tocantins, para proporcionar a capacitação de mão de obra jovem.
Ataídes tem o Sistema S como um antro de corrupção, e o ataca com pronunciamentos, entrevistas e até projetos para que cessem os repasses de recursos federais que mantém essas instituições.
Pois bem. O senador Ataídes Oliveira trocou o PSDB pelo PP, da senadora Kátia Abreu, cujo esposo, Moisés Pinto Gomes, é diretor superintendente do Sebrae do Tocantins. A própria senadora sempre foi uma eagroempresária classista, com fortes laços com o Sebrae. Acontece que o Sebrae é, simplesmente, uma das “cabeças” do Sistema S, combatido por Ataídes.
Ficam, então, as perguntas: qual é o real DNA do senador Ataídes, pré-candidato a prefeito de Palmas, em relação aos “profetas”? negativo ou positivo?
Afinal de contas, a eleição de Palmas, com toda a importância que carrega, não pode ser usada de “barriga de aluguel” para a formação de bases de apoio para eleições vindouras. A eleição tem que servir ao seu propósito, que é elencar homens e mulheres dispostos a trabalhar pela população da capital a partir do momento em que tomarem posse em seus cargos. Não servir para pessoas que querem fazer de suas candidaturas trampolins para garantir um “território” para embasar uma futura eleição a deputado estadual, federal o seja lá para o que for.
SERIEDADE E COMPROMISSO
Palmas tem que ser levada a sério e, não como um projeto de poder individual ou de grupo. A capital precisa de um gestor que, após a pandemia, saiba se integrar com o governo federal , com o governo estadual e com os congressistas para recolocar a economia nos trilhos, retome os investimentos no agronegócio, na industrialização e em tudo o que possa gerar empregos e renda, inclusive buscar trazer o Sistema S, para profissionalizar a juventude.
Nós de O Paralelo 13, há 32 anos emanando informações de interesse da população, com CNPJ orgulhosamente registrado na Capital da Cultura, Porto Nacional, iremos sempre, de maneira respeitosa e ética junto aos dirigentes políticos, e com a seriedade e o respeito que a população de todo o Tocantins merece, vamos continuar com nossas análises políticas, panoramas, artigo e editoriais, sempre com um ponto de vista imparcial e profissional, sem barreiras, comentando sobre a sucessão em todos os municípios do nosso Tocantins, principalmente em nossa Capital, Palmas.
Em breve estaremos abordando os políticos que transferiram seus domicílios eleitorais apenas para poderem ser candidatos.
Até a próxima
ATAÍDES OLIVEIRA E OS ATAQUES AO “SISTEMA S”
O senador Ataídes Oliveira transformou seu mandato em uma guerra aberta ao Sistema S e ao envio de recursos federais para as entidades que o compõem. A revista Veja, em sua edição online, ainda no ano de 2018, já destacava os pronunciamentos e posicionamentos do senador tocantinense.
Em 14 de novembro de 2018, foi publicada a seguinte nota, na coluna Radar:
“Senador entra com ação para impugnar arrecadação do Sesi e Senai
O senador Ataídes Oliveira entrou nesta terça-feira (13) com uma ação popular para impugnar a arrecadaçõ direta das contribuições ao Sesi e Senai.
As entidades do “Sistema S”, mesmo não compondo a administração pública direta ou indireta, recebem tributos federais classificados como contribuições parafiscais de intervenção no domínio econômico ou de interesse de categorias profissionais ou econômicas.
Como qualquer outro tributo federal, tais recursos deveriam observar os estágios ou as etapas da receita pública orçamentária, mas, para o senador, elas adquirem caráter privado ao adentrarem os cofres do Sesi e Senai.
Em 2016, as receitas de contribuições oriundas sem a participação da Receita Federal superou em 62% , no caso do Sesi, e 26%, no caso do Senai. Foram R$ 3,5 bilhões e R$ 2,2 bilhões contra R$ 1,9 bilhão de R$ 1,5 bilhões, respectivamente.”
Em 10 de dezembro do mesmo ano, a versão online da revista publicou um vídeo com o seguinte título: “Corrupção no Sistema S é caso de polícia, denuncia senador Ataídes Oliveira: "18 bi do Sistema S vai para aplicações de banco, e isso é crime”.
O vídeo pode ser revisto no link: https://veja.abril.com.br/videos/arquivo/corrupcao-no-sistema-s-e-caso-de-policia-denuncia-senador-ataides-oliveira/.
Aí fica a pergunta: como profissionalizar nossos jovens caso Ataídes seja eleito prefeito e não pudermos contar com o Sistema S?
Com a palavra, o pré-candidato, senador Ataídes Oliveira...